(Antropologia) Literatura, Psicanálise e Filosofia
Costumo afirmar que é impossível aprender psicanálise sem ter contato com a Filosofia, Literatura e Antropologia.
Não é por acaso que essa abordagem transcende tantas barreiras do conhecimento. A fala, de modo geral, acaba por ganhar um espaço especial para o analista. Quando falamos que "a cura é pela fala", incluindo todos seus atos falhos, mecanismos de defesa, e associação livre, não falamos da boca pra fora. Simplesmente é a linguagem que transcende nossa capacidade de interagir e organizar como indivíduos sociais avançados, e dentro do campo da Arte, a literatura se destaca para nós. Quando um escritor imortaliza alguma história, ele está levando sua associação livre adiante, trazendo identificação, interpretações e conexões para outras gerações - como no caso de Hamlet.
A Filosofia não está atrás. Para qualquer evolução é necessário uma dialética que desafia a ciência, e o palpável. Nisso, a filosofia tem licença poética e abusa dessa, traduzindo a essência profunda do ser humano e sua capacidade de indagar para além das linhas do "socialmente aceitável".
Por fim, a Psicanálise se beneficia desses parâmetros, da linguagem, escrita, e da filosofia.
Esse módulo assim como uma abertura de possibilidades, abre portas, para novos caminhos através da arte. A literatura, psicanálise e filosofia podem nos ajudar a identificar e facilitar o que muitas vezes não vemos, uma possibilidade de recursos para juntar o autoconhecimento com o autocuidado. Uma riqueza sem fim de recursos que podemos usar de forma lúdica e apreciativa, que no fundo nos nutri de melhores formas para sermos e fazermos.
IMPOSSIVEL APLICAR A PSICANÁLISE SEM APRENDER SOBRE A FILOSOFIA, A ANTROPOLOGIA E A LITERATURA