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Escolas da Psicologia — Psicanálise e Behaviorismo

Psicanálise

A Psicanálise, fundada por Sigmund Freud no final do século XIX, é uma das matrizes clássicas da Psicologia e propõe que grande parte da vida psíquica é movida por processos inconscientes. Segundo essa perspectiva, desejos, memórias e conflitos recalcados influenciam pensamentos, emoções e comportamentos, mesmo sem que o sujeito tenha consciência deles. Freud desenvolveu conceitos essenciais como Id, Ego e Superego, além das noções de sexualidade infantil, repressão, conflito e transferência. Seu método clínico central, a associação livre, visa permitir que conteúdos inconscientes emergem por meio da fala. A Psicanálise procura compreender o sentido simbólico dos sintomas e a singularidade do sujeito, enfatizando a história, a subjetividade e o papel dos afetos e fantasias na constituição do psiquismo.


Behaviorismo

O Behaviorismo surgiu no início do século XX, com John B. Watson, que defendia que a Psicologia deveria ser uma ciência objetiva, voltada exclusivamente ao comportamento observável. Para essa abordagem, fenômenos internos como emoções, desejos ou pensamentos não podem ser estudados cientificamente e, portanto, não são o foco da análise psicológica. Posteriormente, B. F. Skinner desenvolveu o behaviorismo radical, aprofundando a ideia de que o comportamento é moldado pelas consequências, como reforços e punições — princípio do condicionamento operante. O Behaviorismo influenciou profundamente métodos de aprendizagem, práticas educativas e terapias comportamentais, priorizando a observação, a mensuração e o controle das variáveis que determinam o comportamento.


Diferenciais centrais

Enquanto a Psicanálise busca compreender o sujeito a partir de seus processos inconscientes, conflitos internos e significados simbólicos, o Behaviorismo concentra-se exclusivamente no comportamento manifesto e em como ele pode ser aprendido, modificado e previsto por meio das condições do ambiente. A Psicanálise valoriza a singularidade e a subjetividade, trabalhando com a fala, a interpretação e a escuta clínica. Já o Behaviorismo prioriza métodos experimentais, resultados observáveis e explicações baseadas em estímulo, resposta e consequências. Assim, as duas escolas representam formas distintas de entender o ser humano: uma centrada na profundidade psíquica e outra na objetividade comportamental.