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Formacao reativa do mecanismo de defesa

A formação reativa, enquanto mecanismo de defesa, manteria o conflito sem solução.
O sintoma, enquanto deslocamento, permitiu satisfação pulsional, trata-se de uma solução, de compromisso, uma solução em falso, pois agora não há conflito por odiar o pai, mas inibição, não poder sair à rua.
Houve deslocamento do objeto (do pai para o cavalo) e inversão da pulsão (de agredir para ser agredido).
Relacionando com o texto de Freud: “Inibições, Sintomas e angústia” (1926 [1925]) (Cap. V, parágrafo 3):
Os sintomas que fazem parte dessa neurose [obsessiva] se enquadram, em geral, em dois grupos, cada um tendo uma tendência oposta. São ou proibições, precauções e expiação — isto é, negativos quanto à natureza — ou são, ao contrário, satisfações substitutivas que amiúde aparecem em disfarce simbólico. O grupo defensivo, negativo dos sintomas é o mais antigo dos dois, mas à medida que a doença se prolonga, as satisfações, que zombam de todas as medidas defensivas, levam vantagem. A formação de sintomas assinala um triunfo se consegue combinar a proibição com a satisfação, de modo que o que era originalmente uma ordem defensiva ou proibição adquire também a significância de uma satisfação; a fim de alcançar essa finalidade muitas vezes faz uso das trilhas associativas mais engenhosas.

O processo de defesa abrange todos os processos que tenham a mesma finalidade — a saber, a proteção do ego contra as exigências pulsionais —, e para nele classificar a repressão como um caso especial. A importância dessa nomenclatura é realçada se considerarmos a possibilidade de que investigações ulteriores poderão revelar haver estreita ligação entre formas especiais de defesa e doenças específicas, como, por exemplo, entre repressão e histeria. Além disso, podemos antecipar a possível descoberta de ainda outra importante correlação. Pode muito bem acontecer que antes da sua acentuada clivagem em um ego e um id, e antes da formação de um superego, o aparelho mental faça uso de diferentes métodos de defesa dos quais ele se utilize após haver alcançado essas fases de organização. (Freud, 1926, Inibições, sintomas e angústia, adendos C).