Construção do eu
Citação de Glaucia Perisse em janeiro 17, 2024, 9:41 pmA formação da identidade do Eu se dá por mecanismos de aprendizagem, através dos quais, na relação dialética do organismo com o meio, estruturas externas se transformam em internas. O desenvolvimento da identidade do Eu se dá em direção a uma crescente autonomia, o que significa que o Eu, conseguindo cada vez mais resolver problemas com sucesso, torna-se progressivamente mais independente em relação às determinações sociais, culturais, parcialmente interiorizadas, e aos seus próprios impulsos. É através da identificação com uma imagem que o homem capta o mundo ao seu redor. Esta imagem se dá no estádio do espelho, momento que marca o indivíduo, quando a criança captura seu reflexo e rejubila–se por se reconhecer lá onde sua imagem é invertida. Ela inclina–se para captá–la pelo melhor ângulo e a retém em sua memória. Esta é a matriz do Eu, imago que também dá a forma fixa do Eu ideal, sua imagem perfeita.
Freud fala de um amadurecimento do Eu, o qual, ao longo do tempo, se tornaria mais forte e, consequentemente, exerceria sua função de intermediação de forma mais harmoniosa, tornaria uma boa parte do Isso consciente, não se submeteria tanto ao imperativo categórico do Supereu e manteria uma relação mais salutar com o mundo externo. Lacan é quem enfatiza a frágil relação do homem com o mundo externo objetivo. O homem nasce prematuramente, sem coordenação motora, é totalmente dependente do outro nos primeiros meses de vida. Há uma “insuficiência orgânica de sua realidade natural” (LACAN, 2009).Lacan (1998) ainda considera o estádio do espelho um momento de virada decisiva no desenvolvimento mental da criança, pois deixa uma marca. Ela é antecipada pela criança, ante sua prematuridade, e antes de coordenar sua motricidade.
A formação da identidade do Eu se dá por mecanismos de aprendizagem, através dos quais, na relação dialética do organismo com o meio, estruturas externas se transformam em internas. O desenvolvimento da identidade do Eu se dá em direção a uma crescente autonomia, o que significa que o Eu, conseguindo cada vez mais resolver problemas com sucesso, torna-se progressivamente mais independente em relação às determinações sociais, culturais, parcialmente interiorizadas, e aos seus próprios impulsos. É através da identificação com uma imagem que o homem capta o mundo ao seu redor. Esta imagem se dá no estádio do espelho, momento que marca o indivíduo, quando a criança captura seu reflexo e rejubila–se por se reconhecer lá onde sua imagem é invertida. Ela inclina–se para captá–la pelo melhor ângulo e a retém em sua memória. Esta é a matriz do Eu, imago que também dá a forma fixa do Eu ideal, sua imagem perfeita.
Freud fala de um amadurecimento do Eu, o qual, ao longo do tempo, se tornaria mais forte e, consequentemente, exerceria sua função de intermediação de forma mais harmoniosa, tornaria uma boa parte do Isso consciente, não se submeteria tanto ao imperativo categórico do Supereu e manteria uma relação mais salutar com o mundo externo. Lacan é quem enfatiza a frágil relação do homem com o mundo externo objetivo. O homem nasce prematuramente, sem coordenação motora, é totalmente dependente do outro nos primeiros meses de vida. Há uma “insuficiência orgânica de sua realidade natural” (LACAN, 2009).Lacan (1998) ainda considera o estádio do espelho um momento de virada decisiva no desenvolvimento mental da criança, pois deixa uma marca. Ela é antecipada pela criança, ante sua prematuridade, e antes de coordenar sua motricidade.