Ego e mecanismos de defesa
Citação de Camila Carvalho em abril 27, 2024, 4:18 pm
Os principais mecanismos de defesa são a repressão, a negação, a racionalização, o isolamento, a formação reativa, a projeção, a regressão, a identificação, a dissociação, o deslocamento, a sublimação e a idealização.
REPRESSÃO: é um mecanismo de defesa que ocorre quando pensamentos, desejos ou memórias perturbadoras são empurrados para o inconsciente, fora da consciência. Isso acontece porque esses conteúdos são considerados ameaçadores, angustiantes ou inaceitáveis para serem enfrentados diretamente.
Um exemplo simples de repressão pode ser quando alguém tenta esquecer ou negar uma experiência traumática do passado para evitar sentimentos de dor ou ansiedade associados a essa lembrança. Mesmo que a pessoa não esteja conscientemente ciente de ter reprimido essa memória, ela permanece no inconsciente e pode influenciar o comportamento e as emoções de maneiras sutis e indiretas.
DIFERENÇA ENTRE REPRESSÃO E RECALQUE
Na psicanálise, repressão e recalque são conceitos relacionados, mas têm diferenças sutis:
Repressão:
A repressão é um processo de defesa no qual pensamentos, desejos ou memórias perturbadoras são empurrados para o inconsciente, fora da consciência.
Este processo ocorre de forma automática e inconsciente, como uma forma de proteção contra conteúdos que são considerados ameaçadores ou inaceitáveis.
Exemplo: Uma pessoa esquece uma experiência traumática do passado como uma forma de evitar sentimentos de ansiedade ou dor.
Recalque:
O recalque é um processo semelhante à repressão, mas ocorre especificamente em relação aos desejos ou impulsos instintivos, especialmente de natureza sexual ou agressiva.
Este processo envolve o empurrar desses desejos ou impulsos para o inconsciente, fora da consciência, devido à sua natureza inaceitável ou angustiante.
Exemplo: Uma pessoa reprime mentalmente um desejo sexual por um colega de trabalho, devido ao conflito moral ou social que isso pode causar.
Em resumo, enquanto a repressão é um termo mais amplo que se aplica a qualquer conteúdo perturbador empurrado para o inconsciente, o recalque é um tipo específico de repressão que se refere especialmente aos desejos ou impulsos instintivos.
REGRESSÃO:
Na psicanálise, a regressão é um mecanismo de defesa no qual uma pessoa retorna a comportamentos, sentimentos ou estágios de desenvolvimento de uma fase anterior de sua vida em resposta a situações de estresse, ansiedade ou conflito emocional. É como se a pessoa "regredisse" para um estado mais infantil ou menos maduro para lidar com as demandas do momento presente.
Um exemplo simples de regressão é quando um adulto, sob estresse intenso, começa a se comportar de maneira semelhante a uma criança. Por exemplo, um adulto que enfrenta dificuldades no trabalho pode começar a chorar facilmente, buscar conforto e segurança em outras pessoas de maneira mais intensa ou exibir comportamentos de dependência emocional, como chamar constantemente por atenção ou afeto. Nesse caso, a pessoa está regredindo para um estado emocional mais infantil como uma forma de lidar com a situação estressante. A regressão pode oferecer alívio temporário, mas pode limitar a capacidade da pessoa de enfrentar efetivamente os desafios da vida adulta.
Formação reativa: para evitar a expressão de pensamentos ou sentimentos inaceitáveis, o sujeito exagera na expressão de sentimentos ou expressão oposta. Exemplo: Júlio fez direito para agradar seu pai, porém odeia o curso e o fato de ter que ser advogado, mas quando fala publicamente refere a profissão de advogado como sendo uma excelente carreira.
Identificação: é um mecanismo não defensivo, no qual se busca alcançar os traços, qualidades e particularidades de alguém a quem se admira. Na identificação projetiva, conceito desenvolvido por Melanie Klein — posição esquizoparanóide, “[...] o indivíduo se identificando com o outro (pessoa ou objeto), cria internamente uma imagem ou fantasia e projeta isso para fora de si identificando-se com esta fantasia e
construindo uma outra realidade psíquica”. Exemplo: uma pessoa que fez um longo tratamento dentário, ortodôntico, decide ser dentista posteriormente.
Intelectualização: há um isolamento dos afetos. Exemplo: este mecanismo é
muito utilizado pela área médica. Os médicos necessitam isolar os afetos ao
realizar uma cirurgia, ou tratar doenças terminais.
Racionalização: este mecanismo é um dos mais utilizados, pois o sujeito
justifica com lógica e ética plausível alguma atitude e pensamentos
inaceitáveis, dessa forma tem um intento benéfico como autoproteção e
conforto psíquico. Exemplo: o dependente de álcool que justifica o uso da
bebida como meio de suportar a morte de um filho.
Projeção: é o ato de atribuir pensamentos, sentimentos e impulsos intoleráveis para si mesmo a outra pessoa. Segundo Silva (2010, p. 4), “necessariamente, antes da projeção vem um mecanismo de negação, ou seja, uma forma de deslocamento que se dirige para fora e atribui a outra pessoa seus traços de caráter e desejos contra os quais existem objeções”. Exemplo: uma pessoa que se apaixona perdidamente por alguém (casado ou seu professor ou seu analista) e refere que é o outro que está apaixonado e que
está assediando.
ISOLAMENTO:
O isolamento é um mecanismo de defesa psicológica no qual uma pessoa separa seus pensamentos ou memórias de qualquer emoção ou sentimento associado a eles. Em outras palavras, ela "desconecta" a parte emocional de uma experiência ou lembrança, o que pode ajudá-la a lidar com emoções dolorosas ou ameaçadoras.
Por exemplo, imagine um paciente terminal que fala sobre sua doença de uma maneira muito fria e distante, como se estivesse descrevendo uma situação que não afeta pessoalmente. Isso pode ser um exemplo de isolamento, onde a pessoa está separando a emoção do pensamento sobre sua doença para lidar com a angústia emocional associada a ela.
O isolamento pode oferecer um alívio temporário das emoções difíceis, mas também pode dificultar a compreensão completa e o processamento emocional de uma situação. É importante notar que o isolamento não significa necessariamente que a pessoa não está consciente das emoções relacionadas à experiência, mas sim que elas estão sendo separadas ou desassociadas para reduzir a intensidade emocional percebida.
Dissociação: é a separação de sentimentos/pensamentos contraditórios como o amor e ódio em relação a um mesmo objeto. A tentativa de integração gera uma ansiedade insuportável. Exemplo extremo é a dupla personalidade.
Sublimação: A sublimação é um processo psicológico no qual a energia emocional (libido) associada a impulsos ou desejos sexuais é redirecionada para atividades socialmente aceitáveis e culturalmente valorizadas. Em outras palavras, é quando uma pessoa canaliza seus instintos ou impulsos em direção a outras finalidades que não sejam a satisfação sexual direta, mas que ainda proporcionam uma sensação de realização ou prazer.
Um exemplo de sublimação é quando alguém com impulsos agressivos canaliza essa energia em atividades esportivas competitivas. Em vez de expressar agressão de maneira prejudicial ou prejudicial, a pessoa encontra uma saída saudável para sua energia e competitividade por meio do esporte. Outro exemplo é quando uma pessoa com fortes impulsos sexuais redireciona essa energia para a criação artística. Ao invés de buscar satisfação sexual direta, ela canaliza sua libido para expressão artística, criando obras significativas e gratificantes.
Assim, a sublimação é vista como um mecanismo de defesa maduro e adaptativo, permitindo que as pessoas lidem com impulsos ou desejos potencialmente disruptivos de maneira construtiva e socialmente aceitável.
IDEALIZAÇÃO:
A idealização é um processo psicológico no qual uma pessoa atribui qualidades excepcionais ou admiráveis a outra pessoa, objeto ou conceito. Isso acontece na mente do indivíduo, onde o objeto é percebido de uma maneira exageradamente positiva e idealizada, mesmo que na realidade ele possa não corresponder a essas qualidades.
Um exemplo comum de idealização é quando alguém idealiza o parceiro romântico, atribuindo-lhe características perfeitas ou sobrenaturais. Por exemplo, uma pessoa pode ver seu parceiro como extremamente inteligente, gentil, carinhoso e atraente, mesmo que essa pessoa tenha falhas ou imperfeições como qualquer outra. Essa idealização pode levar a uma dependência emocional, onde a pessoa se entrega totalmente ao parceiro, esperando que ele atenda às suas expectativas irrealistas.
A idealização pode ser vista como um mecanismo de defesa que ajuda a pessoa a lidar com ansiedades ou inseguranças, criando uma imagem idealizada do objeto ou pessoa para evitar confrontar a realidade de suas limitações. No entanto, também pode levar a decepções e desilusões quando a realidade não corresponde à idealização.
Os principais mecanismos de defesa são a repressão, a negação, a racionalização, o isolamento, a formação reativa, a projeção, a regressão, a identificação, a dissociação, o deslocamento, a sublimação e a idealização.
REPRESSÃO: é um mecanismo de defesa que ocorre quando pensamentos, desejos ou memórias perturbadoras são empurrados para o inconsciente, fora da consciência. Isso acontece porque esses conteúdos são considerados ameaçadores, angustiantes ou inaceitáveis para serem enfrentados diretamente.
Um exemplo simples de repressão pode ser quando alguém tenta esquecer ou negar uma experiência traumática do passado para evitar sentimentos de dor ou ansiedade associados a essa lembrança. Mesmo que a pessoa não esteja conscientemente ciente de ter reprimido essa memória, ela permanece no inconsciente e pode influenciar o comportamento e as emoções de maneiras sutis e indiretas.
DIFERENÇA ENTRE REPRESSÃO E RECALQUE
Na psicanálise, repressão e recalque são conceitos relacionados, mas têm diferenças sutis:
Repressão:
A repressão é um processo de defesa no qual pensamentos, desejos ou memórias perturbadoras são empurrados para o inconsciente, fora da consciência.
Este processo ocorre de forma automática e inconsciente, como uma forma de proteção contra conteúdos que são considerados ameaçadores ou inaceitáveis.
Exemplo: Uma pessoa esquece uma experiência traumática do passado como uma forma de evitar sentimentos de ansiedade ou dor.
Recalque:
O recalque é um processo semelhante à repressão, mas ocorre especificamente em relação aos desejos ou impulsos instintivos, especialmente de natureza sexual ou agressiva.
Este processo envolve o empurrar desses desejos ou impulsos para o inconsciente, fora da consciência, devido à sua natureza inaceitável ou angustiante.
Exemplo: Uma pessoa reprime mentalmente um desejo sexual por um colega de trabalho, devido ao conflito moral ou social que isso pode causar.
Em resumo, enquanto a repressão é um termo mais amplo que se aplica a qualquer conteúdo perturbador empurrado para o inconsciente, o recalque é um tipo específico de repressão que se refere especialmente aos desejos ou impulsos instintivos.
REGRESSÃO:
Na psicanálise, a regressão é um mecanismo de defesa no qual uma pessoa retorna a comportamentos, sentimentos ou estágios de desenvolvimento de uma fase anterior de sua vida em resposta a situações de estresse, ansiedade ou conflito emocional. É como se a pessoa "regredisse" para um estado mais infantil ou menos maduro para lidar com as demandas do momento presente.
Um exemplo simples de regressão é quando um adulto, sob estresse intenso, começa a se comportar de maneira semelhante a uma criança. Por exemplo, um adulto que enfrenta dificuldades no trabalho pode começar a chorar facilmente, buscar conforto e segurança em outras pessoas de maneira mais intensa ou exibir comportamentos de dependência emocional, como chamar constantemente por atenção ou afeto. Nesse caso, a pessoa está regredindo para um estado emocional mais infantil como uma forma de lidar com a situação estressante. A regressão pode oferecer alívio temporário, mas pode limitar a capacidade da pessoa de enfrentar efetivamente os desafios da vida adulta.
Formação reativa: para evitar a expressão de pensamentos ou sentimentos inaceitáveis, o sujeito exagera na expressão de sentimentos ou expressão oposta. Exemplo: Júlio fez direito para agradar seu pai, porém odeia o curso e o fato de ter que ser advogado, mas quando fala publicamente refere a profissão de advogado como sendo uma excelente carreira.
Identificação: é um mecanismo não defensivo, no qual se busca alcançar os traços, qualidades e particularidades de alguém a quem se admira. Na identificação projetiva, conceito desenvolvido por Melanie Klein — posição esquizoparanóide, “[...] o indivíduo se identificando com o outro (pessoa ou objeto), cria internamente uma imagem ou fantasia e projeta isso para fora de si identificando-se com esta fantasia e
construindo uma outra realidade psíquica”. Exemplo: uma pessoa que fez um longo tratamento dentário, ortodôntico, decide ser dentista posteriormente.
Intelectualização: há um isolamento dos afetos. Exemplo: este mecanismo é
muito utilizado pela área médica. Os médicos necessitam isolar os afetos ao
realizar uma cirurgia, ou tratar doenças terminais.
Racionalização: este mecanismo é um dos mais utilizados, pois o sujeito
justifica com lógica e ética plausível alguma atitude e pensamentos
inaceitáveis, dessa forma tem um intento benéfico como autoproteção e
conforto psíquico. Exemplo: o dependente de álcool que justifica o uso da
bebida como meio de suportar a morte de um filho.
Projeção: é o ato de atribuir pensamentos, sentimentos e impulsos intoleráveis para si mesmo a outra pessoa. Segundo Silva (2010, p. 4), “necessariamente, antes da projeção vem um mecanismo de negação, ou seja, uma forma de deslocamento que se dirige para fora e atribui a outra pessoa seus traços de caráter e desejos contra os quais existem objeções”. Exemplo: uma pessoa que se apaixona perdidamente por alguém (casado ou seu professor ou seu analista) e refere que é o outro que está apaixonado e que
está assediando.
ISOLAMENTO:
O isolamento é um mecanismo de defesa psicológica no qual uma pessoa separa seus pensamentos ou memórias de qualquer emoção ou sentimento associado a eles. Em outras palavras, ela "desconecta" a parte emocional de uma experiência ou lembrança, o que pode ajudá-la a lidar com emoções dolorosas ou ameaçadoras.
Por exemplo, imagine um paciente terminal que fala sobre sua doença de uma maneira muito fria e distante, como se estivesse descrevendo uma situação que não afeta pessoalmente. Isso pode ser um exemplo de isolamento, onde a pessoa está separando a emoção do pensamento sobre sua doença para lidar com a angústia emocional associada a ela.
O isolamento pode oferecer um alívio temporário das emoções difíceis, mas também pode dificultar a compreensão completa e o processamento emocional de uma situação. É importante notar que o isolamento não significa necessariamente que a pessoa não está consciente das emoções relacionadas à experiência, mas sim que elas estão sendo separadas ou desassociadas para reduzir a intensidade emocional percebida.
Dissociação: é a separação de sentimentos/pensamentos contraditórios como o amor e ódio em relação a um mesmo objeto. A tentativa de integração gera uma ansiedade insuportável. Exemplo extremo é a dupla personalidade.
Sublimação: A sublimação é um processo psicológico no qual a energia emocional (libido) associada a impulsos ou desejos sexuais é redirecionada para atividades socialmente aceitáveis e culturalmente valorizadas. Em outras palavras, é quando uma pessoa canaliza seus instintos ou impulsos em direção a outras finalidades que não sejam a satisfação sexual direta, mas que ainda proporcionam uma sensação de realização ou prazer.
Um exemplo de sublimação é quando alguém com impulsos agressivos canaliza essa energia em atividades esportivas competitivas. Em vez de expressar agressão de maneira prejudicial ou prejudicial, a pessoa encontra uma saída saudável para sua energia e competitividade por meio do esporte. Outro exemplo é quando uma pessoa com fortes impulsos sexuais redireciona essa energia para a criação artística. Ao invés de buscar satisfação sexual direta, ela canaliza sua libido para expressão artística, criando obras significativas e gratificantes.
Assim, a sublimação é vista como um mecanismo de defesa maduro e adaptativo, permitindo que as pessoas lidem com impulsos ou desejos potencialmente disruptivos de maneira construtiva e socialmente aceitável.
IDEALIZAÇÃO:
A idealização é um processo psicológico no qual uma pessoa atribui qualidades excepcionais ou admiráveis a outra pessoa, objeto ou conceito. Isso acontece na mente do indivíduo, onde o objeto é percebido de uma maneira exageradamente positiva e idealizada, mesmo que na realidade ele possa não corresponder a essas qualidades.
Um exemplo comum de idealização é quando alguém idealiza o parceiro romântico, atribuindo-lhe características perfeitas ou sobrenaturais. Por exemplo, uma pessoa pode ver seu parceiro como extremamente inteligente, gentil, carinhoso e atraente, mesmo que essa pessoa tenha falhas ou imperfeições como qualquer outra. Essa idealização pode levar a uma dependência emocional, onde a pessoa se entrega totalmente ao parceiro, esperando que ele atenda às suas expectativas irrealistas.
A idealização pode ser vista como um mecanismo de defesa que ajuda a pessoa a lidar com ansiedades ou inseguranças, criando uma imagem idealizada do objeto ou pessoa para evitar confrontar a realidade de suas limitações. No entanto, também pode levar a decepções e desilusões quando a realidade não corresponde à idealização.