Ego: Conceito e funções.
Como estudamos nessa unidade sobre o ego e suas funções, temos que citar a sua origem a partir do Id.
O Id é a fonte de nossa energia psíquica, e representa a nossa libido.
O Id é o componente nato dos indivíduos, ou seja, as pessoas nascem com ele. Consiste nos desejos, vontades e pulsões primitivas, formado principalmente pelos instintos e desejos orgânicos pelo prazer. O Ego é desenvolvido a partir do nosso Id e tem o intuito de tornar nossos impulsos efetivos, como se fosse nosso princípio de realidade.
No Ego percebemos que suas ações, estão no cenário da mente consciente, racional, pensante e cotidiana. Pois possui uma função mediadora, integradora e harmoniosa entre as pulsões do id. O Ego tem raízes no inconsciente, mas não passa a existir de forma repentina. Ele permanece entre consciente e inconsciente, alternando nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais, regido pelo princípio da realidade. Atribuindo ao ego a função mediadora.
Estudamos também que o Ego desenvolveu os seus mecanismos de defesa: A Anulação - onde o sujeito invalida uma atitude ou um desejo que existia anteriormente -; A negação - que se apresenta como uma recusa do sujeito a aceitar a existência da situação de conflito, penosa demais para ser tolerada, causando angústia -; A sublimação - que transforma a energia sexual inerente a impulsos primitivos ou inaceitáveis em objetos úteis, ou em arte - e por fim a Repressão ou o Recalque - considerado um dos mecanismos de defesa mais comuns. Consiste em afastar do consciente (passando para o inconsciente) uma ideia penosa, um afeto, conflito, uma situação ameaçadora, causadora de angústia.
Observamos nessa leitura que o ego tem como base o princípio da realidade. Essa realidade é adquirida através do meio sócio-cultural, onde o ego, ao assimilar esse meio, começa a se esforçar para satisfazer os desejos do ID de forma realista e adequada num meio social.