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Conceito do Eu e da personalidade

No contexto psicanalítico, o conceito de Eu (ou Ego) e o desenvolvimento da personalidade são fundamentais para entender como os indivíduos se relacionam consigo mesmos e com o mundo ao redor.

O Eu é a estrutura psíquica responsável por mediar as demandas do Id (impulsos instintivos), do Supereu (normas e valores internalizados) e da realidade externa. Freud descreve o Eu como uma entidade que busca equilibrar essas forças em conflito, garantindo que as ações e os pensamentos do indivíduo sejam adaptativos e socialmente aceitos.

A personalidade é vista como o resultado dessa complexa interação entre Id, Ego e Superego ao longo do desenvolvimento. Freud sugere que a formação da personalidade começa na infância, influenciada por experiências precoces e pela maneira como o Eu lida com os impulsos instintivos e as exigências sociais. O desenvolvimento da personalidade envolve a internalização de normas e valores, a formação de defesas psíquicas e a capacidade de lidar com frustrações e ansiedades.

Em resumo, o Eu é o mediador da personalidade, tentando harmonizar as pressões internas e externas para construir uma identidade coesa e funcional. Esse processo é essencial para o bem-estar psicológico e para a capacidade de viver em sociedade. O entendimento do Eu e da personalidade é crucial para abordar questões como neuroses, psicoses e outros distúrbios mentais, pois revela como as dificuldades na mediação dessas forças podem levar a uma desorganização psíquica.

Segundo os estudos apresentado. A teoria da personalidade de Sigmund Freud foi variando à medida que seu desenvolvimento teórico foi avançando. Para Freud, a personalidade humana é produto da luta entre nossos impulsos destrutivos e a busca pelo prazer, sem deixar de lado os limites sociais como entidades reguladoras.

A construção da personalidade vem a ser um produto: o resultado da forma que cada pessoa usa para lidar com seus conflitos internos e as demandas do exterior. A personalidade mascara, assim, a forma como cada um se desenvolve no meio social e enfrenta seus conflitos: internos e externos.

Freud, expôs cinco modelos para conceitualizar a personalidade: topográfico, dinâmico, econômico, genético e estrutural. Esses cinco modelos pretendiam formar um esquema completo, no qual pudesse ser articulada a personalidade de cada um de nós.

O eu surgiria de um princípio de alteridade. A afirmação freudiana de que no id encontra-se nossa herança filogenética coloca esta instância no discursivo da alteridade. Assim, na segunda tópica, o id seria uma figura de alteridade por excelência e que, a partir de diferenciações, produziria diferentes instâncias como os atravessadores alteritários no eu, o ideal do eu e o supereu. Freud (1923) revela que o caráter do eu é um precipitado de catexias objetais abandonadas e ele contém a história dessas escolhas de objeto. O eu é formado a partir de identificações que tomam o lugar de catexias abandonadas [pelo id].