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Capelania: A importância do Cuidado Espiritual

Os desafios encontrados no cuidado do enfermo são muitos e peculiares. Ocupar-se da dor dos que sofrem exige um cuidado para além do convencional e para tanto novos olhares se fazem necessários. Ao se defrontar com uma doença, em especial, as que ameaçam a continuidade da vida, o enfermo é movido por vários questionamentos sobre o sentido da vida e o que o espera depois da morte. Dor, sofrimento, angústias e incertezas permeiam o contexto do enfermo que busca um alento para o seu espírito frente ao que está por vir. Diante dessas peculiaridades é imperativo a adoção de um ethos humanizador no cuidado espiritual das pessoas que sofrem. Durante muito tempo, a espiritualidade esteve fora dos limites das conversas em contextos médicos, ficando ignoradas as necessidades espirituais dos pacientes. Koenig acentua que no que tange a avaliação das necessidades espirituais dos pacientes, os capelães são verdadeiros mestres em ir em direção às suas carências. O capelão profissional não é apenas um ministro que realiza atitudes religiosas com os enfermos se o paciente assim o solicitar, ele também escuta e conversa sobre questões que são importantes para o enfermo. A capelania hospitalar é um serviço de assistência espiritual prestado aos doentes em internamento e a todas as pessoas no ambiente hospitalar. A assistência voluntária prestada diariamente aos enfermos tem a finalidade de levar ao doente e a seus familiares o conforto espiritual, sem fazer distinção de raça, religião, nem situação econômica-social. O capelão deve promover a assistência espiritual às pessoas respeitando a fé de cada um e preparado para lidar com a diversidade. Schallenberger salienta que essa assistência deve ser oferecida sem preconceito religioso e deve limitar-se à assistência espiritual, sem entrar em questionamentos ou discussões dogmáticas. Diante disto, questiona-se: Os atores sociais, responsáveis pelo serviço de capelania têm buscado por um humanismo espiritual ao prestar cuidado ao vulnerável? Como combater o proselitismo religioso ainda tão presente neste contexto? Hennezel a partir de depoimentos que ouviu durante dez anos de enfermos e da forma como foram tratados sentiu que essa humanidade espiritual ainda é escassa e que deve ser buscada. Objetivo: Refletir sobre a necessidade de discutir a temática do humanismo espiritual no intuito de diminuir o proselitismo religioso.

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