A origem da Psicanálise
Obter contato com a tão discutida - às vezes, mal compreendida e injustamente criticada - ciência criada por Freud trouxe-me insights significativos acerca do que venho buscando e enfrentando ao longo dos últimos 9 anos.
Para além dos conceitos necessários para a compreensão da Psicanálise, tais como: id, ego, superego, sublimação, consciente, inconsciente, negação, o estudo deste módulo levou-me a compreensão do quanto essa teoria contribuir para pensar o homem, a sociedade e a cultura, além de ter podido mensurar e compreender por intermédio deles, minhas ações, reações, escolhas e decisões ao longo da minha vida.
As conceitualizações sistemáticas desenvolvidas por ele buscam dar conta do que estudos da Psiquiatria e da Psicologia contemplavam, permitindo um mergulho na mente humana por uma perspectiva nova, moderna e extremamente intrigante que, sem dúvida, acarretará em críticas severas e repressões de diversas ordens, principalmente pelos que querem determinar o que é ou não certo para o ser humano fazer consigo e/com a sociedade.
Compreender as camadas em que nossas memórias residem e o porquê não temos controle da maioria delas torna o estudo da Psicanálise ainda mais convidativo, pois como a própria ciência apregoa - um psicanalista precisa, antes de tudo, estar disposto a entender a si mesmo antes de lançar-se a ajudar os outros .
Entender a sublimação para além do conceito dicionarizado despertou-me o desejo de aprofundar não só os estudos como também mergulhar para dentro da minha mente e atingir o ponto de amadurecimento que, segundo Pondé significa sair da negação e entrar em estado de compreensão.
Como futura psicanalista, priorizo a importância de entender o outro, o lado do outro, a visão distorcida a respeito do mundo e de si mesmo do outro. Por mais que dominemos todas teorias e conhecimentos acerca da mente humana, sabemos o quanto é difícil colocá-las em prátoca na hora "h". No entanto, como em tudo na vida, é a constância do praticar a mudança, do esforço pessoal, do empenho neste processo de transformação que, pouco a pouco, os resultados começam a aparecer, ou seja, precisamos da disciplina, do dia a dia, do abrir mão da rotina conhecida e desbravar o mundo sob uma nova ótica, ainda que seja muito difícil este começo de caminhada. A idéia sempre será não desistir deste processo de evolução e autoconhecimento que, aos poucos, nos capacita a viver com mais qualidade de vida e satisfação. Muitos se escondem, criam muros altos ao redor de si mesmo para se esconderem dos seus monstros internos, deixam de viver , perdem a capacidade de viver com plenitude porque não dão o primeiro passo: reconhecer que este processo precisa ser vivido, a mudança é necessária. A vida realmente é curta para ser insignificante ou dolorosa.
A psicanálise surgiu no final do século XIX, desenvolvida principalmente por Sigmund Freud, médico neurologista austríaco. Sua origem está ligada ao tratamento de pacientes com sintomas neuróticos, como histeria, que não apresentavam causas físicas aparentes. Freud começou a explorar a mente inconsciente como fonte desses sintomas.
Inicialmente influenciado pela hipnose e pelo trabalho de Jean-Martin Charcot, Freud abandonou esse método e desenvolveu a técnica da associação livre, onde o paciente fala livremente, revelando conteúdos reprimidos do inconsciente. Ele também destacou a importância dos sonhos, considerando-os uma via de acesso ao inconsciente.
A teoria freudiana se baseia em conceitos como o inconsciente, os mecanismos de defesa, o complexo de Édipo e as instâncias psíquicas (id, ego e superego). A psicanálise se firmou como uma nova abordagem terapêutica e também como uma teoria sobre o funcionamento da mente humana.