Constituição do Eu e Personalidade
Citação de Cassandra Lúcia de Maya Viana em dezembro 14, 2024, 11:11 pmAo nascer, o ser humano não diferencia os limites de seu corpo e as sensações internas e externas encontram-se em completa desordem. Posteriormente, seguindo o seu desenvolvimento, a superfície do corpo começa a ser definida, iniciando assim a constituição do seu esquema e imagem corporal e a estruturação do seu “eu”. Este desenvolvimento ocorre numa ordem dialética, que envolve sempre ele e o outro.
O “eu”, nesse sentido, forma-se a partir de um processo de modificação do id, que ocorre pelo contato com a realidade. O “eu” é formado a partir de identificações que tomam o lugar de catexias (concentrações de energias psíquicas em representações mentais) abandonadas pelo id.
Na fase em que as inscrições no “eu” são traços, o recém-nascido encontra-se no estado de desamparo inicial (Hilflosigkeit).
O narcisismo primário é contemporâneo da constituição do “eu”. A primeira predileção amorosa das crianças ocorre entre as pessoas que as cuidam, que se preocupam com a alimentação, promovendo a escolha narcisista, onde a criança busca a si mesma como um objeto de amor, numa etapa prematura à plena capacidade de se voltar para objetos externos.
Para Freud, a personalidade se desenvolve por meio de cinco estágios (oral, anal, fálico, latência e genital), durante os quais as crianças enfrentam conflitos originados pelas demandas da sociedade e os próprios impulsos sexuais (nessas fases a sexualidade é relacionada com a experiência do prazer; e, não do prazer das relações sexuais da fase genital). Esses conflitos, quando não solucionados em determinada fase, implicam numa fixação nesse estágio que persistem até a fase adulta. O entendimento e o conhecimento dessa estrutura, com as experiências e dificuldades dos estágios, podem indicar características específicas na personalidade adulta.
Ao nascer, o ser humano não diferencia os limites de seu corpo e as sensações internas e externas encontram-se em completa desordem. Posteriormente, seguindo o seu desenvolvimento, a superfície do corpo começa a ser definida, iniciando assim a constituição do seu esquema e imagem corporal e a estruturação do seu “eu”. Este desenvolvimento ocorre numa ordem dialética, que envolve sempre ele e o outro.
O “eu”, nesse sentido, forma-se a partir de um processo de modificação do id, que ocorre pelo contato com a realidade. O “eu” é formado a partir de identificações que tomam o lugar de catexias (concentrações de energias psíquicas em representações mentais) abandonadas pelo id.
Na fase em que as inscrições no “eu” são traços, o recém-nascido encontra-se no estado de desamparo inicial (Hilflosigkeit).
O narcisismo primário é contemporâneo da constituição do “eu”. A primeira predileção amorosa das crianças ocorre entre as pessoas que as cuidam, que se preocupam com a alimentação, promovendo a escolha narcisista, onde a criança busca a si mesma como um objeto de amor, numa etapa prematura à plena capacidade de se voltar para objetos externos.
Para Freud, a personalidade se desenvolve por meio de cinco estágios (oral, anal, fálico, latência e genital), durante os quais as crianças enfrentam conflitos originados pelas demandas da sociedade e os próprios impulsos sexuais (nessas fases a sexualidade é relacionada com a experiência do prazer; e, não do prazer das relações sexuais da fase genital). Esses conflitos, quando não solucionados em determinada fase, implicam numa fixação nesse estágio que persistem até a fase adulta. O entendimento e o conhecimento dessa estrutura, com as experiências e dificuldades dos estágios, podem indicar características específicas na personalidade adulta.