A VISÃO CONTEMPORÂNEA DA PERCEPÇÃO
A percepção, na psicologia e nas neurociências contemporâneas, é entendida como um processo ativo de construção de significados, e não apenas como a simples recepção de estímulos sensoriais. Isso significa que perceber envolve tanto os órgãos dos sentidos (visão, audição, tato, olfato, paladar) quanto a interpretação cerebral que organiza essas informações.
Hoje sabemos que a percepção é resultado da integração entre sensação, atenção, memória, emoção e contexto. O cérebro não registra o mundo como uma “fotografia”, mas seleciona, organiza e completa as informações, muitas vezes preenchendo lacunas com base em experiências anteriores. Por isso, duas pessoas podem perceber o mesmo objeto ou situação de formas diferentes.
A visão contemporânea também destaca que a percepção é multissensorial: diferentes sentidos atuam em conjunto para criar uma experiência única. Além disso, fatores culturais e sociais influenciam o modo como interpretamos o que sentimos.
Assim, a percepção é compreendida como uma interação dinâmica entre o sujeito e o ambiente, na qual cada experiência é moldada pela história individual, pelo contexto imediato e pelas conexões neurais que sustentam a consciência.