Citação de Damares Macharet em março 21, 2023, 7:14 pm

A escola behaviorista da psicologia surgiu no início do século XX, principalmente nos Estados Unidos, através de pesquisadores como John B. Watson e B.F. Skinner. O behaviorismo propõe que o comportamento humano pode ser estudado de forma objetiva, sem a necessidade de se referir a processos mentais internos, como pensamentos e emoções.

O processo de construção do behaviorismo foi influenciado por outras áreas do conhecimento, como a filosofia do empirismo, que valoriza a observação empírica como a principal fonte de conhecimento. Além disso, a teoria da evolução de Charles Darwin também influenciou a visão behaviorista do comportamento humano, como um produto da seleção natural e da adaptação ao ambiente.

A abordagem behaviorista se concentra no estudo do comportamento observável, mensurável e passível de controle experimental. Para isso, utilizam-se técnicas como o condicionamento clássico, proposto por Ivan Pavlov, e o condicionamento operante, desenvolvido por B.F. Skinner. O condicionamento clássico consiste em associar um estímulo naturalmente capaz de provocar uma resposta a um estímulo neutro, até que este último passe a provocar a mesma resposta. Já o condicionamento operante se concentra na relação entre o comportamento de um organismo e as consequências que este comportamento produz, como recompensas e punições.

A influência do behaviorismo no estudo do comportamento é significativa. A abordagem behaviorista contribuiu para a construção de uma metodologia científica rigorosa para o estudo do comportamento, além de ter influenciado outras áreas da psicologia, como a terapia comportamental e cognitiva, que se baseia na modificação do comportamento por meio do aprendizado. O behaviorismo também influenciou outras áreas, como a educação, a psiquiatria, a psicofarmacologia e a neurociência. No entanto, a abordagem behaviorista também enfrentou críticas, principalmente por sua limitação em explicar aspectos subjetivos da experiência humana, como pensamentos e emoções, e por sua abordagem reducionista em relação à complexidade do comportamento humano.