Citação de Victor Teixeira em janeiro 10, 2025, 1:09 pm

Sigmund Freud desenvolveu a psicanálise como uma resposta às limitações das abordagens médicas e psicológicas de sua época no tratamento dos transtornos mentais. Seu método surgiu de uma combinação de observações clínicas e reflexões teóricas ao longo de sua carreira como médico. Freud buscava compreender os processos mentais que estavam por trás dos sintomas psíquicos e físicos apresentados por seus pacientes, e, em muitos casos, também por ele próprio.

No primeiro capítulo do curso, vimos que Freud introduziu o conceito do Inconsciente e descreveu as três instâncias que compõem o aparelho psíquico humano:

• Consciente: a parte da mente que contém os pensamentos, percepções e sentimentos dos quais estamos cientes em um dado momento. 
• Pré-consciente: formado por memórias, conhecimentos e pensamentos que não estão no foco da consciência, mas que podem ser acessados com facilidade quando necessário.
• Inconsciente: a camada mais profunda e inacessível da mente. É onde ficam armazenados desejos reprimidos, memórias traumáticas e impulsos primitivos que influenciam nosso comportamento, mesmo que não tenhamos consciência disso.

Para ilustrar essas três camadas, Freud usa a metáfora de um iceberg:

• O consciente é a ponta visível acima da água, representando o que acessamos facilmente.
• O pré-consciente é a parte logo abaixo da superfície, visível apenas com um "mergulho".
• O inconsciente é a maior parte submersa, invisível, mas que exerce uma poderosa influência sobre tudo que acontece na superfície.

Mais tarde, Freud ampliou sua teoria ao introduzir as estruturas do Id, Ego e Superego, que explicam como as forças internas da psique interagem:

• Id: a fonte dos desejos e instintos primitivos, movidos pelo princípio do prazer.
• Ego: o mediador racional, que tenta equilibrar as demandas do Id e do Superego com a realidade externa.
• Superego: a instância da consciência moral, que incorpora os valores e normas éticas da sociedade.

Freud descreve a sublimação como o processo de redirecionar a energia psíquica gerada pelos conflitos entre Id, Ego e Superego para atividades socialmente úteis, éticas, artísticas ou intelectuais. A sublimação é uma forma positiva de transformar impulsos inaceitáveis em contribuições valiosas para o indivíduo e para a sociedade.