A imagem do Eu e as nossas visões sobre ela.
Que a certeza que temos sobre nós mesmos, não é verdadeira, por muitos motivos.
Para descobrir quem somos, devemos estudar as relações entre nosso inconsciente e a consciência, considerando um aprofundamento em relação ao que estamos buscando, levando em conta tudo aquilo que nos estimula, nos dá forças, nos incentiva a ir mais longe, e ao que reúne o nosso potencial interno e nos ajuda a evoluir.
Devemos observar que muitas vezes, pela incapacidade de lidar com tantos impulsos, que nos levam a evolução, vamos em busca da satisfação para nos sentirmos aliviados.
A imagem do EU vista por nós mesmos, pode ser adquirida de algumas formas: pela nossa imagem vista a partir do espelho quando criança; pelas representações daquilo que aprendemos vivendo em sociedade, com base na nossa cultura; ou pela representação daquilo que aprendemos em uma tradição, em sucessivas gerações, estabelecendo o que deve ser pensado.
Além disso o EU pode ser visto pela imagem do próprio corpo, que se constitui uma identificação consigo mesmo, na imagem refletida sob o olhar do outro, assim como o estádio do espelho.
O que podemos dizer sobre o capítulo de livro que fala a respeito do Conceito e Princípios da Imagem Pessoal?
O que podemos perceber, é que cada um desse autores como, Freude, Lacan e Dolton, abordam esse conceito de maneira diferente, porém, essas diferenças se convergem e nos dá o entendimento esclarecedor sobre como devemos conceituar a imagem pessoal, esse entendimento nos força vermos essa imagem, por um lente diferenciada. A imagem pessoal, é um conceito complexo e multifacetado, influenciado por diversos fatores. Para compreender esses fatores, temos que abrir caminho para a autodescoberta e o desenvolvimento pessoal.
Existe um conflito constante (Id, Ego e SuperEgo) em busca do equilíbrio desde que nascemos, a princípio recebendo estímulos da mãe e depois fazemos uma leitura da nossa imagem corporal, com uma linguagem própria ou copiada (adquirida).
A imagem do Eu é um assunto importante por dois aspectos principais:
1- para sabermos e compreendermos que a imagem d0 (meu) Eu foi construída pelos caminhos por onde passamos e pela presença do Outro.
2- para profissionais e lideres saberem lidar com as pessoas ao seu redor e, especialmente, com os seus pacientes.
O estádio do espelho, a vivência na sociedade, a cultura local e a tradição familiar são alguns exemplos que influenciam a construção da imagem do Eu.
Na busca do conhecimento do seu próprio Eu (imagem) o ser humano, muitas vezes, confunde-se entre a sua matéria, o seu sentimento e o Outro. A incerteza de não saber quem é e qual a imagem refletida além espelho, leva o homem a ansiar por coisas (matérias). O desejo de aplacar a ânsia pela descoberta do Eu pode levá-lo a sentir-se culpado, triste e inseguro. No entanto é possível conhecer e aceitar a imagem do Eu com orientação, conversa e estudo. Como bem disse Pita e Calais em sua composição Eu, quem? "O retrato apresenta o inacabado. O relato é influenciado. O espelho projeta um recorte. As percepções são peças à sorte". E continuam "Me conforta dizer que nunca vou saber. O tempo, o desafio, a perda. O oleiro. Trazem-me reflexões, transmutam o profundo, repintam o quadro. Me encontrarei, novamente então, num outro formato".
Bibliografia
PITA, Elder e CALAIS, Cássia. El Casí - Eu, quem?. Clipe Oficial. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=R8gbbKH53Bg. Acesso: 21 de março de 2024.