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Escolas da Psicologia: Psicanálise e Behaviorismo

 

Escolas da psicologia: Psicanálise e Behaviorismo

A Psicanálise tem seu foco no interior do indivíduo. O Behaviorismo, por sua vez, se ocupa do comportamento observável.

A Psicanálise foi desenvolvida por Freud, pela observação clínica de pacientes patológicos. Ele desenvolveu o estudo do inconsciente, observando os sintomas, as inibições, hesitações sensoriais e motoras, provenientes do psiquismo.

Freud concebeu o sujeito a partir da pulsão sexual, nas formas do desenvolvimento infantil, na busca por satisfação libidinal, nas zonas erógenas do corpo, na obtenção do prazer. Ele dividiu a vida psíquica infantil em quatro fases: oral, anal, fálica e genital, que se concluem com a organização das pulsões fragmentadas na vida infantil, mas em domínio genital na vida adulta. O complexo de Édipo, na fase genital constrói a personalidade, pela percepção da diferença sexual e complexo de castração.

Melanie Klein se diferencia de Freud por observar o desenvolvimento libidinal no primeiro ano de vida, assim como o complexo de Édipo, na fase depressiva, com o medo da perda do objeto amado.

Por seu trabalho na clínica infantil, desenvolveu a teoria das relações objetais e passou a escutar as crianças, e de modo lúdico, acessou o mundo interno infantil, suas fantasias, ansiedades, figuras boas e más, os impulsos agressivos e libidinais, nas pulsões de vida e morte. A fase esquizoparanóide, nos primeiros meses devida,  foi descrita por ela como relativa ao seio materno, à gratificação ou frustração, atingindo o equilíbrio entre os impulsos libidinais para proteção do ego.

Lacan, prosseguindo no trabalho de Freud e Melanie Klein, chegou a emergência do sujeito do inconsciente, após a constituição de um eu corporal, imaginário, sintetizando a imagem fragmentada, que se deu pela alienação e separação. O complexo de Édipo, é concluído quando a mãe introduz o nome-do-pai. Para ele, o inconsciente é estruturado como a linguagem-linguística, lógica e antropologia estrutural. Em que há o sujeito que fala e o sujeito do inconsciente, ambos na comunicação.

A transferência, surge como ferramenta oposta ao tratamento organicista. Podendo ser útil ou não no processo terapêutico e se dar em consultório ou instituição de saúde.

A interação profissional/paciente na transferência, possibilita atendimento individualizado no tratamento.

Behaviorismo

É um campo múltiplo, com diferentes pesquisadores, diferentes perspectivas, diferentes avaliações, diferentes teorias-metodológicas, significado de comportamento e ciências sem consenso.

John Watson, considerado o precursor da ciência do comportamento, percebe o  sujeito como um organismo, igual a qualquer animal. Ele reuniu tendências do debate da psicologia científica: o mecanicismo e a tradição filosófica do objetivismo, a psicologia animal e a psicologia funcional, e foi influenciado pelo materialismo, na psicologia, cujo objeto é o que pode ser observado. O humano como máquina, decomposto e analisado por método científico.

Watson, pela influência de Pavlov, se baseou no estímulo-resposta do comportamento, que leva ao condicionamento. E nos estímulos ambientais que produzem respostas no indivíduo e o adaptam ao contexto.

A influência de Thorndike, cuja teoria é o conexionismo, percebe a mente humana com conexões entre as situações e respostas, sendo a mente um sistema de conexões e podendo ser condicionada como máquina, também influenciou Watson.

O paradigma comportamentalista de Watson são as relações de causa e efeito.

Skinner desenvolveu o behaviorismo radical, observando a interação entre os seres vivos e o ambiente, baseado em experimentos.

Desenvolveu a teoria do comportamento operante, em que o comportamento é efeito do estímulo e produz efeitos sobre esse mesmo ambiente. Se o ser humano é produto do meio em que vive, pode ser modulado e controlado pelo reforço.

Teóricos behavioristas como Edward Tolman e Albert Bandura, admitiram fatores internos observáveis como a memória e a atenção, seriam as teorias cognitivistas.

Tolman desenvolveu o behaviorismo intencional em que o comportamento de humanos e animais seria guiado por objetivos e metas. Esse comportamento resulta de interações entre: estímulos ambientais, drives fisiológicos, hereditariedade, treino prévio, maturação e processos mentais, que seriam variáveis intervenientes. Em suas experiências percebeu que o aprendizado envolve processos cognitivos, no condicionamento, que seriam os mapas cognitivos. Estes, seriam representações mentais, de base neural, que permitem a aquisição, o armazenamento e processamento de informações.

Bandura desenvolveu a teoria da aprendizagem social, em que o indivíduo adquire certo comportamento por observar outros indivíduos. Essa aprendizagem envolveria a atenção, a retenção, a produção e a motivação. Nessa teoria, o comportamento é resultado da interação contínua entre determinantes ambientais e psicológicos, enquanto o comportamento influencia o ambiente e os processos cognitivos.

A natureza experimental do behaviorismo

A análise do comportamento se associa à pesquisa experimental em laboratório e tem o comportamento como objeto, definido pela relação indivíduo-ambiente e pelos métodos de pesquisa utilizados.

Para Andery, o conjunto de práticas, envolve a análise experimental do comportamento-pesquisa básica aplicada- a análise de comportamento aplicada, e a filosofia que a elas se vincula- behaviorismo radical.

É um conjunto de procedimentos, como amostragem, distribuição em dois grupos, como experimental e controle, atribuição randômica dos sujeitos e estatística dos resultados.

O comportamento visto como natural, podendo ser descrito, previsto e controlado, que compreende o estímulo /resposta e interação indivíduo-ambiente.

Psicanálise e saúde coletiva

Devido aos debates na área da saúde e à reforma no SUS, a Psicanálise vem desempenhando papel importante, utilizando a interdisciplinaridade com as outras áreas de importância nos tratamentos. Isso deu novo impulso aos tratamentos, que até então, obedeciam ao sistema organicista.

Ainda se esperam mudanças nos tratamentos, que obedecem a padrão protocolar, não levando em conta a história psicossocial do indivíduo.

A transferência na clínica com crianças

As crianças geralmente chegam à clínica com seus pais devido a algum comportamento dissonante com estes, ou na escola. E são direcionadas à clínica, geralmente por profissional como, médico, professor ou outro.

Na clínica, o analista precisa escutar os pais para fazer uma anamnese e ter um diagnóstico. Mas, não raro, percebe que a origem dos problemas infantis, tem algo ligado aos próprios pais. A situação é delicada e demanda traquejo profissional, para lidar com os pais, que nem sempre estão cooperativos.

A transferência das crianças se dá pelo laço de afeto que as liga ao profissional. Como os pais também tem alguma participação, pode haver transferência entre eles e o profissional também. Nem sempre o resultado é positivo.

As crianças são recebidas pelo analista em separado de seus pais, para melhor eficácia na análise. E os métodos de escuta são diferentes dos utilizados em adultos, porque a criança ainda não faz associação de ideias, como os adultos.

 

 

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