A Origem da Psicanálise
Citação de Luiz Roberto Sousa melo em julho 31, 2025, 9:47 pmA Origem da Psicanálise
Reflexão de Roberto Melo
A origem da psicanálise está profundamente enraizada na escuta do sofrimento humano. Surgida no final do século XIX, por meio da experiência clínica e teórica de Sigmund Freud, a psicanálise não nasceu como uma ciência acabada, mas como um gesto ético de atenção àquilo que a medicina da época não conseguia compreender: o inconsciente.
Freud, ao escutar as histérias e reconhecer no corpo um discurso ainda não simbolizado, criou uma ruptura epistêmica: o sintoma passou a ser linguagem. Esse deslocamento do foco médico para o campo da escuta marcou o nascimento da psicanálise como prática e como teoria.
A origem da psicanálise, portanto, é também a origem de um novo lugar para o sujeito: não mais o eu racional e consciente do Iluminismo, mas um sujeito dividido, habitado por desejos inconscientes, pulsões e conflitos. É o nascimento de uma clínica que escuta o indizível, que respeita o tempo do sujeito e que não se apressa em curar, mas em compreender.
Refletir sobre essa origem é também interrogar nosso tempo. Ainda hoje, vivemos cercados por discursos que tentam apagar o sofrimento psíquico com soluções imediatistas, diagnósticos apressados e medicalizações em massa. Retornar à origem da psicanálise é, portanto, um ato de resistência. É afirmar o valor da palavra, da escuta e da singularidade de cada sujeito.
Em tempos de aceleração, lembrar que a psicanálise nasceu do silêncio e da escuta profunda nos convida a um novo modo de presença — mais sensível, mais ético e mais comprometido com o mistério que cada ser humano carrega.
A Origem da Psicanálise
Reflexão de Roberto Melo
A origem da psicanálise está profundamente enraizada na escuta do sofrimento humano. Surgida no final do século XIX, por meio da experiência clínica e teórica de Sigmund Freud, a psicanálise não nasceu como uma ciência acabada, mas como um gesto ético de atenção àquilo que a medicina da época não conseguia compreender: o inconsciente.
Freud, ao escutar as histérias e reconhecer no corpo um discurso ainda não simbolizado, criou uma ruptura epistêmica: o sintoma passou a ser linguagem. Esse deslocamento do foco médico para o campo da escuta marcou o nascimento da psicanálise como prática e como teoria.
A origem da psicanálise, portanto, é também a origem de um novo lugar para o sujeito: não mais o eu racional e consciente do Iluminismo, mas um sujeito dividido, habitado por desejos inconscientes, pulsões e conflitos. É o nascimento de uma clínica que escuta o indizível, que respeita o tempo do sujeito e que não se apressa em curar, mas em compreender.
Refletir sobre essa origem é também interrogar nosso tempo. Ainda hoje, vivemos cercados por discursos que tentam apagar o sofrimento psíquico com soluções imediatistas, diagnósticos apressados e medicalizações em massa. Retornar à origem da psicanálise é, portanto, um ato de resistência. É afirmar o valor da palavra, da escuta e da singularidade de cada sujeito.
Em tempos de aceleração, lembrar que a psicanálise nasceu do silêncio e da escuta profunda nos convida a um novo modo de presença — mais sensível, mais ético e mais comprometido com o mistério que cada ser humano carrega.