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Estruturação do Ego e Mecanismos de Defesa na Psicanálise Freudiana

A psicanálise freudiana, especialmente a partir da publicação de O Ego e o Id em 1923, estabeleceu o ego como uma instância fundamental da estrutura psíquica, responsável por mediar as demandas do id, do superego e da realidade externa. O ego não é apenas um agente passivo; ele exerce funções ativas de defesa, utilizando mecanismos específicos para proteger o sujeito dos conflitos entre suas pulsões internas e as exigências do mundo externo.

Os mecanismos de defesa são estratégias inconscientes que o ego emprega para lidar com sentimentos angustiantes e impulsos conflitantes. Eles ajudam a manter a integridade do eu e a evitar o sofrimento psíquico, possibilitando ao sujeito um funcionamento adaptativo mesmo diante de situações de estresse emocional.

Além disso, a constituição do sujeito não ocorre isoladamente, mas em constante interação com o grupo social. A identificação com o grupo e a construção da identidade social fazem parte do desenvolvimento psíquico e são fundamentais para a inserção do indivíduo na sociedade. O ego, assim, está envolvido na mediação entre os aspectos psíquicos individuais e os elementos sociais e culturais que influenciam o sujeito.

Dessa forma, o estudo do ego, dos seus mecanismos de defesa e da sua relação com o meio social permite uma compreensão mais profunda dos processos de formação da identidade e da subjetividade, especialmente em momentos críticos do desenvolvimento emocional.

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Juliana da Mata machado

Segundo Freud, o Id representa os impulsos instintivos, inconscientes e primitivos do ser humano, movido pelo princípio do prazer.

Já o Ego atua como mediador entre os desejos do Id, as exigências da realidade e as normas do Superego, operando pelo princípio da realidade. Quando os desejos do Id entram em conflito com a realidade ou com valores internalizados, o Ego recorre aos mecanismos de defesa como forma de proteger o psiquismo de angústias insuportáveis.

Esses mecanismos, como repressão, negação ou projeção, muitas vezes se manifestam no corpo, revelando somatizações e sintomas físicos simbólicos.

Assim, o corpo pode se tornar o palco onde se expressam conflitos inconscientes não elaborados, quando o Ego não consegue integrá-los de forma consciente e adaptativa.