Considerando a tensão entre a ênfase psicanalítica na singularidade do sujeito, regido por moções pulsionais que escapam à racionalidade cartesiana
Considerando a tensão entre a ênfase psicanalítica na singularidade do sujeito, regido por moções pulsionais que escapam à racionalidade cartesiana, e a busca da Saúde Coletiva por intervenções em um nível mais amplo, como as contribuições da psicanálise lacaniana podem efetivamente transformar as práticas de saúde coletiva para além da crítica ao modelo biomédico, promovendo uma escuta da singularidade do sofrimento psíquico no contexto do coletivo e evitando a mera aplicação de fórmulas "problema-solução"? Em outras palavras, como a psicanálise pode contribuir para a construção de um "saber" singular em um campo que tradicionalmente lida com dados e intervenções em nível populacional, sem diluir a especificidade da experiência subjetiva e do inconsciente?