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A origem da Psicanálise

Freud como jovem médico psiquiatra no final do século XIX e início do século XX, desenvolveu a psicanálise num momento de grandes transformações históricas, culturais, científicas e sociais. Estava em pauta a teoria Darwiniana da evolução que somado a estas transformações também tornaram um ambiente ideal para novas idéias a respeito da mente e comportamento humano. Freud se dedica a tentar entender o sofrimento de pacientes com distúrbios mentais e emocionais sem causa organica aparente, em especial as mulheres, que ele passa a associar os distúrbios destas provocadas pela repressão sexual (contexto da época na sociedade em que vivia). Ele divide a princípio a mente humana em:

  1. Consciente: Parte que compõe a mente onde estão localizados os pensamentos e percepções, ela é acessível e responsável pela tomada de decisões imediatas.
  2. Pré-Consciente ou Sub-Consciente: Parte que compõe a mente onde não é acessível de imediato embora pode ser evocada indo para o Consciente e
  3. Inconsciente: É a parte da mente não acessível. Ele é composto pelos desejos e memórias.

posteriormente tornando este entendimento mais abrangente, Freud lança os conceitos de:

  1. Ego: Compondo a personalidade de uma pessoa, onde faz a tomada das decisões com racionalidade e equilíbrio.
  2. Superego: Na parte da personalidade do indíviduo trabalha como um "juiz", pautado em regras e normas morais de conduta. Onde os valores estão internalizados, ficando como um fiel da balança.
  3. Id: É a parte mais primitiva da personalidade. Está ligada ao instinto de sobrevivência. É o que busca a satisfação dos desejos e as necessidades básicas sem possuir um filtro para tal (este é barrado pelo superego).

Freud também explora a ligação entre estes conceitos da seguinte forma:

  1. Ego e Consciente: O ego atua no consciente (ele media o Id e o Superego, pois nela é tomada as decisões baseadas na racionalidade da realidade)
  2. Superego e Sub-Consciente: O Superego transita entre o Consciente e Sub-Consciente, atuando nos comportamentos e pensamentos, pautadas em normas e regras ora internalizadas
  3. Id e Inconsciente: Formado pelos desejos e impulsos instintivos, primitivos e de sobrevivência, é uma parte profunda da mente com alta demanda.

Avançando em seus estudos ele conceitua a

a) Repressão, que é uma forma da mente se preservar do desconforto de sentimentos ou memórias indesejáveis, ou que causem sofrimento, empurrando estes pensamentos para o inconsciente (Primária: Objetivo de proteger o Ego) ou empurrar para o Sub-Consciente (Secundária: memórias menos traumáticas ou recentes)

b) Resistência, que é o ato de evitar de forma consciente explorar aqueles pensamentos, sentimentos ou memórias ora empurradas para o inconsciente.

Algo muito trabalhado por Freud, foi também os Mecanismos de Defesa, sendo o de maior destaque o da:

  1. Sublimação: que se trata na capacidade do indivíduo em transformar impulsos e sentimentos traumáticos, negativos e prejudiciais socialmente em superação através de atividades produtivas e saudáveis. Ainda tendo outros Mecanismos de Defesa, tais como:
  2. Negação: A recusa da aceitação da realidade;
  3. Projeção: Não reconhecimento de um pensamento ou sentimento com a atribuição a uma terceira pessoa daquilo que ela é;
  4. Deslocamento: Redirecionar os sentimentos e pensamentos para outro individuo;
  5. Racionalização: Justificativas de um comportamento recorrente;
  6. Repressão: O empurrar para o inconsciente para evitar desconforto.

Trabalhou também os estágios do desenvolvimento psicossexual. Suas obras são de grande influência até hoje em diversos segmentos da sociedade.