A fala e a escrita como objetos que se organizam e destroem.
Na minha compreensão, enquanto estudante, a linguagem é importante para a vida das pessoas, mas também afeta nossa maneira de ver o mundo e nossa relação com outras pessoas, culturas e comunidades. O inconsciente, para Freud e outros psicanalistas posteriores, é um processo de repressão que, desde a infância, nega as pulsões humanas e as impede de se tornar conscientes, revelando um lado da natureza humana pouco explorada na conceitualização histórica do pensamento, da razão, da consciência e da vontade, embora, desde o tempo de Platão e Aristóteles, existam estudos e teorias a respeito da alma, da mente e/ou do comportamento.
As estruturas filosóficas, literárias e psicanalíticas se organizam em torno do ser humano, cada qual marcada por sua forma de entender e explicar o mundo, a literatura trazendo consigo reflexões a respeito de estruturas sociais como no caso do marxismo, que trás a interpretação de textos usandos como viés a estrutura social e econômica; já o discurso literário aponta para os romances e situações recorrentes da época. Porém ao se analisar as estruturas filosóficas e literárias pelo ponto de vista analítico percebe-se ênfase ou supressão de objetos no texto que vão apontar para alguma neurose. Ao estudar a obra de Shakespeare, a análise do complexo de édipo está intrinsecamente envolvida, já que o sobrinho não consegue matar seu tio, por assim sentir também parte desse desejo inconsciente de também um dia ter desejado a morte do pai para realizar seu desejo edipiano de ficar com sua mãe.
Dessa forma a caracterização e objeto dos discursos são diferentes e ao mesmo tempo complementares.
Nenhum dado do mundo pode ser criado sem um estágio. Essa é a verdadeira expressão da consciência rudimentar das diversas consciências existentes, como a transição da consciência mítica para a consciência filosófica. O que torna o ser humano capaz de expressão é a linguagem e a arte. Mas, o que está em questão é o procedimento e o processo de cura.