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A Reforma em Outros Países e os Princípios da Reforma.

A Reforma em Outros Países e os Princípios da Reforma.

Enquanto a Reforma estava ainda em início na Alemanha, eis que o mesmo espírito despontou também em muitos países da Europa. No Sul, como na Itália e Espanha, a Reforma foi sufocada impiedosamente. A Reforma na Suíça despontou independente por completo do movimento na Alemanha, apesar de se haver manifestado simultaneamente, sob a orientação de Ulrico Zuínglio, A Reforma foi então formalmente estabelecida em Zurique, e dentro em breve tornou-se um movimento mais radical do que na Alemanha. Entretanto, o progresso desse movimento foi prejudicado por uma guerra civil entre cantões católico-romanos e protestantes, na qual Zuínglio morreu em 1531

Apesar de tudo, a reforma continuou a sua marcha, e mais tarde teve como dirigente João Calvino, o maior teólogo da igreja, depois de Agostinho; sua obra, "Instituições da Religião Cristã", publicada em 1536, quando Calvino tinha apenas vinte e sete anos, tornou-se regra da doutrina protestante. O reino escandinavo, que nessa época se compunha da Dinamarca, Suécia e Noruega recebeu prontamente os ensinos de Lutero. Na França, a igreja católica romana possuía mais liberdade do que no resto da Europa. ano de 1512, Jacques Lefevre escreveu e pregou a doutrina da "justificação pela fé". Dois partidos surgiram então na corte e entre o povo. Porém o protestantismo sofreu um golpe quase mortal, no terrível massacre da noite de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1572.

Os Países-Baixos, que se compunham dos atuais países da Bélgica e Holanda, estavam, no início da Reforma, sob o domínio da Espanha. Esses países receberam logo os ensinos da Reforma, porém foram perseguidos pelos regentes espanhóis. A Holanda, tornou-se protestante. Entretanto a Bélgica continuou em sua maioria católica romana. O movimento da Reforma na Inglaterra passou por vários períodos de progresso e retrocesso, em razão das relações políticas, das diferentes atitudes dos soberanos e do espírito conservador natural aos ingleses. Um dos dirigentes da Reforma na Inglaterra foi João Tyndale, que traduziu o Novo Testamento na língua "mater", a primeira versão em inglês depois da invenção da imprensa; essa tradução, mais do que outra qualquer, modelou todas as traduções, a partir daí. Tyndale foi martirizado em Antuérpia, no ano de 1536.

Henrique VIII, o qual se separou de Roma, porque o papa não quis sancionar seu divórcio da rainha Catarina, irmã do imperador Carlos V. Henrique VIII fundou uma igreja católica inglesa, sendo ele mesmo o chefe. Sob o governo de Eduardo VI, que era muito jovem, e cujo reinado foi curto, a causa da Reforma progrediu muito. Dirigida por Cranmer e outros. A rainha Maria, que sucedeu a Eduardo VI, era uma fanática romanista e iniciou um movimento para reconduzir seus súditos a sua antiga igreja, usando para isso a perseguição. Com o acesso ao trono de Elizabete, a mais capaz de todos os soberanos da Inglaterra, as prisões se abriram, os exílios foram revogados, a Bíblia foi novamente honrada no púlpito e no lar, e durante seu longo governo,

Na Escócia a Reforma teve progresso muito lento, pois a igreja e o Estado eram governados pela mão férrea do cardeal Na Escócia a Reforma teve progresso muito lento, pois a igreja e o Estado eram governados pela mão férrea do cardeal Beaton e pela rainha Maria de Guise, mãe da rainha Maria da Escócia. Beaton e pela rainha Maria de Guise, mãe da rainha Maria da Escócia. Knox pôde fazer desaparecer todos os vestígios da antiga religião, e levar a Reforma muito mais longe, do que a da Inglaterra. A igreja Presbiteriana, segundo foi planejada por João Knox, veio a ser a igreja da Escócia. No início do século dezesseis, a única igreja na Europa Ocidental era a católica romana, que se julgava segura da lealdade de todos os reinos. Contudo, antes de findar esse século todos os países do norte da Europa, ao oeste da Rússia, se haviam separado de Roma, e haviam estabelecido suas próprias igrejas nacionais.

Principios da reforma: O primeiro grande princípio é que a verdadeira religião está baseada nas Escrituras. Os católicos romanos haviam substituído a autoridade da Bíblia pela autoridade da igreja. Outro princípio estabelecido pela Reforma foi este: a religião devia ser racional e inteligente. O romanismo havia introduzido, doutrinas irracionais no credo da igreja, como a transubstanciação, pretensões absurdas como as indulgências papais, em sua disciplina, costumes supersticiosos como a adoração de imagens em seu ritual. A terceira grande verdade da Reforma, e à qual deu ênfase, era a religião pessoal. Sob o sistema romano havia uma porta fechada entre o adorador e Deus, e para essa porta o sacerdote tinha a única chave. O pecador arrependido não confessava seus pecados a Deus; não obtinha perdão de Deus, e sim do sacerdote. Os reformadores também insistiam na religião espiritual, diferente da religião formalista. Os católicos romanos haviam sobrecarregado a simplicidade do evangelho, adicionando-lhe formalidades e cerimônias que lhe obscureciam inteiramente a vida e o espírito. O último dos princípios da obra da Reforma foi a existência de uma igreja nacional, independente da igreja mundial.  

Entretanto, onde o protestantismo triunfava, surgia uma igreja nacional governada por si mesma e completamente independente de Roma. Essas igrejas nacionais assumiam diferentes formas: episcopal na Inglaterra, presbiteriana na Escócia e na Suíça, um tanto mista nos países do Norte. adoração em todas as igrejas católicas romanas era em latim, porém nas igrejas protestantes celebravam-se os cultos nos idiomas usados por seus adoradores.