DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Citação de MARIA DE FATIMA PEREIRA DE JESUS em julho 12, 2025, 8:07 amDiálogo entre Piaget, Vygotsky e Psicanálise
Aspecto Piaget Vygotsky Psicanálise Visão da criança Construtor ativo Sujeito mediado socialmente Ser inconsciente e simbolizante Papel da linguagem Expressão do pensamento Centro do pensamento Estrutura do inconsciente Desenvolvimento Estágios internos Processo mediado culturalmente Sequência de formações psíquicas Clínica/intervenção Respeito ao estágio cognitivo Mediação psíquica via palavra Facilitação de simbolizações emergentes Esses diálogos possibilitam uma base clínica potente: orientar intervenções conforme a capacidade simbólica da criança (etapa piagetiana) e usar a “zona potencial”, abrindo espaços para novas formas de pensar e sentir (ZDP), sempre em diálogo com o inconsciente.
Contribuições práticas para a clínica psicanalítica
Interpretação adequada ao estágio: Piaget ajuda o psicanalista a calibrar a linguagem interpretativa e os materiais simbólicos (brinquedos, desenhos, histórias) conforme a estrutura cognitiva da criança.
Mediação relacional: Seguindo Vygotsky, a interação analítica pode ser vista como scaffold (andaime), promovendo processos que a criança ainda não alcançaria sozinha, favorecendo insight e simbolização.
Integração social-cultural: A psicanálise, enriquecida por Vygotsky, coloca a criança como sujeito inserido em redes de linguagem, cultura e relações, complementando o foco freudiano no inconsciente.
Em resumo
Piaget fornece a base para compreender fases cognitivas, capacidade simbólica, conflito e agência infantil — elementos essenciais para pensar o mundo interno da criança.
Vygotsky oferece os instrumentos teóricos da mediação, da linguagem internalizada e da dinâmica entre potencial e real — que o psicanalista pode usar para facilitar simbologização e transformação psíquica.
A psicanálise, ao integrar essas abordagens, amplia seu alcance: respeita a estrutura cognitiva, promove crescimento simbólico e acolhe o sujeito em sua dimensão psicossocial, emocional e inconsciente.
Essencialmente, Piaget e Vygotsky enriquecem a psicanálise infantil com um fundamento cognitivo‑relacional que respeita tanto a mente enquanto construtora quanto a criança como sujeito da linguagem e da cultura.
Diálogo entre Piaget, Vygotsky e Psicanálise
Aspecto | Piaget | Vygotsky | Psicanálise |
---|---|---|---|
Visão da criança | Construtor ativo | Sujeito mediado socialmente | Ser inconsciente e simbolizante |
Papel da linguagem | Expressão do pensamento | Centro do pensamento | Estrutura do inconsciente |
Desenvolvimento | Estágios internos | Processo mediado culturalmente | Sequência de formações psíquicas |
Clínica/intervenção | Respeito ao estágio cognitivo | Mediação psíquica via palavra | Facilitação de simbolizações emergentes |
Esses diálogos possibilitam uma base clínica potente: orientar intervenções conforme a capacidade simbólica da criança (etapa piagetiana) e usar a “zona potencial”, abrindo espaços para novas formas de pensar e sentir (ZDP), sempre em diálogo com o inconsciente.
Contribuições práticas para a clínica psicanalítica
-
Interpretação adequada ao estágio: Piaget ajuda o psicanalista a calibrar a linguagem interpretativa e os materiais simbólicos (brinquedos, desenhos, histórias) conforme a estrutura cognitiva da criança.
-
Mediação relacional: Seguindo Vygotsky, a interação analítica pode ser vista como scaffold (andaime), promovendo processos que a criança ainda não alcançaria sozinha, favorecendo insight e simbolização.
-
Integração social-cultural: A psicanálise, enriquecida por Vygotsky, coloca a criança como sujeito inserido em redes de linguagem, cultura e relações, complementando o foco freudiano no inconsciente.
Em resumo
-
Piaget fornece a base para compreender fases cognitivas, capacidade simbólica, conflito e agência infantil — elementos essenciais para pensar o mundo interno da criança.
-
Vygotsky oferece os instrumentos teóricos da mediação, da linguagem internalizada e da dinâmica entre potencial e real — que o psicanalista pode usar para facilitar simbologização e transformação psíquica.
-
A psicanálise, ao integrar essas abordagens, amplia seu alcance: respeita a estrutura cognitiva, promove crescimento simbólico e acolhe o sujeito em sua dimensão psicossocial, emocional e inconsciente.
Essencialmente, Piaget e Vygotsky enriquecem a psicanálise infantil com um fundamento cognitivo‑relacional que respeita tanto a mente enquanto construtora quanto a criança como sujeito da linguagem e da cultura.