Citação de Larissa Mello da Silva Esteves em agosto 9, 2022, 3:06 pm

A psicanálise se apresenta como uma teoria social que marca o início de uma nova abordagem sobre o ser humano e seu mundo interior e que toda está ralação está intimamente ligada a ordem social. Freud desenvolveu então a primeira teoria sobre o aparelho psíquico, na tentativa de conseguir compreender o motivo que levava seus pacientes a esquecerem certas lembranças relacionadas aos traumas de seus passados. Esta teoria apresentava que a estrutura psíquica apresentada por Freud possuía três partes:

• Consciente: local em que estão alocados os conteúdos de que temos consciência;
• Pré-consciente: espaço intermediário entre o que consideramos estar conscientes e o estado de profundo esquecimento;
• Inconsciente: local não físico, onde estariam alocadas todas as informações sobre a nossa história pessoal.

A psicanálise surge em um contexto histórico permeada pelas condições sociais, culturais e econômicas da época. Em um período de inquietação de ideias do século XIX, onde o domínio da psicologia e das ciências empíricas era soberano. No entanto, ela surge como uma "luz" para tratar sobre os dilemas ainda não solucionados acerca da natureza e da história da humanidade.

Quanto aos conceitos de consciente, inconsciente e sublimação, Freud teorizou que o consciente era o local de tomada de decisões, onde todos somos capazes de averiguar o que é real e o que não, o que é permitido ser realizado socialmente e o que não é. Conforme ela ia observando e analisando seus pacientes, ele foi percebendo que alguns ficavam embaraçados em falar sobre determinados assuntos e assim Freud identificou uma força psíquica que impedia as pessoas de trazerem para a consciência fatos e imagens, ou seja, impedia a tomada de consciência de um pensamento, a essa força ele denominou de Resistência. O segundo elemento identificado por ele nessas observações foi a força que denominou de Repressão, essa força seria responsável por fazer as pessoas desaparecer a consciência de uma memória, ou a lembrança de algo que fosse insuportável e doloroso, que pode ser a origem do sintoma do pessoa. Devido a dor a pessoa reprimia a lembrança que estava no consciente para o inconsciente e dessa forma ela não era capa de sublimar, pois aparentemente estava escondida, no entanto basta um gatilho (algo que rememorasse a lembrança, pensamento ou sentimento relacionado ao acontecido) para que tudo viesse à tona novamente e dessa forma gerasse o desequilíbrio do aparelho psíquico.