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Ego e suas funções e os mecanismos de defesa segundo a Psicanálise freudiana.

Na teoria psicanalítica de Sigmund Freud, a mente humana é um grande palco onde três forças distintas atuam constantemente: o id, o ego e o superego. O id é a parte mais primitiva, impulsiva e irracional, desejando satisfação imediata para os seus prazeres e necessidades. O superego, por outro lado, é um juiz severo, carregada de normas e valores morais que ditam o que é certo e errado. No meio dessa batalha interna surge o ego, um mediador sagaz que busca equilibrar os desejos do id com as exigências do superego, ao mesmo tempo em que lida com as demandas do mundo real.

O ego trabalha incansavelmente para encontrar soluções viáveis para os conflitos que surgem. Ele entende que nem tudo pode ser realizado imediatamente e que certos desejos precisam ser reprimidos ou transformados. Mas esse trabalho não é fácil. Freud e, posteriormente, sua filha Anna Freud, descreveram os mecanismos de defesa utilizados pelo ego para evitar que o indivíduo se veja tomado por ansiedade ou sofrimento psíquico. Cito alguns exemplos:

Uma pessoa que, inconscientemente enterra memórias dolorosas no fundo da mente se utiliza de um mecanismo de defesa chamado REPRESSÃO - uma tentativa de mante afastado aquilo que pode ser perturbador. Outras vezes, a realidade pode ser tão difícil de aceitar que a pessoa simplesmente a nega, como se a verdade não existisse - essa é a NEGAÇÃO. Há também aqueles momentos em que alguém projeta em outra pessoa os próprios sentimentos indesejáveis, como se quisesse ver no outro aquilo que não admitir em si mesmo - esse é o mecanismo da PROJEÇÃO.

O ego também pode encontrar maneiras mais sofisticadas de lidar com os conflitos, como quando alguém transforma em algo produtivo impulsos inaceitáveis socialmente, como um artista que canaliza sua agressividade para criar uma pintura intensa - esse é o mecanismo de SUBLIMAÇÃO. E há casos em que a mente busca refúgio em comportamentos mais infantis diante de uma dificuldade, como uma criança que volta a chupar dedo após um momento de grande estresse - esse é um exemplo da REGRESSÃO. O ego também pode usar a RACIONALIZAÇÃO, criando explicações aparentemente lógicas para justificar comportamento ou emoções que seriam difíceis de admitir.

Parte desse grupo principal de mecanismos de defesa ainda constam o DESLOCAMENTO - transferência de um objeto-alvo para outro menos ameaçador; e a IDENTIFIAÇÃO - adoção de característica de outra pessoa para se sentir mais seguro.