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Para Freud, o nosso psiquismo não nasce pronto, ele precisa se constituir. O bebê humano não tem noção de seu corpo e, nesse primeiro momento, o seio da mãe pode representar tudo. Ele, em seu narcisismo primário, onde o outro é sua extensão, se alimenta do leite, do calor e do desejo da mãe. O humano só pode existir a partir do desejo de um outro (mãe ou cuidador).

Já o narcisismo secundário, que corresponde ao narcisismo do eu, ocorre em dois momentos; o investimento objetal e o retorno desse investimento para o ego. Quando o bebê já conseguediferenciar seu próprio corpo do mundo externo, ele identifica quais as suas necessidades e quem pode satisfazê-las, então concentra em um objeto suas pulsões parciais, geralmente na mãe.

Para Freud, para ocorrer o desenvolvimento do eu, é necessário distanciar-se do narcisismo primário. Se no narcisismo primário o outro era o si mesmo, a partir daí só é possível experimentar-se por meio do outro. E será através do complexo de castração que se opera o reconhecimento de uma incompletude que desperta o desejo de recuperar a perfeição narcísica.

Lacan aprofunda os processos essenciais da formação do eu, e chega a teoria do “estádio do espelho”. Assim demonstrando a existência de um corpo que não se reduz ao orgânico, e formalizou com o estádio do espelho, o que Freud havia antes chamado de corpo erógeno.

O humano recém-nascido ainda não é humano e está desamparado. Corpo fragmentado sem saber de si, o outro que o acolher será quem lhe reunirá e integrará as suas partes em um corpo psíquico único: o do sujeito no qual ele se transformará.