Ficção, Psicanálise e Filosofia.
Citação de Renata Rocha em setembro 23, 2023, 5:42 pmA história das relações entre psicanálise e filosofia inicia-se, nos textos de Freud, com perfis muito semelhantes aos que, nestes, constituem referências a obras literárias e a personagens da literatura. Ao longo da obra freudiana, há múltiplas citações de filósofos e escritores, com a função de apoiar a cunhagem de novos conceitos. Personagens nietzscheanas, de Shakespeare, e de outros dramaturgos, povoam a metapsicologia freudiana.
Na atualidade, entretanto, a absorção da filosofia pela psicanálise parece apresentar características específicas. Sem dúvida, a obra de Lacan foi decisiva nessa transformação e resultou num caminho de duas mãos: por um lado, a filosofia foi integrada em suas concepções e, por outro, algumas destas tornaram- se presentes em pontos de vista filosóficos a respeito da história da filosofia e em críticas de filosofias. É esta peculiaridade que abordo, dentro do vasto campo que se abre com o tema proposto.
A concepção de sujeito teorizada por Lacan, adotada por filósofos, para muitos, marca a ruptura da concepção cartesiana. O sujeito barrado, que carrega um estranho a quem não tem acesso, contrasta com aquele concebido por Descartes, capaz de ter consciência de si, descobrir as causas do erro e criar o princípio para evitá-las. Contudo, a história da ruptura do sujeito definido por suas relações com a apreensão racional de si, de outrem e do mundo, parece ter se iniciado bem antes.
A história das relações entre psicanálise e filosofia inicia-se, nos textos de Freud, com perfis muito semelhantes aos que, nestes, constituem referências a obras literárias e a personagens da literatura. Ao longo da obra freudiana, há múltiplas citações de filósofos e escritores, com a função de apoiar a cunhagem de novos conceitos. Personagens nietzscheanas, de Shakespeare, e de outros dramaturgos, povoam a metapsicologia freudiana.
Na atualidade, entretanto, a absorção da filosofia pela psicanálise parece apresentar características específicas. Sem dúvida, a obra de Lacan foi decisiva nessa transformação e resultou num caminho de duas mãos: por um lado, a filosofia foi integrada em suas concepções e, por outro, algumas destas tornaram- se presentes em pontos de vista filosóficos a respeito da história da filosofia e em críticas de filosofias. É esta peculiaridade que abordo, dentro do vasto campo que se abre com o tema proposto.
A concepção de sujeito teorizada por Lacan, adotada por filósofos, para muitos, marca a ruptura da concepção cartesiana. O sujeito barrado, que carrega um estranho a quem não tem acesso, contrasta com aquele concebido por Descartes, capaz de ter consciência de si, descobrir as causas do erro e criar o princípio para evitá-las. Contudo, a história da ruptura do sujeito definido por suas relações com a apreensão racional de si, de outrem e do mundo, parece ter se iniciado bem antes.
Citação de maria clari lorenzetti de barros em setembro 26, 2023, 7:46 pmExiste um dialogo entre os discursos literário e psicanalítico, o sujeito da linguagem é o sujeito do inconsciente. Freud tinha gosto pela literatura, tratava as relações entre literatura e psicanálise com conceitos da psicanálise, principalmente na formação do inconsciente, entendia que haveria um dialogo entre o artista e sua produção e o inconsciente. Para Freud aquilo que está no inconsciente e recalcado busca expressar-se, esta e a principal fonte da criação literária. Para ele quase todo do material que o escritor usa em sua produção literária está no inconsciente.
Existe um dialogo entre os discursos literário e psicanalítico, o sujeito da linguagem é o sujeito do inconsciente. Freud tinha gosto pela literatura, tratava as relações entre literatura e psicanálise com conceitos da psicanálise, principalmente na formação do inconsciente, entendia que haveria um dialogo entre o artista e sua produção e o inconsciente. Para Freud aquilo que está no inconsciente e recalcado busca expressar-se, esta e a principal fonte da criação literária. Para ele quase todo do material que o escritor usa em sua produção literária está no inconsciente.