A origem da Psicanálise
Tudo começa a partir da necessidade de Freud resolver seus próprios problemas, pois entre outras coisas não entendia porque desmaiava ao entrar em cemitérios e tinha problemas de relacionamento com seu próprio pai.
Junto a isso, como ele era um médico psiquiatra e neurologista, queria entender a causa das patologias de seus pacientes, uma vez que a ciência psicológica e neurológica não analisavam, ao seu modo de ver, a origem dessas patologias.
Sua análise lhe trouxe a conclusão de que existem 3 componentes na estrutura do aparelho psíquico: id, ego e superego.
Sendo que o id é responsável pela criação dos desejos, o ego é responsável pela racionalidade que pensa nas consequências e o superego serve para preservar o que é moralmente aceito, gerando sentimento de culpa, dependendo da circunstância.
A princípio, Freud entendeu que a hipnose era uma ótima ferramenta para saber o que estava no inconsciente da pessoa, descobrindo a origem das patologias e sugerindo novos significados para esses traumas escondidos, mas logo percebeu que, dependendo da resistência do paciente, ela se tornava ineficaz. Então, desenvolveu a conversação livre, onde através da concentração, uma conversa formal e dirigida, o paciente se lembrava de memórias reprimidas e tinha catarses, que eram liberação de emoções, sentimentos e traumas reprimidos, gerando mudança positiva no estado do paciente.
Além disso, como solução para equilibrar as estruturas psíquicas, Freud entendeu que uma boa opção era transformar os desejos inconscientes e indesejáveis do id em boas ações praticadas através da expressão de arte, música, religião e outras atividades benéficas para si e para sociedade, foi o que ele chamou de sublimação.
A psicanálise surgiu no final do século XIX, criada por Sigmund Freud, a partir de suas observações com pacientes que apresentavam sintomas psicológicos inexplicáveis fisicamente, como a histeria. Influenciado por Jean-Martin Charcot e colaborando com Josef Breuer, Freud desenvolveu o método catártico, onde a fala e a recordação de eventos traumáticos aliviavam os sintomas.
Freud formulou a teoria do inconsciente, afirmando que desejos e conflitos reprimidos influenciam o comportamento. Ele introduziu conceitos como os mecanismos de defesa, a divisão da mente (id, ego e superego) e os processos inconscientes.
A psicanálise, além de ser uma prática terapêutica, impactou amplamente as ciências humanas e a cultura.