A psicanálise
A psicanálise teve sua origem no final do século XIX com os trabalhos pioneiros de Sigmund Freud, um neurologista austríaco. Inspirado por casos de histeria e a prática da hipnose, Freud colaborou com Josef Breuer no tratamento de pacientes com sintomas neuróticos. Eles descobriram que, ao falar sobre suas experiências e emoções, os pacientes encontravam alívio para seus sintomas.
Freud avançou estas descobertas ao desenvolver a técnica da livre associação, permitindo aos pacientes falar sem censura, o que frequentemente levava ao surgimento de pensamentos e memórias reprimidas. Ele introduziu também a análise dos sonhos, considerando-os uma janela para o inconsciente.
Com suas teorias sobre a sexualidade infantil, a estrutura tripartida da psique (Id, Ego, Superego), e a importância dos conflitos inconscientes, Freud construiu um modelo do funcionamento mental que enfatizava os processos inconscientes e os conflitos internos.
Apesar da controvérsia, a psicanálise ganhou seguidores e se espalhou, com Freud estabelecendo a Sociedade Psicanalítica de Viena. Suas ideias formaram a base para várias correntes de pensamento psicoterapêutico e mudaram radicalmente a abordagem do tratamento das doenças mentais. Embora muitos conceitos freudianos tenham sido revisados ou contestados, o legado da psicanálise continua sendo uma pedra angular na compreensão e tratamento das dinâmicas mentais e emocionais.
Podemos acrescentar, que a psicanálise é um método de investigação da mente humana e dos seus processos, que eleva a mente para além das suas relações biológicas e fisiológicas. Para tanto, ela toma como objeto os processos mentais (emoções, sentimentos, impulsos e pensamentos) que determinam os indivíduos.