A constituição da personalidade, do caráter e da ética no ser humano
Citação de PATRICIA GROSSI em junho 7, 2025, 10:43 amNesse módulo, integrado a outros materiais, aprendi que a constituição da personalidade, do caráter e da ética no ser humano é um processo complexo, contínuo e multifatorial, que envolve fatores biológicos, psicológicos, sociais e históricos. Desde os primeiros anos de vida, o sujeito vai estruturando sua maneira de ser, sentir, agir e se relacionar com o mundo, em um entrelaçamento entre pulsões internas, vivências afetivas, e o meio em que está inserido.
A personalidade é entendida como a organização relativamente estável de traços, modos de sentir, pensar e agir que definem um indivíduo ao longo da vida. Já o caráter diz respeito à expressão comportamental observável desses traços , ou seja, é a forma como a personalidade se manifesta nas atitudes, decisões e relações cotidianas. A ética, por sua vez, emerge do desenvolvimento moral do sujeito, relacionada à sua capacidade de reflexão, empatia e responsabilidade diante do outro e da sociedade.
Ao longo da história, o conceito de personalidade foi se transformando, influenciado por diferentes correntes filosóficas, médicas e psicológicas. Na Antiguidade, Hipócrates e Galeno propuseram uma visão fisiológica da personalidade baseada nos “humores do corpo” (sanguíneo, colérico, melancólico, fleumático), já sugerindo uma base biológica para os temperamentos humanos.
Na Idade Média e Moderna, o foco desloca-se para a alma e a moral, sob influência da religião e da filosofia cristã. O comportamento era julgado principalmente sob a ótica do pecado ou da virtude.
Com Freud (final do século XIX e início do XX), inaugura-se uma nova abordagem: a personalidade passa a ser vista como um aparelho psíquico, composto por forças conscientes e inconscientes (id, ego e superego), formado a partir dos conflitos entre os desejos internos e as exigências do meio.
Nos séculos XX e XXI, surgem outras contribuições: teorias behavioristas, cognitivistas, humanistas e sócio-históricas (como as de Skinner, Piaget, Rogers e Vygotsky), que passam a considerar fatores como o ambiente, a cultura, a aprendizagem e as relações sociais como fundamentais para a constituição da personalidade.
Essa evolução mostra que a personalidade não é uma essência imutável, mas uma construção dinâmica que dialoga com o contexto socio-histórico e cultural de cada época.
A forma como a personalidade se organiza pode variar entre o saudável e o patológico. Em termos clínicos, quando certos traços são excessivamente rígidos, repetitivos ou causam sofrimento ao indivíduo e às pessoas ao seu redor, podemos falar em transtornos de personalidade (como os de ordem narcisista, borderline, obsessiva, paranoide, entre outros).
Traços da personalidade influenciam diretamente a forma como o sujeito lida com o sofrimento psíquico, com seus vínculos e com os desafios da vida. A ética pessoal também se relaciona com essa organização: sujeitos com estruturações mais frágeis ou centradas em defesas narcísicas tendem a ter mais dificuldade em lidar com o outro, com a alteridade e com as regras sociais.
A personalidade, o caráter e a ética do ser humano não são dados prontos ao nascimento, mas resultados de uma construção subjetiva, enraizada na história afetiva de cada um e no contexto em que vive. Compreender essa construção exige um olhar atento à singularidade, às marcas da cultura, à história da humanidade e ao inconsciente, campos fundamentais para a psicologia e para a psicanálise.
Nesse módulo, integrado a outros materiais, aprendi que a constituição da personalidade, do caráter e da ética no ser humano é um processo complexo, contínuo e multifatorial, que envolve fatores biológicos, psicológicos, sociais e históricos. Desde os primeiros anos de vida, o sujeito vai estruturando sua maneira de ser, sentir, agir e se relacionar com o mundo, em um entrelaçamento entre pulsões internas, vivências afetivas, e o meio em que está inserido.
A personalidade é entendida como a organização relativamente estável de traços, modos de sentir, pensar e agir que definem um indivíduo ao longo da vida. Já o caráter diz respeito à expressão comportamental observável desses traços , ou seja, é a forma como a personalidade se manifesta nas atitudes, decisões e relações cotidianas. A ética, por sua vez, emerge do desenvolvimento moral do sujeito, relacionada à sua capacidade de reflexão, empatia e responsabilidade diante do outro e da sociedade.
Ao longo da história, o conceito de personalidade foi se transformando, influenciado por diferentes correntes filosóficas, médicas e psicológicas. Na Antiguidade, Hipócrates e Galeno propuseram uma visão fisiológica da personalidade baseada nos “humores do corpo” (sanguíneo, colérico, melancólico, fleumático), já sugerindo uma base biológica para os temperamentos humanos.
Na Idade Média e Moderna, o foco desloca-se para a alma e a moral, sob influência da religião e da filosofia cristã. O comportamento era julgado principalmente sob a ótica do pecado ou da virtude.
Com Freud (final do século XIX e início do XX), inaugura-se uma nova abordagem: a personalidade passa a ser vista como um aparelho psíquico, composto por forças conscientes e inconscientes (id, ego e superego), formado a partir dos conflitos entre os desejos internos e as exigências do meio.
Nos séculos XX e XXI, surgem outras contribuições: teorias behavioristas, cognitivistas, humanistas e sócio-históricas (como as de Skinner, Piaget, Rogers e Vygotsky), que passam a considerar fatores como o ambiente, a cultura, a aprendizagem e as relações sociais como fundamentais para a constituição da personalidade.
Essa evolução mostra que a personalidade não é uma essência imutável, mas uma construção dinâmica que dialoga com o contexto socio-histórico e cultural de cada época.
A forma como a personalidade se organiza pode variar entre o saudável e o patológico. Em termos clínicos, quando certos traços são excessivamente rígidos, repetitivos ou causam sofrimento ao indivíduo e às pessoas ao seu redor, podemos falar em transtornos de personalidade (como os de ordem narcisista, borderline, obsessiva, paranoide, entre outros).
Traços da personalidade influenciam diretamente a forma como o sujeito lida com o sofrimento psíquico, com seus vínculos e com os desafios da vida. A ética pessoal também se relaciona com essa organização: sujeitos com estruturações mais frágeis ou centradas em defesas narcísicas tendem a ter mais dificuldade em lidar com o outro, com a alteridade e com as regras sociais.
A personalidade, o caráter e a ética do ser humano não são dados prontos ao nascimento, mas resultados de uma construção subjetiva, enraizada na história afetiva de cada um e no contexto em que vive. Compreender essa construção exige um olhar atento à singularidade, às marcas da cultura, à história da humanidade e ao inconsciente, campos fundamentais para a psicologia e para a psicanálise.