Eu e a Personalidade
Citação de Adilson Antonio Camargo em fevereiro 11, 2024, 8:15 pmFreud, buscou "olhar" além do que é possível visualizar, verificar de modo "natural", observável. Assim, a metapsicologia ganha significado no explicar funcionamento do aparelho psíquico e o comportamento, sendo a ciência que está sujeita a revisão considerando demais experiências. Logo, Freud chegou a conceitos, ao Inconsciente (para Freud é o principal determinante do comportamento humano; pois guarda informações; parte arcaica da psique), Pré-consciente (composta de sentimentos, pensamentos, informações que podem ser acessadas facilmente, servindo ainda como barreira de contato do que pode ou não ser acessado), Consciente (tem-se noções das ações pelo princípio de realidade; tem conhecimento das regras, leis, normas que devem ser seguidas) - primeira tópica. Em seguida, a sua teoria e metodologia chegou ao Id (como reservatório pulsional desorganizado - seguindo o princípio do prazer, instintos, desejos, estes exercendo pressão contínua sobre a personalidade, cujo objetivo é a satisfação imediata para reduzir tensões), Ego (se relaciona com o mundo externo, a realidade. O Ego busca equilibrar as demandas do id, busca a segurança do indivíduo. O Ego representa a personalidade, sendo o eu do indivíduo que toma decisões...) e Superego (atuante como juiz. Se forma no desenvolvimento da infância, quando ocorre a internalização das exigências, das proibições...). Deste modo, ele determina a estrutura e o funcionamento da personalidade e o que integra a constituição do aparelho psíquico. Além destes, Freud afirma que a personalidade se desenvolve por meio de cinco estágios (oral, anal, fálico, latência e genital), que vem junto com os mecanismos de defesa (para dar conta dos desconfortos e desprazer).
A partir destes, Freud chega conclusão de que um [eu] é, primeiro e acima de tudo, um [eu] corporal. E descreve ainda dizendo que ao nascer o ser humano não consegue distinguir os limites do corpo, mas que segue se desenvolvendo. Logo, tem-se a imagem corporal (imagem do espelho) e a estruturação do seu eu. Este desenvolvimento ocorre numa ordem dialética, que envolve sempre ele e o outro. Depois vem a questão cisão (sujeito dividido do inconsciente). O eu não se conclui, mas vai considerando, julgando o que é bom ou mau, onde o bom vai sendo incorporado e o ruim, mau, deve ser colocado fora. Ai acontece o confronto com a realidade, e os objetos perdidos se tornam objetos de desejo por terem sidos satisfeitos anteriormente. Mas, o que fica inscrito no psiquismo são vestígios desse objeto. Então, o EU, forma-se a partir de um processo de modificação do ID, que ocorre pelo contato com a realidade, o que ficou estabelecido na segunda tópica - instância da personalidade. Ai vem a identificação inaugural ou primordial (forma original de laço emocional com um objeto. Essa identificação esforça-se por moldar o próprio ego de uma pessoa segundo o aspecto daquele que foi tomado como modelo), estado de desamparo inicial. Os traços são permanentes e estarão se instaurando e se inscrevendo no aparelho psíquico, criando a memória.
Surge o narcisismo primário, o eu ideal (olhar o outro) e ideal do eu. Sem haver a mediação desse outro, não existiria o reconhecimento e nem a idealização do eu. E assim, abandonando também o eu ideal quando se enfrenta com outro ideal que tem a necessidade de assemelhar-se com este outro. Então tem-se o eu-ideal, o eu-prazer, o ideal do eu baseados nos imperativos sociais (movimento de suplantação, e não substituição, efetivo do eu-ideal pelo ideal do outro).
Conclui-se,
Que EU sou uma gama de experiências vividas, somatizadas desde constituído corpo. Que vai sendo formado, constituído no decorrer do desenvolvimento e relação com o meio externo, sentido prazer e desprazer, idealizando e frustrando-se com a realidade, sendo castrado num movimento de suplantação em decorrência de seu convívio social, buscando identificar-se, constituindo a personalidade. Internalizando, fazendo escolhas que suportem também a mesma realidade... Tudo sendo possível a partir da interação com o outro.
Freud, buscou "olhar" além do que é possível visualizar, verificar de modo "natural", observável. Assim, a metapsicologia ganha significado no explicar funcionamento do aparelho psíquico e o comportamento, sendo a ciência que está sujeita a revisão considerando demais experiências. Logo, Freud chegou a conceitos, ao Inconsciente (para Freud é o principal determinante do comportamento humano; pois guarda informações; parte arcaica da psique), Pré-consciente (composta de sentimentos, pensamentos, informações que podem ser acessadas facilmente, servindo ainda como barreira de contato do que pode ou não ser acessado), Consciente (tem-se noções das ações pelo princípio de realidade; tem conhecimento das regras, leis, normas que devem ser seguidas) - primeira tópica. Em seguida, a sua teoria e metodologia chegou ao Id (como reservatório pulsional desorganizado - seguindo o princípio do prazer, instintos, desejos, estes exercendo pressão contínua sobre a personalidade, cujo objetivo é a satisfação imediata para reduzir tensões), Ego (se relaciona com o mundo externo, a realidade. O Ego busca equilibrar as demandas do id, busca a segurança do indivíduo. O Ego representa a personalidade, sendo o eu do indivíduo que toma decisões...) e Superego (atuante como juiz. Se forma no desenvolvimento da infância, quando ocorre a internalização das exigências, das proibições...). Deste modo, ele determina a estrutura e o funcionamento da personalidade e o que integra a constituição do aparelho psíquico. Além destes, Freud afirma que a personalidade se desenvolve por meio de cinco estágios (oral, anal, fálico, latência e genital), que vem junto com os mecanismos de defesa (para dar conta dos desconfortos e desprazer).
A partir destes, Freud chega conclusão de que um [eu] é, primeiro e acima de tudo, um [eu] corporal. E descreve ainda dizendo que ao nascer o ser humano não consegue distinguir os limites do corpo, mas que segue se desenvolvendo. Logo, tem-se a imagem corporal (imagem do espelho) e a estruturação do seu eu. Este desenvolvimento ocorre numa ordem dialética, que envolve sempre ele e o outro. Depois vem a questão cisão (sujeito dividido do inconsciente). O eu não se conclui, mas vai considerando, julgando o que é bom ou mau, onde o bom vai sendo incorporado e o ruim, mau, deve ser colocado fora. Ai acontece o confronto com a realidade, e os objetos perdidos se tornam objetos de desejo por terem sidos satisfeitos anteriormente. Mas, o que fica inscrito no psiquismo são vestígios desse objeto. Então, o EU, forma-se a partir de um processo de modificação do ID, que ocorre pelo contato com a realidade, o que ficou estabelecido na segunda tópica - instância da personalidade. Ai vem a identificação inaugural ou primordial (forma original de laço emocional com um objeto. Essa identificação esforça-se por moldar o próprio ego de uma pessoa segundo o aspecto daquele que foi tomado como modelo), estado de desamparo inicial. Os traços são permanentes e estarão se instaurando e se inscrevendo no aparelho psíquico, criando a memória.
Surge o narcisismo primário, o eu ideal (olhar o outro) e ideal do eu. Sem haver a mediação desse outro, não existiria o reconhecimento e nem a idealização do eu. E assim, abandonando também o eu ideal quando se enfrenta com outro ideal que tem a necessidade de assemelhar-se com este outro. Então tem-se o eu-ideal, o eu-prazer, o ideal do eu baseados nos imperativos sociais (movimento de suplantação, e não substituição, efetivo do eu-ideal pelo ideal do outro).
Conclui-se,
Que EU sou uma gama de experiências vividas, somatizadas desde constituído corpo. Que vai sendo formado, constituído no decorrer do desenvolvimento e relação com o meio externo, sentido prazer e desprazer, idealizando e frustrando-se com a realidade, sendo castrado num movimento de suplantação em decorrência de seu convívio social, buscando identificar-se, constituindo a personalidade. Internalizando, fazendo escolhas que suportem também a mesma realidade... Tudo sendo possível a partir da interação com o outro.