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A PROPOSIÇÃO DA PSICANÁLISE NA INTERLOCUÇÃO NA COMPOSIÇÃO DO SUJEITO

Partindo do pressuposto no qual a teoria psicanalítica é fundamentada no conjunto de hipóteses a respeito do funcionamento e do desenvolvimento da mente humana, este trabalho apresenta uma reflexão através do uso das ferramentas da psicanálise e da mensagem do Evangelho, no sentido de ajudar a entender, ouvir, discernir e mapear o subconsciente humano, no qual estes instrumentos se estabelecem numa comunicação que deve ser assertiva, ajudando a construir uma arquitetura tirada das mais diversas abstrações angustiosas que acometem o recôndito da alma. O objetivo é apresentar uma conexão teológica e religiosa; porém, que não seja dogmática,  sem as amarras de qualquer absolutismo psicanalítico; todavia, que seja possível instituir este diálogo com a mensagem poderosa do Evangelho, apresentando pontos alcançáveis e estabelecendo esta comunicação; já que, se faz tão necessário na composição do sujeito, diante da necessidade imperiosa da avaliação do ser humano, partindo da premissa psicanalítica avaliativa freudiana, e na proposição que o Evangelho oferece, a fim de compreender e analisar o homem enquanto sujeito.  Nesse viés, não deixa de ser enigmático também que, entre psicanálise e religião, existencialmente seja uma questão multiforme, complexa, e   instigantemente real.

Em sua trajetória de construção da Psicanálise, Freud, além de alvitrar algumas teorias sobre a constituição do sujeito e do conceito de inconsciente, despertou sua curiosidade pela relação do indivíduo com os objetos do mundo externo; ou seja, de que forma o sujeito se relaciona no campo social, englobando também as práticas religiosas. Por conseguinte, o artífice abriu amplamente passagem para o debate entre psicanálise e religião, psicanálise e antropologia, psicanálise e teologia, à medida em que exibi semelhanças e distinção entre os mitos fundadores, os sistemas religiosos e o modo como o sujeito toma para si uma posição no arcabouço subjetivo, numa viagem pelo inconsciente e nas suas ações praticadas, que resultem no direcionamento do sujeito à verdade de si mesmo, das suas negações, das suas transferências, das suas irresponsabilidades, da sua auto vitimização e autopiedade, e isso inclui também a formação religiosa do sujeito.

Na dinâmica de perguntas, indagações, respostas e de descobertas que envolvem inúmeros fatores da vida, estão alguns instrumentos como: determinação, curiosidade, criatividade, dinheiro, empreendedorismo e até mesmo sorte; no entanto, um deles acompanha todo o processo de construção do conhecimento: o contexto histórico. Essa íntima relação entre ciência e as transformações anais vividas pela sociedade, está relatada e reescrita nas ações humanas ao longo do tempo. Circunstancialmente, nesse universo histórico, com a busca pelo saber científico, a derivação da psicanálise manifesta-se na medicina elaborada por Sigmund Freud (1856-1939)[1], um médico neurologista austríaco, formado em 1881, que através do campo clínico e de investigação teórica estudou a psique humana, que ele conceituou como: Id, Ego e Superego, para explicar o funcionamento da mente humana, considerando aspectos conscientes e inconscientes. Seriam três “partes” da mente que, integradas e atuando em conjunto, determinam e coordenam o comportamento humano.

[1] Sigmund Schlomo Freud: nasceu no ano de 1856 em Freiberg (atual República Tcheca e na época Império Austríaco). Formado em Medicina pela Universidade de Viena (Áustria) e especializado em tratamentos para doentes mentais, é considerado o grande nome da psicanálise (terapia freudiana) de todos os tempos. Ele foi o responsável pela revolução no estudo da mente humana (SUA PESQUISA.COM, 2018).