Desafio
Citação de Anderson Paz em dezembro 26, 2025, 2:21 pmAo analisar a imagem da árvore e construir essa analogia, recorro não apenas aos conceitos clássicos dos temperamentos — melancólico, fleumático, colérico e sanguíneo — mas também à minha própria trajetória de vida, marcada por profundidade emocional, disciplina construída na adversidade e constante necessidade de adaptação. A árvore, aqui, não é metáfora abstrata: é retrato de um processo vivido.
Raízes — Temperamento Melancólico
As raízes representam aquilo que não se vê, mas sustenta tudo. Associo esse nível ao temperamento melancólico. Em mim, ele se manifesta na sensibilidade intensa, na introspecção, na capacidade de reflexão profunda e na tendência a elaborar internamente as experiências antes de agir. Minhas vivências com a depressão, o enfrentamento de uma condição crônica e o constante questionamento existencial fortaleceram esse “subsolo psíquico”. É nas raízes melancólicas que nasce minha busca por sentido, ética, conhecimento e profundidade — ainda que, muitas vezes, esse mesmo solo tenha sido atravessado por dor.Caule — Temperamento Fleumático
O caule simboliza a sustentação, a estabilidade e a capacidade de manter-se de pé mesmo sob pressão. Aqui reconheço o temperamento fleumático, que aprendi a desenvolver ao longo da vida. A necessidade de lidar com rotinas rígidas, responsabilidades acadêmicas, ambientes institucionais e exigências da área da saúde me ensinou a cultivar calma, paciência e autocontrole. Nem sempre foi espontâneo; foi aprendizado. O fleumático, em mim, é resultado da maturidade forjada pela vida: manter o eixo quando tudo pede reação impulsiva.Galhos — Temperamento Colérico
Os galhos representam a direção, a ação e a expansão. Associo-os ao temperamento colérico. Apesar de não ser minha base dominante, ele aparece quando preciso tomar decisões, estabelecer limites e seguir adiante mesmo diante do medo. A escolha de retomar os estudos, enfrentar ambientes desafiadores e construir projetos pessoais e profissionais exigiu assertividade, foco e uma dose clara de liderança interna. O colérico, aqui, não é agressivo — é estratégico. É o impulso que transforma reflexão em movimento.Copa (folhas, flores e frutos) — Temperamento Sanguíneo
A copa é o que o mundo vê: expressão, comunicação, criatividade. Relaciono-a ao temperamento sanguíneo. Ele se manifesta na minha capacidade artística, na escuta sensível, na comunicação afetiva e no desejo de troca humana. A arte, a psicanálise e o cuidado com o outro são frutos visíveis dessa copa. Mesmo após períodos de recolhimento e silêncio, é nela que me conecto com o mundo, compartilho saberes e construo vínculos.....
Essa árvore não é estática. Ela cresce, se adapta, perde folhas, cria novas raízes. Meu temperamento melancólico sustenta, o fleumático estabiliza, o colérico impulsiona e o sanguíneo comunica. Nenhum atua isoladamente. Minha história mostra que personalidade e caráter não são dados prontos, mas estruturas vivas, moldadas pela experiência, pelo sofrimento elaborado e pelas escolhas conscientes.Em termos claros: não sou apenas o que aparece na copa. Sou, sobretudo, aquilo que criei nas raízes para continuar de pé.
Ao analisar a imagem da árvore e construir essa analogia, recorro não apenas aos conceitos clássicos dos temperamentos — melancólico, fleumático, colérico e sanguíneo — mas também à minha própria trajetória de vida, marcada por profundidade emocional, disciplina construída na adversidade e constante necessidade de adaptação. A árvore, aqui, não é metáfora abstrata: é retrato de um processo vivido.
Raízes — Temperamento Melancólico
As raízes representam aquilo que não se vê, mas sustenta tudo. Associo esse nível ao temperamento melancólico. Em mim, ele se manifesta na sensibilidade intensa, na introspecção, na capacidade de reflexão profunda e na tendência a elaborar internamente as experiências antes de agir. Minhas vivências com a depressão, o enfrentamento de uma condição crônica e o constante questionamento existencial fortaleceram esse “subsolo psíquico”. É nas raízes melancólicas que nasce minha busca por sentido, ética, conhecimento e profundidade — ainda que, muitas vezes, esse mesmo solo tenha sido atravessado por dor.
Caule — Temperamento Fleumático
O caule simboliza a sustentação, a estabilidade e a capacidade de manter-se de pé mesmo sob pressão. Aqui reconheço o temperamento fleumático, que aprendi a desenvolver ao longo da vida. A necessidade de lidar com rotinas rígidas, responsabilidades acadêmicas, ambientes institucionais e exigências da área da saúde me ensinou a cultivar calma, paciência e autocontrole. Nem sempre foi espontâneo; foi aprendizado. O fleumático, em mim, é resultado da maturidade forjada pela vida: manter o eixo quando tudo pede reação impulsiva.
Galhos — Temperamento Colérico
Os galhos representam a direção, a ação e a expansão. Associo-os ao temperamento colérico. Apesar de não ser minha base dominante, ele aparece quando preciso tomar decisões, estabelecer limites e seguir adiante mesmo diante do medo. A escolha de retomar os estudos, enfrentar ambientes desafiadores e construir projetos pessoais e profissionais exigiu assertividade, foco e uma dose clara de liderança interna. O colérico, aqui, não é agressivo — é estratégico. É o impulso que transforma reflexão em movimento.
Copa (folhas, flores e frutos) — Temperamento Sanguíneo
A copa é o que o mundo vê: expressão, comunicação, criatividade. Relaciono-a ao temperamento sanguíneo. Ele se manifesta na minha capacidade artística, na escuta sensível, na comunicação afetiva e no desejo de troca humana. A arte, a psicanálise e o cuidado com o outro são frutos visíveis dessa copa. Mesmo após períodos de recolhimento e silêncio, é nela que me conecto com o mundo, compartilho saberes e construo vínculos.
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Essa árvore não é estática. Ela cresce, se adapta, perde folhas, cria novas raízes. Meu temperamento melancólico sustenta, o fleumático estabiliza, o colérico impulsiona e o sanguíneo comunica. Nenhum atua isoladamente. Minha história mostra que personalidade e caráter não são dados prontos, mas estruturas vivas, moldadas pela experiência, pelo sofrimento elaborado e pelas escolhas conscientes.
Em termos claros: não sou apenas o que aparece na copa. Sou, sobretudo, aquilo que criei nas raízes para continuar de pé.
