A Igreja mediaval
Citação de Veronilton Paz da Silva em março 8, 2023, 12:33 amNo período que vamos considerar, que durou quase mil anos, nosso interesse se dirigirá para a Igreja Ocidental, ou Latina, cuja sede de autoridade estava em Roma. O fato mais notável nos dez séculos da Idade Média foi o desenvolvimento do poder papal. bispo universal", e chefe da igreja. O período de crescimento do poder papal começou com o pontificado de Gregório I, o Grande, e teve o apogeu no tempo de Gregório VII, mais conhecido por Hildebrando. O papa Gregório foi um dos fortes defensores da vida monástica, havendo sido ele mesmo um dos monges da época.
Uma das razões por que o governo da sede romana era tão amplamente aceito no início desse período explica-se pelo fato de que, naquele período, a influência dos papas era sentida principalmente no fortalecimento da justiça. As rivalidades e as incertezas dos governos seculares estavam em acentuado contraste com a firmeza e uniformidade do governo da igreja. Ainda que pareça estranho, o fato é que, na Idade Média, uma série de "fraudes pias" foram divulgadas a fim de manter o prestígio e a autoridade de Roma.
Um desses documentos fraudatórios foi a "Doação de Constantino". Muito tempo depois da queda do Império Romano na Europa, circulou tal documento com o propósito de demonstrar que Constantino, o primeiro imperador cristão, havia dado ao bispo de Roma, Silvestre I (314-335), autoridade suprema sobre todas as províncias européias do império. Mas o documento de maior influência da série fraudulenta foi o que passou a ser conhecido como "Decretais Pseudo-Isidorianas", publicado no ano 850. Afirmava-se que eram decisões adotadas pelos bispos primitivos de Roma, desde os apóstolos.
Em épocas de ignorância e na ausência da crítica, esses documentos eram aceitos sem contestação, e durante centenas de anos constituíramse num baluarte para as reivindicações de Roma. A linguagem empregada não era o latim primitivo dos séculos primeiro e segundo, e sim uma língua corrompida e mista usada nos séculos oitavo e nono. O crescimento do poder papal, apesar de sempre estar em ascensão, não era constante. Houve alguns príncipes que se opuseram ao poder papal. Hildebrando impôs a supremacia da igreja sobre o Estado. O imperador Henrique IV, havendose ofendido com o papa Gregório, convocou um sínodo de bispos alemães induzindo-os (ou compelindo-os) a votar pela deposição do papa. Gregório VII não desejava abolir o governo do Estado, mas que este fosse subordinado ao governo da igreja. Outro papa cujo governo demonstrou elevado grau de poder foi Inocêncio III (1198- 1216). Inocêncio III elegeu para desempenhar as funções de imperador, a Otto Brunswick, o qual declarou publicamente que alcançara a coroa "pela graça de Deus e da sede apostólica"
Bonifácio proibiu o rei da Inglaterra de promulgar leis de impostos sobre as propriedades da igreja e sobre as receitas ou tesouros sacerdotais, porém foi obrigado a recuar, O período de 1305 a 1377 é conhecido como "Cativeiro Babilônico". Por ordem do rei de França a sede do papado foi transferida de Roma para Avinhão, no sul da França. No ano de 1377, o papa reinante, Gregório XI, voltou a Roma, e em 1414 foi realizado o Concílio de Constança a fim de decidir as reclamações de quatro papas existentes.
No período que vamos considerar, que durou quase mil anos, nosso interesse se dirigirá para a Igreja Ocidental, ou Latina, cuja sede de autoridade estava em Roma. O fato mais notável nos dez séculos da Idade Média foi o desenvolvimento do poder papal. bispo universal", e chefe da igreja. O período de crescimento do poder papal começou com o pontificado de Gregório I, o Grande, e teve o apogeu no tempo de Gregório VII, mais conhecido por Hildebrando. O papa Gregório foi um dos fortes defensores da vida monástica, havendo sido ele mesmo um dos monges da época.
Uma das razões por que o governo da sede romana era tão amplamente aceito no início desse período explica-se pelo fato de que, naquele período, a influência dos papas era sentida principalmente no fortalecimento da justiça. As rivalidades e as incertezas dos governos seculares estavam em acentuado contraste com a firmeza e uniformidade do governo da igreja. Ainda que pareça estranho, o fato é que, na Idade Média, uma série de "fraudes pias" foram divulgadas a fim de manter o prestígio e a autoridade de Roma.
Um desses documentos fraudatórios foi a "Doação de Constantino". Muito tempo depois da queda do Império Romano na Europa, circulou tal documento com o propósito de demonstrar que Constantino, o primeiro imperador cristão, havia dado ao bispo de Roma, Silvestre I (314-335), autoridade suprema sobre todas as províncias européias do império. Mas o documento de maior influência da série fraudulenta foi o que passou a ser conhecido como "Decretais Pseudo-Isidorianas", publicado no ano 850. Afirmava-se que eram decisões adotadas pelos bispos primitivos de Roma, desde os apóstolos.
Em épocas de ignorância e na ausência da crítica, esses documentos eram aceitos sem contestação, e durante centenas de anos constituíramse num baluarte para as reivindicações de Roma. A linguagem empregada não era o latim primitivo dos séculos primeiro e segundo, e sim uma língua corrompida e mista usada nos séculos oitavo e nono. O crescimento do poder papal, apesar de sempre estar em ascensão, não era constante. Houve alguns príncipes que se opuseram ao poder papal. Hildebrando impôs a supremacia da igreja sobre o Estado. O imperador Henrique IV, havendose ofendido com o papa Gregório, convocou um sínodo de bispos alemães induzindo-os (ou compelindo-os) a votar pela deposição do papa. Gregório VII não desejava abolir o governo do Estado, mas que este fosse subordinado ao governo da igreja. Outro papa cujo governo demonstrou elevado grau de poder foi Inocêncio III (1198- 1216). Inocêncio III elegeu para desempenhar as funções de imperador, a Otto Brunswick, o qual declarou publicamente que alcançara a coroa "pela graça de Deus e da sede apostólica"
Bonifácio proibiu o rei da Inglaterra de promulgar leis de impostos sobre as propriedades da igreja e sobre as receitas ou tesouros sacerdotais, porém foi obrigado a recuar, O período de 1305 a 1377 é conhecido como "Cativeiro Babilônico". Por ordem do rei de França a sede do papado foi transferida de Roma para Avinhão, no sul da França. No ano de 1377, o papa reinante, Gregório XI, voltou a Roma, e em 1414 foi realizado o Concílio de Constança a fim de decidir as reclamações de quatro papas existentes.