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A Origem da Psicanálise - Resumo Modulo 1

Embora os autores românticos alemãs já tivessem vislumbrado sobre a existência de uma vida psíquica, figurada no  inconsciente, foi Freud quem laçou luz à este elemento da mente humana, criando a teoria da Psicanálise. Os estudos de Freud revolucionaram o modo de pensar o ser humano, não mais como um ser autônomo, como pregava a filosofia moderna, deixando um legado para a organização das sociedades contemporâneas. A teoria psicanalítica esclarece que é no inconsciente que estão todos os registros da história pessoal do indivíduo; lembranças boas e ruins, esquecidas, que foram reprimidas pelo mecanismo de defesa interno.  Por ser uma parte do sistema psíquico que possui leis próprias de funcionamento, o inconsciente desconhece a noção do tempo (passado, presente e futuro). Ainda que não tenhamos ciência dos conteúdos do inconsciente são eles que dirigem nossas percepções sobre o mundo externo, escolhas e pensamentos. Além do inconsciente, há mais dois elementos que estruturam o aparelho psíquico: o Consciente - que guarda todas as informações que recebemos do mundo externo que são percebidas e processadas racionalmente por nós. Nesta instância não há mecanismo de defesa; e o Pré-Consciente - que é um espaço intermediário entre os estados de consciência e inconsciência e que guarda os conteúdos reconhecidos por nós (os da consciência) ou não.

Os estudos de Freud também revelaram que o aparelho psíquico é composto por três instâncias especiais que estão em constante interação. São eles:

Id - que se encontra na parte mais profunda do aparelho psíquico, e que , portanto, é movido pelos ímpetos e desejos mais primitivos do indivíduo.

Ego - é o centro de referência para todas as atividades psíquicas, visando sempre a autopreservação do indivíduo.  Responsável pelas memórias, pensamentos e sentimentos, esta instância conecta o sujeito à realidade externa e vigente e negocia com o indivíduo, no sentido de fazê-lo refletir se é válido ou não realizar o desejo do Id.

Superego - tem como objetivo evitar as punições e transgressões. É a instância que fomenta no indivíduo tudo aquilo que é moralmente aceito, que já foi internalizado pelo ego, levando-o ao sentimento de culpa. É no Superego que surge o mecanismo de defesa da repressão, a fim de garantir a manutenção da interação do indivíduo na sociedade.

Dentre os mecanismos de defesa, Freud destaca a Sublimação que é compreendido como um instrumento de apaziguamento, uma vez que transforma um impulso humano indesejado em algo construtivo, trazendo, portanto, benefícios ao próprio e à ordem social. Os desejos sublimados são expressos através das artes, das ações sociais e dos trabalhos intelectuais.

 

 

 

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