“Eu sou meu corpo: o conceito de eu em Freud e de self em Damásio”
🧠 Freud – O Eu e o Corpo
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Para Freud, o Eu não nasce pronto: ele se forma a partir das experiências corporais (prazer/desprazer).
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O conceito de Eu-corporal descreve o Eu como uma projeção mental da superfície corporal, principalmente da pele, que atua como limite entre o interno e o externo.
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Freud identifica três níveis psíquicos: percepção, inconsciente e pré-consciência.
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O Eu freudiano opera como mediador entre as exigências do Isso, do Supereu e da realidade, com grande parte de seu funcionamento sendo inconsciente.
🧬 Damásio – Self e Consciência
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Damásio propõe três níveis:
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Protosself: base inconsciente formada por representações corporais.
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Self central: sensação de si no aqui e agora.
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Self autobiográfico: narrativa consciente de si com memória e linguagem.
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Emoções e sentimentos são fundamentais para a tomada de decisão e para a formação do self.
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O corpo é referência essencial na construção da identidade e da consciência.
🔗 Ressonâncias entre Freud e Damásio
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Ambos partem do corpo como base para constituição do eu/self.
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A pele tem papel importante como interface entre interior e exterior.
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Freud fala em Eu inconsciente, enquanto Damásio reserva o termo inconsciente para processos não acessíveis pela linguagem, mas baseados em registros corporais.
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Enquanto Freud se ancora na psicanálise, Damásio propõe uma leitura neurobiológica.
💡 Conclusão
Apesar das diferenças epistemológicas, Freud e Damásio compartilham a ideia de que o corpo é a base para a formação do sujeito. O estudo propõe uma interlocução enriquecedora entre psicanálise e neurociência, sem pretensão de fusão teórica, mas com potencial para novas perguntas e caminhos investigativos.