Comportamento Social: entre a ação individual e as dinâmicas coletivas
Citação de PATRICIA GROSSI em junho 18, 2025, 6:13 pmO comportamento social pode ser entendido como o conjunto de interações que ocorrem entre indivíduos dentro de grupos ou comunidades, moldado por valores culturais, normas sociais, crenças coletivas e, cada vez mais, pelas tecnologias de comunicação. Em um mundo interconectado e em constante transformação, compreender como esses comportamentos se constroem e se adaptam é essencial, especialmente em contextos educativos.
Desde as bases da sociologia clássica, pensadores como Émile Durkheim já destacavam que o comportamento individual não pode ser analisado isoladamente, mas deve ser entendido em relação aos “fatos sociais”, estruturas coletivas que se impõem sobre os indivíduos, como a escola, a família, a religião e os meios de comunicação. Para Durkheim, esses fatos moldam atitudes, escolhas e expectativas, criando um senso de pertencimento e ao mesmo tempo estabelecendo limites sociais.
Na educação, essa compreensão é vital. Estudantes não chegam à escola como “tábuas rasas”, mas sim como sujeitos sociais já imersos em práticas, linguagens e experiências coletivas. Aprender, portanto, não é apenas um ato individual de absorção de conteúdos, mas um processo social de adaptação e participação em comunidades de sentido.
O psicólogo Albert Bandura trouxe essa perspectiva para o campo da aprendizagem com sua teoria da reciprocidade triádica, na qual fatores pessoais, comportamentais e ambientais influenciam-se mutuamente. Em tempos de redes sociais e ambientes digitais colaborativos, a ideia de que aprendemos observando, imitando e interagindo com os outros nunca foi tão evidente. Vídeos, fóruns, tutoriais e influenciadores educacionais tornam-se hoje parte do ambiente de aprendizagem de crianças, jovens e adultos.
Outro aspecto importante do comportamento social é sua plasticidade, ou seja, a capacidade de mudar conforme o contexto. Os estudos contemporâneos da neurociência social, como os de Antonio Damasio, revelam que emoções, experiências sociais e decisões cognitivas estão profundamente entrelaçadas. Isso tem implicações diretas na sala de aula: ambientes afetivos, acolhedores e participativos tendem a gerar maior engajamento e melhores resultados, enquanto contextos de medo ou exclusão podem bloquear o processo de aprendizagem.
A dimensão normativa do comportamento social também continua relevante. Max Weber já apontava que as ações humanas são guiadas não apenas por objetivos racionais, mas também por costumes, afetos e valores. Em sala de aula, isso se traduz em compreender que cada estudante traz consigo um repertório único de sentidos, origens e motivações. Valorizar essa diversidade, e promover a compreensão mútua, é uma das tarefas mais urgentes da educação atual.
No cenário globalizado e hiperconectado de hoje, o comportamento social ultrapassa os muros da escola e se reflete também em fenômenos econômicos, políticos e culturais. Economistas como John Maynard Keynes e, mais recentemente, Robert Shiller, mostraram como as narrativas coletivas, crenças sociais sobre crises, futuro, tecnologia ou oportunidades, influenciam diretamente comportamentos agregados como consumo, investimento e inovação. Em outras palavras, o que pensamos e sentimos como sociedade afeta decisões que vão do mercado financeiro à escolha de uma profissão ou ao engajamento com causas sociais.
Portanto, ao repensar o comportamento social no século XXI, é necessário compreendê-lo como um fenômeno vivo, coletivo e atravessado por múltiplas influências: culturais, digitais, emocionais e institucionais. No campo da educação, isso significa ir além da transmissão de conteúdos e investir na construção de espaços onde o aprender se dá também na troca, na escuta e na experiência compartilhada. Entender essas dinâmicas é essencial para formar cidadãos críticos, empáticos e preparados para agir num mundo em constante transformação.
O comportamento social pode ser entendido como o conjunto de interações que ocorrem entre indivíduos dentro de grupos ou comunidades, moldado por valores culturais, normas sociais, crenças coletivas e, cada vez mais, pelas tecnologias de comunicação. Em um mundo interconectado e em constante transformação, compreender como esses comportamentos se constroem e se adaptam é essencial, especialmente em contextos educativos.
Desde as bases da sociologia clássica, pensadores como Émile Durkheim já destacavam que o comportamento individual não pode ser analisado isoladamente, mas deve ser entendido em relação aos “fatos sociais”, estruturas coletivas que se impõem sobre os indivíduos, como a escola, a família, a religião e os meios de comunicação. Para Durkheim, esses fatos moldam atitudes, escolhas e expectativas, criando um senso de pertencimento e ao mesmo tempo estabelecendo limites sociais.
Na educação, essa compreensão é vital. Estudantes não chegam à escola como “tábuas rasas”, mas sim como sujeitos sociais já imersos em práticas, linguagens e experiências coletivas. Aprender, portanto, não é apenas um ato individual de absorção de conteúdos, mas um processo social de adaptação e participação em comunidades de sentido.
O psicólogo Albert Bandura trouxe essa perspectiva para o campo da aprendizagem com sua teoria da reciprocidade triádica, na qual fatores pessoais, comportamentais e ambientais influenciam-se mutuamente. Em tempos de redes sociais e ambientes digitais colaborativos, a ideia de que aprendemos observando, imitando e interagindo com os outros nunca foi tão evidente. Vídeos, fóruns, tutoriais e influenciadores educacionais tornam-se hoje parte do ambiente de aprendizagem de crianças, jovens e adultos.
Outro aspecto importante do comportamento social é sua plasticidade, ou seja, a capacidade de mudar conforme o contexto. Os estudos contemporâneos da neurociência social, como os de Antonio Damasio, revelam que emoções, experiências sociais e decisões cognitivas estão profundamente entrelaçadas. Isso tem implicações diretas na sala de aula: ambientes afetivos, acolhedores e participativos tendem a gerar maior engajamento e melhores resultados, enquanto contextos de medo ou exclusão podem bloquear o processo de aprendizagem.
A dimensão normativa do comportamento social também continua relevante. Max Weber já apontava que as ações humanas são guiadas não apenas por objetivos racionais, mas também por costumes, afetos e valores. Em sala de aula, isso se traduz em compreender que cada estudante traz consigo um repertório único de sentidos, origens e motivações. Valorizar essa diversidade, e promover a compreensão mútua, é uma das tarefas mais urgentes da educação atual.
No cenário globalizado e hiperconectado de hoje, o comportamento social ultrapassa os muros da escola e se reflete também em fenômenos econômicos, políticos e culturais. Economistas como John Maynard Keynes e, mais recentemente, Robert Shiller, mostraram como as narrativas coletivas, crenças sociais sobre crises, futuro, tecnologia ou oportunidades, influenciam diretamente comportamentos agregados como consumo, investimento e inovação. Em outras palavras, o que pensamos e sentimos como sociedade afeta decisões que vão do mercado financeiro à escolha de uma profissão ou ao engajamento com causas sociais.
Portanto, ao repensar o comportamento social no século XXI, é necessário compreendê-lo como um fenômeno vivo, coletivo e atravessado por múltiplas influências: culturais, digitais, emocionais e institucionais. No campo da educação, isso significa ir além da transmissão de conteúdos e investir na construção de espaços onde o aprender se dá também na troca, na escuta e na experiência compartilhada. Entender essas dinâmicas é essencial para formar cidadãos críticos, empáticos e preparados para agir num mundo em constante transformação.