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Aprendizagens referentes ao Módulo VI: O Ego e os Mecanismos de Defesa

As três instâncias que formam a personalidade são passíveis de observação de modo diferenciado. O id só é observável quando uma pulsão obtiver passagem aos sistemas pré-conscientes e conscientes, ou seja, somente quando uma pulsão se propagar até o ego em busca de satisfação, causando sentimentos de tensão e desprazer, fora isso 2 O ego e os mecanismos de defesa o id não é acessível. O superego se torna visível quando afronta o ego, por meio do sentimento de culpa que gera pela sua crítica e, por sua vez, utiliza medidas para se defender dos ataques das pulsões que buscam intensivamente conseguir seus fins com muita obstinação e energia. Além disso, abordaremos o estudo da constituição do sujeito numa perspectiva a que se encontram associados os fundamentos psíquicos e sociais — evento de extrema importância na teoria freudiana que é a identificação

Ao introduzir a noção do inconsciente, Freud apresenta uma nova concepção do sujeito e inaugura um novo pensar sobre os processos psíquicos, que fundou toda a concepção teórica e técnica da psicanálise.

O ego, em função de sua ligação com o sistema perceptivo, cria a organização temporal dos processos psíquicos e o subordina à aprovação da realidade. O ego alterna os processos de pensamento e obtém êxito no adiamento das descargas motoras e busca controlar a energia.

A formação do ego teve, segundo Freud, a influência não somente do sistema perceptivo na sua diferenciação do id, como também do próprio corpo, principalmente a sua superfície (parte externa), pelas sensações do tato externo e interno. A dor exerce um papel nesse processo, pois gera um conhecimento dos órgãos internos, que contribuirá também para que se forme a ideia do corpo, “o ego é, primeiro e acima de tudo, um ego corporal; não é simplesmente uma entidade de superfície, mas é, ele próprio, a projeção de uma superfície” (FREUD, 1996a, p. 40).

Anna Freud, juntamente com seu pai, durante muitos anos dispensou uma atenção especial ao estudo dos mecanismos de defesa identificando cinco grandes atributos: 1. as defesas são a melhor maneira de enfrentar os conflitos e os afetos; 2. as defesas são parcialmente inconscientes; 3. as defesas são distintas entre si; 4. é possível transformar as defesas, apesar de assemelharem-se com os sintomas psiquiátricos; 5. as defesas podem desempenhar uma função adaptativa, porém também podem ser patológicas (MARQUES, 2012).

A inserção do sujeito em um grupo foi objeto de estudo de Freud em 1921, com a publicação de Psicologia de grupo e análise do ego. Segundo Roudinesco (1998), Freud desde o início de seu texto expôs o fenômeno de que sempre existe o “outro”, que serve de modelo, objeto e ou rival na constituição do ego, preterindo a oposição onisciente entre psicologia individual e psicologia social