Citação de Veronilton Paz da Silva em março 8, 2023, 1:05 am

Início da Reforma Religiosa.

 

Durante este período, especialmente seu ocaso, manifestaram-se réstias de luz religiosa, presságios da futura Reforma. Cinco grandes movimentos de reformas surgiram na igreja. Os albigenses ou cátaros (cathari), "puritanos", conseguiram proeminência no sul da França, cerca do ano 1170. Eles rejeitavam a autoridade da tradição, distribuíam o Novo Testamento e opunham-se às doutrinas romanas do purgatório, à adoração de imagens e às pretensões sacerdotais, apesar de terem algumas idéias estranhas relacionadas com os antigos maniqueus, e rejeitarem o Antigo Testamento. Os valdenses apareceram ao mesmo tempo, em 1170, com Pedro Valdo, um comerciante de Lyon, que lia, explicava e distribuía as Escrituras, as quais contrariavam os costumes e as doutrinas dos católicos romanos. João Wyclif iniciou um movimento na Inglaterra a favor da libertação do domínio do poder romano e da reforma da igreja. Wyclif nasceu em 1324, educou-se na Universidade de Oxford, onde alcançou o lugar de doutor em teologia e chefe dos conselhos que dirigiam aquela instituição. A pregação de Wyclif e sua tradução da Bíblia sem dúvida, prepararam o caminho para a Reforma. João Huss, da Boêmia (nascido em 1369 e martirizado em 1445), foi um dos leitores dos escritos de Wyclif, pregou as mesmas doutrinas, e especialmente proclamou a necessidade de se libertarem da autoridade papal. sua atividade e sua condenação foram elementos decisivos na Reforma de sua terra natal, e influenciaram a Boêmia, por muitos séculos, desde esse tempo. Jerônimo Savonarola (nascido em 1452) foi um monge da Ordem dos Dominicanos, em Florença, Itália, e chegou a ser prior do Mosteiro de S. Marcos. Pregava, tal qual um dos profetas antigos, contra os males sociais, eclesiásticos e políticos de seu tempo.

 

A queda de Constantinopla, em 1453, foi assinalada pelos historiadores como a linha divisória entre os tempos medievais e os tempos modernos. A igreja grega continua com seu patriarca, despojado de tudo, menos de sua autoridade eclesiástica, com residência em Constantinopla (Istambul). Com a queda de Constantinopla, em 1453, terminou o período da Igreja Medieval. Anselmo nasceu em 1033, no Piomonte, Itália; era um erudito, como tantos outros homens de seu tempo, que vagava por vários países. Escreveu várias obras teológicas e filosóficas, sendo por isso chamado "o segundo Agostinho". Morreu no ano 1109. Pedro Abelardo, que nasceu no ano 1079, e morreu em 1142, como filósofo e teólogo, foi o pensador mais ousado da Idade Média. Mais famosa do que seus ensinos e escritos foi a história romântica que manteve com a formosa Eloísa. Casaram-se, porém logo depois foram obrigados a separar-se e a entrar para conventos. Bernardo de Clairvaux (1090-1153) foi um nobre pertencente a uma família francesa. Educou-se para servir na corte, porém renunciou, a fim de entrar para um convento. Organizou a Segunda Cruzada em 1147. Foi um homem de mente esclarecida e coração bondoso. Opunha-se à perseguição aos judeus e escrevia contra ela. Lutero declarou o seguinte: "Se houve no mundo um monge santo e temente e Deus, esse foi S. Bernardo de Clairvaux." A mentalidade maior da Idade Média foi, sem dúvida, Tomás de Aquino, que viveu nos anos de 1225 a 1274. Tomás era tão calado que lhe deram o apelido de "boi mudo". Mas o seu mestre Alberto Magno sempre dizia: "Um dia esse boi encherá o mundo com seus mugidos." Tomás de Aquino morreu em 1274.