A psicanálise enquanto teoria social
Citação de Gustavo Tomasi | Mixsalive em agosto 26, 2024, 8:50 pmFocando-se no inconsciente, Freud, ao mesmo tempo, entendeu o contexto social, político, econômico, cultural, bem como as pressões e exigências cotidianas, como fatores determinantes para a formação psíquica do indivíduo, e o quanto estes aspectos afetariam as percepções, conduta e valores, a racionalidade e vida deste.
Neste aspecto, uma vez que fosse outorgado de fato ao cidadão a liberdade psíquica, o direito à sua individualidade real, à sua emancipação íntima, à potencialização de suas de suas valências verdadeiras, a sociedade como um todo se reorganizaria em uma comunidade menos opressora, ou pelo menos mais consciente das complexas amarras sociais e morais que sufocam e discriminam, tornando-a ainda mais destrutiva.
Promovendo o autoconhecimento, a psicanálise aponta para uma real descoberta dos potenciais do ser, ao mesmo tempo em que faz com que ele entenda as raizes dos sofrimentos que o atingem, bem como o caminho para lidar com eles. Propondo veredas que possam fazer com que o sujeito liberte-se, a psicanálise direciona-o para uma existência mais autônoma, mais gratificante e criativa; não apenas a ele, mas também para a os grupos, as instituições humanas.
Oferecendo um contraponto à filosofia moderna da época, amplamente racionalista e defensora do controle total do homem sobre ele mesmo através da razão cartesiana, a descoberta do inconsciente por Freud abriu uma compreensão mais profunda do psiquismo e o quanto ele atua nas artes, na intelectualidade, nas ciências, na cultura, na espiritualidade. Enfrentando o postulado da razão total e absoluta, mostrando que as entranhas da subconsciência também dominam os seres, a psicanálise de Freud demonstrou a importância do auto conhecer-se verdadeiramente, a aceitação da capacidade de domínio da inconsciência e a necessidade de se compreendê-la para saber-se lidar com ela.
Considerando o quanto o inconsciente possui poder de domínio, a influência disso sobre pressupostos das religiões e na organização das sociedades tomou grandes proporções, evidenciando a força dos conteúdos imaginados e o poder das ilusões. Entendeu-se que, a partir disto, um ser humano saudável deveria ser aquele consciente do quanto os fatores externos moldam seus aspectos sociais e morais internos, valorizando a importância do outro na construção do indivíduo, assim como de um viver mais livre, menos repressor, mais plural e criativo.
A contribuição à arte (no surrealismo nas artes e cinema), à neurociência, à educação, à ênfase na subjetividade, à influência na organização na sociedade atual, mais plural e diversa, tornou a psicanálise um componente fundamental na construção do organismo social contemporâneo. Sua elucidação de aspectos religiosos e culturais, bem como a capacidade de ler e compreender o ser humano e todas as suas manifestações, transformaram a psicanálise como uma das bases definitivas para o entendimento da ação humana a partir da existência do inconsciente.
Focando-se no inconsciente, Freud, ao mesmo tempo, entendeu o contexto social, político, econômico, cultural, bem como as pressões e exigências cotidianas, como fatores determinantes para a formação psíquica do indivíduo, e o quanto estes aspectos afetariam as percepções, conduta e valores, a racionalidade e vida deste.
Neste aspecto, uma vez que fosse outorgado de fato ao cidadão a liberdade psíquica, o direito à sua individualidade real, à sua emancipação íntima, à potencialização de suas de suas valências verdadeiras, a sociedade como um todo se reorganizaria em uma comunidade menos opressora, ou pelo menos mais consciente das complexas amarras sociais e morais que sufocam e discriminam, tornando-a ainda mais destrutiva.
Promovendo o autoconhecimento, a psicanálise aponta para uma real descoberta dos potenciais do ser, ao mesmo tempo em que faz com que ele entenda as raizes dos sofrimentos que o atingem, bem como o caminho para lidar com eles. Propondo veredas que possam fazer com que o sujeito liberte-se, a psicanálise direciona-o para uma existência mais autônoma, mais gratificante e criativa; não apenas a ele, mas também para a os grupos, as instituições humanas.
Oferecendo um contraponto à filosofia moderna da época, amplamente racionalista e defensora do controle total do homem sobre ele mesmo através da razão cartesiana, a descoberta do inconsciente por Freud abriu uma compreensão mais profunda do psiquismo e o quanto ele atua nas artes, na intelectualidade, nas ciências, na cultura, na espiritualidade. Enfrentando o postulado da razão total e absoluta, mostrando que as entranhas da subconsciência também dominam os seres, a psicanálise de Freud demonstrou a importância do auto conhecer-se verdadeiramente, a aceitação da capacidade de domínio da inconsciência e a necessidade de se compreendê-la para saber-se lidar com ela.
Considerando o quanto o inconsciente possui poder de domínio, a influência disso sobre pressupostos das religiões e na organização das sociedades tomou grandes proporções, evidenciando a força dos conteúdos imaginados e o poder das ilusões. Entendeu-se que, a partir disto, um ser humano saudável deveria ser aquele consciente do quanto os fatores externos moldam seus aspectos sociais e morais internos, valorizando a importância do outro na construção do indivíduo, assim como de um viver mais livre, menos repressor, mais plural e criativo.
A contribuição à arte (no surrealismo nas artes e cinema), à neurociência, à educação, à ênfase na subjetividade, à influência na organização na sociedade atual, mais plural e diversa, tornou a psicanálise um componente fundamental na construção do organismo social contemporâneo. Sua elucidação de aspectos religiosos e culturais, bem como a capacidade de ler e compreender o ser humano e todas as suas manifestações, transformaram a psicanálise como uma das bases definitivas para o entendimento da ação humana a partir da existência do inconsciente.