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Conclusões sobre os estudos de Psicologia Social

Psicologia Social

 

Ao longo desse módulo estudamos olhares distintos sobre  a psicologia social, isso foi bem importante e contribuiu imensamente em meus estudos, pois sou professor de história, filosofia e sociologia da rede pública municipal. Foi possível conhecer algumas metodologias dos autores que estudaram sobre essa temática além disso esses estudos contribuíram para entendermos a que pé está os estudos sobre esse campo da psicologia.

Durante os estudos tivemos conhecimento sobre as representações coletivas de Émile Durkheim. Ao longo da leitura dos artigos disponibilizados pelo curso foi possível compreender que as representações coletivas traduzem a maneira como o grupo pensa nas suas relações com os objetos que o afetam. Para compreender como a sociedade se representa a si própria e ao mundo que a rodeia, precisamos considerar a natureza da sociedade e não dos indivíduos. 

Já quando estudamos sobre  Lévy-Bruhl, as mentalidades, isto é, as formas de experiência e relacionamento com o mundo, percebi através da leitura de artigos e de trechos dos livros sugeridos que não seriam únicas para toda humanidade. Existiriam, inclusive, mentalidades impossíveis de se penetrar, tamanha a alteridade. Caberia ao etnólogo apenas descrevê-las. O conceito “mentalidade” representava um limite tanto para os nativos quanto para os pesquisadores. Para os nativos, limite do pensável, para os pesquisadores, limite do explicável. A Nouvelle Histoire, ou história das mentalidades, se apropriará desse “limite” para fazer frente ao sucesso da antropologia estrutural.

A mentalidade primitiva mostra aquilo que para os primitivos é a causalidade e as consequências que decorrem da ideia que dela fazem. 

A globalização e a ideologia neoliberal que a molda voltam a colocar na ordem do dia os temas clássicos da Filosofia Primitiva, cuja tarefa é, como vimos noutro texto, estudar as formas de pensamento primitivo na sua relação com o contexto social. Gaston Bouthoul formulou o princípio de que existem estruturas mentais que correspondem estritamente às estruturas sociais, definindo assim a mentalidade do ponto de vista da sociedade: «uma sociedade é essencialmente um grupo de pessoas de mentalidade análoga», e cada uma das mentalidades é «uma condensação interiorizada da vida social». Este princípio pode ser lido tanto do ponto de vista da sociologia de Durkheim que destaca mais a integração do que o conflito, como do ponto de vista marxista, cujo conceito de ideologia implica uma sociedade de classes em conflito. Ora, de todas as mentalidades, a mais estudada foi aquela a que Lévy-Bruhl chamou mentalidade primitiva. Nas suas primeiras obras, Lévy-Bruhl atribuiu à mentalidade primitiva duas características básicas: mística, no que se refere ao conteúdo das suas representações, e pré-lógica, no que se refere às ligações entre essas representações. Por um lado, a mentalidade primitiva é mística, não no sentido do misticismo religioso, mas no sentido da crença em forças, influências ou acções imperceptíveis aos sentidos e, no entanto, reais: quer dizer que os povos primitivos se movem numa realidade mística, onde todas as coisas possuem poderes ocultos. E, por outro lado, a mentalidade primitiva é pré-lógica, não no sentido de ser anterior no tempo à aparição do pensamento lógico, ou no sentido de ser antilógica ou alógica, mas no sentido de não se sujeitar a abster-se da contradição: quer dizer que a mentalidade das sociedades inferiores obedece menos ao princípio de identidade do que a uma lei de participação, em virtude da qual - nas suas representações colectivas - os objectos, os seres, os fenómenos podem ser simultaneamente eles próprios e outra coisa diferente deles mesmos. O duplo carácter da mentalidade primitiva ajuda Lévy-Bruhl a explicar a concepção de causalidade que a caracteriza: «A causalidade que ela concebe é de um tipo diferente daquele que nos é familiar». As sociedades primitivas ignoram as cadeias de causas intermediárias e concebem apenas uma «causalidade mística e imediata», que implica uma representação completamente distinta do tempo e do espaço. Para os primitivos, não há fenómenos naturais, no sentido que damos a este termo. Assim, por exemplo, a morte resulta sempre de práticas de magia, mesmo quando se trata da morte de um homem idoso e doente. Imaginemos a seguinte cena: um búfalo investe contra um homem e mata-o. Segundo Lévy-Bruhl, o homem primitivo prefere a explicação mística à explicação objectiva natural: a morte deste homem será assim explicada pela bruxaria. Haverá aqui uma contradição? Será o homem primitivo indiferente à contradição? 

Outro pensador da psicologia social foi Moscovici (1961), segundo ele a representação social é uma forma de conhecimento que visa a transformar o que é estranho em familiar, por meio da agregação da novidade a estruturas de conhecimento já existentes e dotadas de certa estabilidade.

São características da teoria das representações sociais proposta por Moscovici?

Moscovici (1978) defende que a representação social deve ser encarada “tanto na medida em que ela possui uma contextura psicológica autônoma, como na medida em que é própria de nossa sociedade e de nossa cultura”.

Teoria das representações sociais criada pelo psicólogo social Serge Moscovici. Refletiu sobre três formas de se entender o século XIX: o liberalismo, o romantismo e o regime disciplinar. O serviço prestado pela psicologia na grande guerra de 1914-1918. Nesse período ocorreu uma separação entre a psicologia e a sociologia. Entre a fenomenologia e o positivismo. Psicologia cultural: Linguagem, mito, religião, arte, sociedade, lei, cultura e história. 

Ao longo das aulas também realizamos as leituras de diversos textos onde foi possível compreender um pouco melhor sobre a história da psicologia social. Estudados sobre a pré-história da psicologia social que tem seu início nos textos de Platão, Aristóteles, e August Cont. As ciencias sociais passaram a se desenvolver graças a métodos próprios a partir do final do século XIX. Que foram: O Dialético Fenomenológico, estrutural e funcionalista a partir disso surgiram a Psicologia, Sociologia e a Psicologia Social.

A Psicologia social tenta entender o homem em seu contexto social.

Freud estudou e escreveu o texto psicologia das Massas e Análise do eu devido aos acontecimentos da época em que viveu.

Psicologia das multidões ou psicologia das massas é um ramo da psicologia social cujo objetivo é estudar as características do comportamento de indivíduos dentro de multidões. A teoria de Freud foi de vital importância para os estudos sobre o comportamento dos indivíduos em meio às influências da multidão.

Outro psiquiatra que estudamos foi Carl Gustav Jung que afirma que o inconsciente ao contrário do pessoal,  não se trata só do que vivenciamos, e sim de tudo que a humanidade teve como experiência. E foi nesse estudo que ele começou a ter divergências com Freud, mas essa também foi sua maior contribuição na psicologia. Essa teoria aponta que nós nascemos também com uma herança psicológica além da biológica. Ele compara a estrutura do corpo, dos órgãos e suas funções que se evoluem conforme os anos com a humanidade, com a existência também de uma evolução da mente, que traz traços de toda a história, afirmando que não seria possível um organismo todos se modificar e a mente nascer vazia. Assim, nosso corpo e mente são depósitos de histórias do passado.

Os arquétipos Junguianos são  canais de organização de todo o material psicológico que herdamos ao decorrer dos anos. Um dos pontos interessantes dos arquétipos, são as imagens primordiais. Elas são na maioria das vezes de conteúdo mitológico e abordam assuntos de culturas tão longínquas que temos certeza de nunca termos escutado, mas de alguma forma ela existe em sua mente e surgem de repente, geralmente em sonhos.

Jung reparou esse ponto em suas viagens experimentais pelo mundo, onde viu que as pessoas tinham sonhos com características de mitos e religiões que eles não conheciam, mas ao lembrar deles, eles poderiam os descrever detalhadamente, mesmo sem o conhecimento do que aquilo se tratava. Ou seja, algo lhe foi passado inconscientemente de décadas passadas e estava armazenado em sua mente, seu inconsciente.

Um exemplo do inconsciente coletivo é o que se entende por pai. O peso dessa palavra vai muito além do que o que se vivencia com o pai, progenitor. Esse arquétipo paterno é a imagem de todos os tipos de pais que nutrem sua mente, ele pode ter relação com a religião por exemplo, como Deus, ou o Sol e nem sempre estará ligado a algo bom, pode ser um pai severo, punidor, coisas que não fizeram parte da sua própria vivência mas você consegue atribuir a essa única palavra.

Esse material que você possui no inconsciente coletivo, ele não pode ser destruído, mesmo que a imagem passe a fazer parte de seu consciente, ele estará lá entrelaçado nessa área para continuar fazendo parte da cadeia evolutiva. Assim afirma Jung:

Os principais arquétipos da estrutura da personalidade segundo Jung:

A Persona: é a forma que nos apresentamos para a sociedade. Ela possui diversos aspectos negativos, ela pode esconder quem realmente você é por conta de esteriótipos. Mas por outro lado ela te protege de atitudes sociais externas que procuram de alguma forma te derrubar. Também é muito importante para a comunicação.

Anima e Animus: é um arquétipo do inconsciente da parte sexual, sendo Anima para os homens e Animus para as mulheres. Ele é o principal regulador de comportamento, ele filtra o que é feminino e masculino e alimenta seu animus ou anima assim definindo suas características pessoais.

Self: O self é o consciente e inconsciente se completando para formar uma totalidade.

Acredito que este módulo tenha sido o que mais gostei de estudar pois minha formação é na área de humanas e trabalho com estes conteúdos em algumas aulas de filosofia e sociologia. 

Desde já agradeço a oportunidade de poder estar realizando este curso.