introdução à psicanálise integrativa.
Os autores discutem sobre a importância da História da psicologia ser ministrada nos cursos de graduação em psicologia, nos mestrados, doutorados, etc... Essa matéria tem sido postergada uma segunda instância, quando, segundo os autores apresentados, tem uma fundamental razão de ser.
Josef Brosek fala do zeitgeist e do ostegeist, que atuam formalmente em toda a História da seguinte maneira: se uma pessoa inventa, por exemplo, uma teoria, ou é figura proeminente em um assunto, ou acontecimento, ela não é a única que poderia ter realizado tal.
Por exemplo, se Hitler não houvesse nascido, outro alemão teria feito o que ele fez, pois ele era fruto do espírito de seu tempo e seu lugar, tanto que ele teve completo apoio popular. O povo alemão ariano estava, naqueles dias, preparado para apoiar o nacional-socialismo. Assim, de qualquer forma haveriam as câmaras de gás, para onde iriam os judeus, ciganos, homossexuais, doentes mentais de toda espécie, doentes emocionais, alemães que não pertencessem à raça ariana, e arianos que não concordavam com o regime nazi-fascista.
Ele derruba, destarte, a figura do Grande Personagem da História, pois, se o descobridor da Teoria da Relatividade não escrevesse sobre o assunto, outro o faria. Não seria Einstein, mas outro. Se Pontes não fosse para o espaço, outro brasileiro iria, pois vivemos todos sob o mesmo espírito do tempo e do lugar.
William James, segundo a defensora da tese apresentada, nunca abandonou a psicologia, mesmo quando escreveu sobre temas filosóficos, metafísicos, religiosos, e outros, pois todos estavam sob a cúpula larga da psicologia. Segundo a autora da tese, James apenas ampliou o campo da psicologia, não a mantendo nos laboratórios somente, nem apenas na práxis, mas entrando em campos como a religião e a parapsicologia.