Aprendizado
Ao longo do meu estudo da Psicanálise, compreendi que esta é uma teoria profunda sobre a constituição do sujeito, baseada principalmente nos trabalhos de Sigmund Freud, considerado o pai da Psicanálise. Aprendi que a psique humana é composta por três instâncias: o Id (fonte de impulsos e desejos inconscientes), o Ego (instância mediadora entre o Id, o Superego e a realidade), e o Superego (instância moral e crítica, formada a partir da internalização das normas parentais e sociais).
Entendi que o inconsciente é uma parte fundamental da psique, onde estão armazenados conteúdos reprimidos que influenciam pensamentos, emoções e comportamentos. A descoberta de Freud sobre a resistência psíquica e os mecanismos de defesa me ajudou a perceber como muitas vezes os conteúdos inconscientes se manifestam de maneira indireta, através de sonhos, atos falhos ou sintomas.
Estudei o Complexo de Édipo, que ocorre na fase fálica do desenvolvimento infantil, como um momento central para a formação do desejo, da identidade e do Superego. É nesse momento que a criança se depara com os limites impostos pela realidade e passa a se estruturar simbolicamente.
Também aprendi sobre os estágios do desenvolvimento psicosexual propostos por Freud, oral, anal, fálico, latência e genital, e como cada fase influencia a formação da personalidade. Posteriormente, com Melanie Klein, compreendi a importância das relações objetais nos primeiros meses de vida, e como o bebê já vivencia emoções complexas como amor, ódio e culpa em relação às figuras parentais (ou suas representações internas), especialmente através das posições esquizoparanoide e depressiva.
Outro ponto importante foi reconhecer o papel da escuta, do vínculo transferencial e da subjetividade na prática psicanalítica. Em contextos de cuidado, como na saúde, percebi como a escuta do sujeito em sua singularidade pode transformar o espaço terapêutico, promovendo um cuidado mais ético, horizontal e afetivo.