Comportamento ou condicionamento: Eis a questão?
A psicanálise aborda de forma clara e precisa, profundos mecanismos de condução do comportamento humano através do material da sua consciência, que flui para suas escolhas através da sua personalidade. Já behaviorismo defende como o alicerces comportamental do Ser, a sua interação com o meio que o cerca, diluindo o conceito psicanalítico de uma consciência que se expressa de maneira individual e intransferível.
Ambos os conceitos são válidos e importantes na análise da construção do Ser, pois o behaviorismo aborda questões importantes e complementares a psicanálise, como a influência externa que o Ser vive, o que claramente terá um impacto no reforço do seu super ego, entre outros interessantes pontos onde ambas culturas psicológicas se encontram.
Claro que essa visão de compartilhamento de conhecimentos não pode ser extendida ao behaviorismo radical, onde, em hipótese nenhuma o Ser origina suas próprias escolhas através dos impulsos advindos da sua consciência, mas sim como um previsível fruto de um meio, que produz, incessantemente, seres que estão fadados a serem o que nasceram pra Ser.
A visão psicanalista é mais sedutora e reafirma a visão de livre arbítrio do Ser, além de se mostrar mais eficiente na leitura comportamental do Ser, através de um mergulho na individualidade da sua consciência, desvendando aos poucos o mistério das suas ações através dos caminhos que a sua personalidade precisa percorrer pra expressar a verdade da sua consciência.