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A verdadeira igreja é aquela que obedece a tudo o que Deus ordena em Sua Palavra.

A religião cristã surgiu em torno da pessoa de Jesus de Nazaré, nascido na Palestina no ano 753 da fundação de Roma, e início da era cristã, durante o governo de Augusto. Desde 63 a.C. que a região da Palestina estava ocupada pelas legiões romanas comandadas por Herodes Antipas, com o título de rei. A comunidade judaica, à qual Jesus e a sua família pertenciam, era governada por um Conselho ou Sinédrio, presidido por um rabino escolhido pelo procurador romano. Jesus nasceu em Belém, filho de Maria e José, e viveu durante cerca de 30 anos em Nazaré, trabalhando como carpinteiro com o seu pai. Em seguida, partiu para viajar pela Judeia durante três anos, espalhando suas ideias, chamando-se a si próprio de Messias, (Cristo em grego = o Ungido) e o filho de Deus. Doze discípulos, os apóstolos, o acompanharam durante este período. Os ensinamentos de Jesus perturbaram as autoridades romanas e judaicas do Sinédrio e ele foi condenado à morte e crucificado na Páscoa de 33.

Quais eram as suas ideias?

As ideias de Jesus implicavam uma verdadeira revolução. Afirmava que todos os homens são iguais perante Deus e que a salvação não dependia da fortuna ou da prática de ritos, ou cerimônias, mas da fé e das boas ações dos indivíduos. Propõe a caridade e o amor ao próximo como normas de vida em relação a todos os seres humanos, mesmo os inimigos. A recompensa pelos sofrimentos deste mundo estará na outra vida, no céu, que será alcançado após o julgamento final. Negou o egoísmo, a hipocrisia e a vaidade. Retirou o caráter divino do imperador, dizendo: "A César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Muitas pessoas estavam insatisfeitas com os antigos credos baseados principalmente na obediência a regras e rituais, mas com pouco conteúdo espiritual. O cristianismo veio propor uma esperança de mudança e de salvação para os mais pobres e esquecidos numa época de exploração cruel e de desespero. Jesus e os seus seguidores pregavam sobretudo pelo exemplo, levando uma vida saudável e solidária, rejeitando a riqueza e o poder e dando a vida para defender as suas ideias. A coerência entre palavras e ações lhe valeu o apoio de muitas pessoas, primeiro na Palestina e depois em todo o Império Romano.

As primeiras comunidades cristãs.

Os discípulos de Jesus afirmavam que, após a sua morte, ele tinha ressuscitado dos mortos e subido ao céu. Este fato confirmava para eles a origem divina de Jesus. Os primeiros cristãos estavam organizados em comunidades sem hierarquias e onde tudo era partilhado. A base da vida destas comunidades, nas quais se entrava após o batismo. O novo membro entrava para a igreja (em grego ekklesía = assembleia) e dedicava-se à pregação dos ensinamentos de Jesus. No início, os romanos não distinguiam os cristãos dos outros judeus, mas sob Nero as perseguições tornaram-se frequentes contra os seguidores de Jesus que pregavam os ensinamentos dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma. Em 64 d.C., um incêndio destruiu parte da cidade de Roma e Nero acusou os cristãos de serem os responsáveis, desencadeando uma violenta perseguição contra eles. Os cristãos, monoteístas, recusavam-se a adorar os múltiplos deuses romanos e a reconhecer o caráter divino do imperador, o que era visto como um mau exemplo pelas autoridades imperiais, e a doutrina cristã era considerada perigosa porque pregava o fim dos privilégios e a igualdade entre os homens. Nem todos os imperadores perseguiram os cristãos. Trajano e Adriano os toleravam e deixavam livremente praticar a sua religião. O imperador Constantino se converteu ao cristianismo e, a partir daí, tornou-se a religião oficial. Quando Jesus subiu ao céu, confiou a Pedro a direção da Igreja, tornando-se assim o primeiro chefe do catolicismo. Após a conversão de Constantino, o bispo de Roma, chamado Papa ou Sumo Pontífice, passaria a governar os católicos de todo o mundo. A partir do século IV, surgiram grandes escritores que se dedicaram à divulgação da doutrina cristã, como São Jerónimo (331-420), que traduziu a Bíblia do original hebraico para o latim; Santo Agostinho (354-430), o mais famoso dos "pais da Igreja" e um dos maiores pensadores cristãos. O Novo Testamento, composto pelas epístolas, cartas de S. Paulo, escritas entre os anos 41 e 61. Os Evangelhos ou relatos da boa nova, compostos depois do ano 70 por quatro discípulos, dois dos quais S. João e S. Mateus, que conheceram Jesus. A boa nova é a salvação prometida aos que creem em Deus e em Jesus, seu filho: o cristão crê firmemente em Cristo, espera tudo da sua bondade, manifesta caridade e amor para com o próximo e chega a desapegar de todos os bens materiais.

A divisão da Igreja

À medida que o catolicismo se tornou a religião oficial, o seu poder e influência política aumentaram. No século XV, o padre alemão Martinho Lutero (1483-1546) protestou contra o poder dos Papas, os acusando de se afastarem dos ensinamentos de Jesus, que pregava que não havia necessidade de acumular tesouros na terra. Este fato levou a uma cisão e rompimento no seio do cristianismo, com a Igreja Oficial de Roma de um lado, os seguidores de Lutero, conhecidos como protestantes ou luteranos, do outro, os que propunham a livre interpretação da Bíblia, a possibilidade de os padres se casarem e eram contrários à propriedade dos bens terrenos pela Igreja.

Então, qual seria a verdadeira Igreja de Deus segundo a Bíblia?

A verdadeira igreja é aquela que obedece a tudo o que Deus ordena em Sua Palavra; (Lc 24:27, 44, 45; Jo 17:17; At 17:1-3, 10, 11; 1Tm 6:3-5; 2Tm 3:15-17).