HISTÓRIA DA IGREJA
Citação de Aylton Batista de Oliveira em novembro 9, 2023, 4:42 pmCURSO: MESTRADO LIVRE EM TEOLOGIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA IGREJA
ALUNO: AYLTON BATISTA DE OLIVEIRA
FORUM AVALIATIVO
HISTÓRIA DA IGREJA
Primeiramente quero agradecer ao nosso mestre que preparou este material tão precioso. Conseguiu resumir em 110 páginas os principais eventos da história da igreja, quase dois mil anos de história da igreja. Um trabalho impecável.
Neste estudo aprendemos coisas muitos preciosas a respeito da História da Igreja Cristã. O Estudo apresenta seis períodos da História da Igreja:
PRIMEIRO - PERÍODO PENTECOSTAL - desde a Ascensão de Cristo, 30 d.C. até à Pregação de Estêvão, 35 d.C. - A igreja teve seu início na cidade de Jerusalém. A igreja de Cristo, teve seu início oficialmente, com a vinda do Espírito Santo, naquela manhã gloriosa, daquele dia que veio a ser chamado depois de: “Dia de Pentecoste”, enquanto os seguidores de Jesus, cento e vinte ao todo, estavam reunidos, orando, o Espírito Santo veio sobre eles de forma maravilhosa. Tão real foi aquela manifestação, que foram vistas descer do alto, como que línguas de fogo, as quais pousaram sobre a cabeça de cada um deles e ouviu-se um som impetuoso como de um forte vento, e todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas. O efeito desse acontecimento foi tríplice: a) Iluminou as mentes dos discípulos, dando-lhes um novo conceito do reino de Deus. b) Compreenderam que esse reino não era um império político, mas um reino espiritual, na pessoa de Jesus ressuscitado, que governava de modo invisível a todos aqueles que o aceitavam pela fé. c) Aquela manifestação revigorou a todos, repartindo com eles o fervor do Espírito, e o poder de expressão que fazia de cada testemunho um motivo de convicção naqueles que os ouviam. O Espírito Santo, desde então, veio para habitar permanentemente na igreja. A Teologia da igreja era simples - No início, a teologia ou crenças da igreja eram simples. A doutrina sistemática foi desenvolvida mais tarde por meio de Paulo. Entretanto, podemos encontrar nos sermões de Pedro três pontos doutrinários considerados essenciais. O primeiro ponto, era o caráter messiânico de Jesus, isto é, que Jesus de Nazaré era o Messias, o Cristo durante tanto tempo esperado por Israel, e que agora reinava no reino invisível do céu, e ao qual todos os membros da igreja deviam demonstrar lealdade pessoal, reverência e obediência. O segundo ponto – A doutrina essencial era a ressurreição de Jesus. Em outras palavras, que Jesus fora crucificado, ressuscitado dos mortos e agora estava vivo, como cabeça da igreja, para nunca mais morrer. O terceiro ponto – era a segunda vinda de Jesus, o mesmo Jesus que foi elevado ao céu, no tempo determinado voltaria à terra, para reinar com sua igreja. Apesar de Jesus haver declarado aos discípulos que nenhum homem nem anjo algum sabia quando se daria a sua vinda, era geral a expectação de que a vinda de Cristo poderia ocorrer a qualquer momento, naquela geração. A Igreja do Pentecostes era perfeita, mas, não tinha zelo missionário - De modo geral, a Igreja Pentecostal não tinha faltas, poderosa na fé e no testemunho, pura em seu caráter, e abundante no amor. Entretanto, apresentava uma falha muito grave que era falta de zelo missionário. Permaneceu em seu território, quando devia ter saído para outras terras e outros povos. Foi necessário o surgimento da severa perseguição, para que se decidisse a ir a outras nações a desempenhar sua missão mundial.
O primeiro Período Geral chamado pelo autor de Pentecostal, foi sub dividido em: 1) Expansão da Igreja - desde a Pregação de Estêvão, 35 a.D. Até ao Concílio de Jerusalém, 50 a.D. Entramos agora em uma época da história da igreja cristã, que, apesar de curta — apenas quinze anos — é de alta significação. Nessa época decidiu-se a importantíssima questão: se o Cristianismo devia continuar como uma obscura seita judaica, ou se devia transformar-se em igreja cujas portas permanecessem para sempre abertas a todo o mundo. Quando se iniciou este período, a proclamação do evangelho estava limitada a cidade de Jerusalém e circunvizinhança.
2) Período da Igreja entre os Gentios - Desde o Concílio de Jerusalém, 50 a.D. até ao Martírio de Paulo, 68 a.D. Por decisão do concílio realizado em Jerusalém, a igreja ficou com liberdade para iniciar uma obra de maior vulto, destinada a levar todas as pessoas, de todas as raças, e de todas as nações para o reino de Jesus Cristo. Supunha-se que os judeus, membros da igreja, continuassem observando a lei judaica, muito embora as regras fossem interpretadas de forma ampla por alguns dirigentes como Paulo. Contudo, os gentios podiam pertencer à igreja cristã mediante a fé em Cristo e uma vida reta, sem submeterem-se às exigências da lei. 3) A Era Sombria - Desde o Martírio de Paulo, 68 a.D. Até à Morte de João, 100 a.D. À última geração do primeiro século, a que vai do ano 68 a 100, chamamos de "Era Sombria", em razão de as trevas da perseguição estarem sobre a igreja, e também porque de todos os períodos da História é o que menos conhecemos. Para iluminar os acontecimentos desse período, já não temos a luz do livro dos Atos dos Apóstolos. Infelizmente, nenhum historiador da época preencheu o vácuo existente. Gostaríamos de ler a descrição dos fatos posteriores relacionados com os auxiliares de Paulo, principalmente de Tito, Timóteo e Apolo. Entretanto, estes e outros amigos de Paulo, após a morte do apóstolo, permanecem ausentes dos comentários e registros. Após o desaparecimento de Paulo, durante um período de cerca de cinquenta anos uma cortina pende sobre a igreja. Apesar do esforço que fazemos para olhar através da cortina, nada se observa. Um fato importante que ocorreu neste período foi a queda de Jerusalém no ano 70 que impôs grande transformação nas relações existentes entre cristãos e judeus. De todas as províncias dominadas pelo governo de Roma. Personagens importantes deste período foram os Apóstolos e Discípulos de Cristo, com destaque para Paulo, Pedro, João, Mateus, Estevão, o primeiro mártir, Marcos escritor do evangelho.
SEGUNDO - PERÍODO GERAL AS PERSEGUIÇÕES IMPERIAIS
Desde a morte de João, 100 a.D. Até ao Edito de Constantino, 313 a.D. - O fato de maior destaque na História da Igreja no segundo e terceiro séculos foi, sem dúvida, a perseguição ao Cristianismo pelos imperadores romanos. Apesar de a perseguição não haver sido contínua, contudo ela se repetia durante anos seguidos. Mesmo quando havia paz, a perseguição podia recomeçar a qualquer momento, cada vez mais violenta. A perseguição, no quarto século, durou até o ano 313, quando o Edito de Constantino, o primeiro imperador cristão, fez cessar todos os propósitos de destruir a igreja de Cristo. Surpreendente é o fato de se constatar que durante esse período, alguns dos melhores imperadores foram mais ativos na perseguição ao Cristianismo, ao passo que os considerados piores imperadores, eram brandos na oposição, ou então não perseguiam a igreja. A perseguição tinha como objetivo acabar com o cristianismo, uma instituição tão reta, tão obediente à lei e tão necessária. Durante este período de perseguição a igreja formou-se o Cânon do Novo Testamento, desenvolveu a Organização Eclesiástica e desenvolveu a Doutrina Cristã. Apesar de considerarmos as perseguições o fato mais importante da história da igreja, no segundo e terceiro séculos, contudo, a par desse acontecimento efetuaram-se grandes progressos no campo da organização e vida da comunidade cristã. Os escritos do Novo Testamento foram terminados no final do século. Entretanto, a formação do Novo Testamento com os livros que o compõem hoje, como cânon ou regra de fé com autoridade divina, não foi imediata. Nem todos os livros eram aceitos em todas as igrejas, como escritos inspirados. Alguns deles, especialmente Hebreus, Tiago, Segunda de Pedro e Apocalipse, eram aceitos no Oriente, porém durante muitos anos foram recusados no Ocidente. Por outro lado, alguns livros que hoje não são aceitos como canônicos, eram lidos no Oriente. Entre esses livros contam-se os seguintes: Epístola de Barnabé, Pastor de Hermas, Ensinos dos Doze Apóstolos e o Apocalipse de Pedro. Gradual e lentamente os livros do Novo Testamento, tal como hoje os usamos, conquistaram a proeminência de escrituras inspiradas, ao passo que os outros livros foram gradualmente postos de lado e rejeitados pelas igrejas. Os concílios que se realizavam de quando em quando, não escolheram os livros para formar o Cânon. Os concílios apenas ratificaram a escolha já feita pelas igrejas. Não é possível determinar se a data exata do reconhecimento completo do Novo Testamento, tal como o usamos atualmente, porém, sabe-se que não aconteceu antes do ano 300. Este período de perseguição produziu uma igreja purificada, manteve afastados os falsos crentes, ninguém se unia igreja para obter lucro ou fama, os fracos na fé e os de coração dobre abandonavam a igreja.
Neste período surgiram muitas Seitas e Heresias, paralelamente com o desenvolvimento da doutrina teológica, desenvolviam-se também as seitas. Quando a igreja em sua maioria se compunha de gregos, apareceram opiniões e teorias estranhas, de toda sorte, as quais se desenvolveram rapidamente na igreja. Os cristãos do segundo e terceiro séculos lutaram não só contra as perseguições do mundo pagão, mas também contra as heresias e doutrinas corrompidas, dentro do próprio rebanho.
Vamos considerar algumas das mais importantes seitas desse período. 1) Os Gnósticos - (do grego "gnosis", "sabedoria") não são fáceis de definir, por serem demasiado variadas suas doutrinas, que diferiam de lugar para lugar, nos diversos períodos. 2) Os Ebionitas - (palavra hebraica que significa "pobre") eram judeus-cristãos que insistiam na observância da lei e dos costumes judaicos. Rejeitaram as cartas do apóstolo Paulo, porque nessas epístolas Paulo reconhecia os gentios convertidos como cristãos. 3) Os Maniqueus - de origem persa, foram chamados por esse nome, em razão de seu fundador ter o nome de Mani, o qual foi morto no ano 276, por ordem do governo persa. O ensino dos maniqueus dava ênfase a este fato: "O universo compõe-se do reino das trevas e do reino da luz e ambos lutam pelo domínio da natureza e do próprio homem." Recusavam a Jesus, porém criam em um "Cristo celestial". Eram severos quanto à obediência ao ascetismo, e renunciavam ao casamento. 4) Montanistas – fundado por Montano, seus ensinos foram condenados pelos cristãos, porém, algumas doutrinas eram aceitas pelos cristãos também.
De modo geral, nessa época, o ensino da igreja estava unificado. Tratava-se de uma comunidade de muitos milhões de pessoas, espalhadas em muitos países, incluindo muitas raças e falando vários idiomas. Apesar de tudo isso, tinham a mesma fé. As várias seitas surgiram, floresceram e pouco a pouco desapareceram. As controvérsias revelaram a verdade e até mesmo alguns movimentos heréticos deixaram atrás de si algumas verdades que enriqueceram o conhecimento da igreja. Apesar da existência de seitas e cismas, o Cristianismo do império e dos países vizinhos estava unido na doutrina, nos costumes e no espírito. Era uma igreja inteiramente organizada. A igreja estava dividida em dioceses e se multiplicava, tornando-se a instituição mais poderoso do império. Personagens importantes deste período que se tornaram mártires do Cristianismo: Simeão ou Simão, o sucessor de Tiago, bispo da igreja em Jerusalém. Inácio, bispo de Antioquia da Síria. Ele estava disposto a ser martirizado, pois durante a viagem para Roma escreveu cartas às igrejas manifestando o desejo de não perder a honra de morrer por seu Senhor. Foi lançado às feras no anfiteatro romano, no ano 108 ou 110. Policarpo, bispo de Esmina, que foi martirizado na fogueira. Justino Mártir, era filósofo antes de se converter, e continuou ensinando depois de receber o Cristianismo. Era um dos homens mais competentes do seu tempo, e um dos principais defensores da fé. Ainda podemos citar: Leônidas, foi decapitado, em Alexandria, era pai do grande teólogo Orígenes. Perpétua, mulher da nobreza de Cartago e Felicitas, sua fiel escrava, foram despedaçadas pelas feras, no ano 203.
TERCEIRO PERÍODO GERAL A IGREJA IMPERIAL. Desde o Edito de Constantino, 313 d.C. até à Queda de Roma, 476 d.C. Neste período o fato mais notável, e também o mais influente, tanto para o bem como para o mal, foi a vitória do Cristianismo. No ano 305, quando Diocleciano abdicou o trono imperial, a religião cristã era terminantemente proibida, e aqueles que a professassem eram castigados com torturas e morte. Contra o Cristianismo estavam todos os poderes do Estado. Entretanto, menos de oitenta anos depois, em 380, o Cristianismo foi reconhecido como religião oficial do Império Romano, e um imperador cristão exercia autoridade suprema, cercado de uma corte formada de cristãos professos. Constantino assumiu o Império Romano, era favorável aos cristãos, em 313, promulgou o famoso Edito de Tolerância, que oficialmente terminou com as perseguições. Somente no ano 323 foi que Constantino alcançou o posto supremo de imperador, e o Cristianismo foi então favorecido. Logo após haver sido o Cristianismo elevado à condição de religião do Império Romano, uma nova capital foi escolhida, construída e estabelecida como sede da autoridade do Império, fato que deu motivo a grandes acontecimentos tanto para a igreja como para o Estado. O imperador Constantino compreendeu que a cidade de Roma estava intimamente ligada à adoração pagã, cheia templos e estátuas, e o povo inclinado à antiga forma de adoração; enfim, uma cidade dominada pelas tradições do paganismo. Além disso, a posição geográfica de Roma, em meio a imensas planícies, deixava-a exposta aos ataques dos inimigos. A capital do Império foi transferida pelo Imperador Constantino, que planejou a construção da grande cidade mundialmente conhecida durante muitos anos por Constantinopla, atualmente Istambul. Na nova capital, o imperador e o patriarca (esse foi o título que, posteriormente, recebeu o bispo de Constantinopla), viviam em harmonia. A igreja era honrada e considerada, porém eclipsada pela autoridade do trono. Em razão da presença e do poder do imperador e bem assim pela índole submissa e dócil do povo, a igreja, no Império Oriental tornou-se subserviente ao estado.
Logo depois da fundação da nova capital, deu-se a divisão do império. Império do Ocidente chamado de Latino e Império do Oriente, chamado de Grego. As fronteiras eram demasiado extensas e o perigo de invasão dos bárbaros era tão grande, que um imperador sozinho já não podia proteger seus vastos domínios. No ano de 395, Teodósio completou a separação. Desde o governo de Teodósio, o mundo romano foi dividido em Oriental e Ocidental, separados pelo Mar Adriático. O Império Oriental era denominado Grego, ao passo que o Ocidental era chamado Latino, em razão do idioma que prevalecia em cada um deles. A divisão do império foi um presságio da futura divisão da igreja. Um dos fatos mais notáveis da História foi a rápida transformação de um vasto império, de pagão que era, para cristão. Aparentemente, no início do quarto século, os antigos deuses estavam arraigados na reverência do mundo romano, porém, aos poucos os templos foram abandonados à própria ruína, ou então haviam sido transformados em templos cristãos. Os sacrifícios e as libações haviam cessado, e, oficialmente, o Império Romano era cristão. A cidade de Roma foi suplantada por Constantinopla em sua posição de capital política do mundo. Roma reivindicou o direito de ser a capital da igreja, o bispo de Roma, já se chamava papa, reclamava o trono de autoridade sobre todo o mundo cristão, e insistia em ser reconhecido como cabeça da igreja em toda a Europa ao oeste do Mar Adriático. A essa altura a demanda do papa pelo poder, tanto sobre a igreja como sobre o Estado, ainda não tinha as proporções que viria a alcançar mais tarde na Idade Média,
Os bispos que dirigiam igrejas em certas cidades eram chamados "metropolitanos" e mais tarde "patriarcas". O bispo de Roma tomou o título de "pai", que mais tarde foi modificado para papa. Havia frequentes e fortes disputas pelo poder e supremacia. Mais tarde essa disputa ficou somente entre o patriarca de Constantinopla e o papa de Roma, para saber-se qual dos dois seria chefe da igreja. Roma reclamava para si autoridade apostólica, por ter sido organizada por Pedro e por Paulo. Alguns Benefícios deste Período: 1) A igreja foi declarada religião oficial do império. 2) Fim das perseguições, por 200 anos a igreja sofreu duras e c=severa perseguições, depois de 313, com a assinatura do Edito de Constantino, até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, houve relativa paz na igreja. 3) Templos e Igrejas foram restaurados e construídos em toda parte, no período apostólico a igreja se reunia nas casas ou em salões alugados. 4. Templos pagãos foram transformados em templos cristãos. 5) O Império bancava os cultos pagãos, agora, com o crescimento do cristianismo as contribuições do estado passaram para os templos cristãos e para o clero. 6) O clero passou a ter privilégio do Estado. 7) O domingo foi reconhecido como o dia do descanso e do culto, a partir de 321, Constantino proibiu o funcionamento dos órgãos públicos aos domingos, exceto para libertar escravos. 8) O espírito da nova religião foi incutido em muitos decretos imperiais. 9) A condenação e morte por crucificação foi proibida. 10) ) infanticídio foi reprimido e declarado como crime. 11) O tratamento dado aos escravos tornou-se mais humana e aos poucos a escravidão foi abolida no império. 12) As lutas dos gladiadores, até a morte, foram proibidas em Constantinopla, embora continuassem a ser praticadas até 404, em outras cidade. Alguns Malefícios deste Período: 1) O reconhecimento do Cristianismo como religião oficial do império Romano, foi uma maldição para a igreja, pois, da noite para o dia todos foram declarados cristãos, todos queriam se membros da igreja, não era preciso se converter, nascer de novo. 2) Homens mundanos profanos, ambiciosos, sem escrúpulos assumiram postos de importância e exerceram influência social e política dentro da igreja no estado. 3) O nível espiritual e moral do Cristianismo decaiu muito em relação ao período da perseguição. 4) Os cultos de adoração cresceram muito em esplendor, mas, perderam muito em espiritualidade e sinceridade. 5) Os costumes e cerimônias do paganismo foram aos poucos sendo infiltrados nos cultos cristãos. 6) Festas pagãs foram adaptadas e aceitas na igreja com outros nomes. 7) Em 405 mais ou menos, as imagens dos santos e mártires começam a ser introduzidas nos templos como objetos de reverência e adoração. Exemplo: A adoração a Diana e a Vênus foi substituída pela adoração a Maria. 8) A Ceia do Senhor tornou-se sacrificial e não memorial da morte do Senhor Jesus. 9) O ancião passou de pregador a sacerdote. 10) A humildade e a santidade da igreja primitiva foram substituídas pela ambição e pelo orgulho e arrogância de seus líderes, o mundanismo entrou na igreja vencendo os discípulos do Senhor.
Durante este período surgiram Três Grandes Controvérsias, e para resolver as divergências doutrinarias se convocou os concílios: 1) TRINDADE - A primeira controvérsia foi sobre a doutrina da Trindade. 2) NATUREZA DE CRISTO – A segunda controvérsia foi sobre a Natureza de Cristo. 3) PECADO E SALVAÇÃO – A terceira controvérsia diz respeito ao Pecado e a Salvação.
Personagens importantes deste período: Ário, Atanásio, Ambrósio de Milão, João Crisóstomo, Jerônimo, Apolinário, Pelágio, Agostinho de Hipona, Antão. Simeão ou Simão da Coluna.
QUARTO PERÍODO GERAL A IGREJA MEDIEVAL. Desde a Queda de Roma, 476 d.C. Até à Queda de Constantinopla, 1453 d.C. – Este período durou quase 1000 anos. A Igreja Ocidental ou Latina com sede em Roma, continuava a ser a cidade imperial, sem o poder político, mas com o poder religioso. Neste período houve um grande crescimento do poder papal, o qual afirmava ser o “bispo universal” e chefe da igreja, e ainda mais o papa de Roma reivindicava, o governo sobre as nações acima dos poder dos reis e imperadores. Este período passou por três fases: 1) Crescimento Papal – teve inicio com Gregório I, o Grande e teve seu apogeu com Gregório VII, conhecido com Hildebrando. 2. Culminância – Nesta fase o papa exerceu poder absoluto e supremo na igreja e sobre as nações da Europa. Esta posição de elevado poder foi conquistada por Hildebrando, o Gregório VII, durante 20 anos de seu papado dominou com mão de ferro a igreja e as nações. Ainda o papa Inocêncio III foi outro papa de grande poder, provavelmente o mais poderoso em poder autocrático. 3. Decadência – A decadência do poder papal ocorreu com Bonifácio VIII, em 1303, neste período os papas eram eleitos pelos reis da França, e foi assim por 70 ano, conhecido como o período do “Cativeiro Babilônico”.
Por ordem do rei da França a sede do papado foi transferida de Roma para Avinhão, na França, e os papas passaram a ser controlados pelos reis franceses. Em 1377 o Papa Gregório XI retornou a sede do papado para Roma. Houve um período que havia quatro papas, o Concilio de Constança, em 1414, destituiu os quatro papas existentes e elegeu um novo papa. Islamismo - Neste período houve um grande crescimento do poder maometano, religião fundada por Maomé no sétimo século. O Islamismo dominou várias províncias do Império Bizantino, e a Igreja Oriental foi colocada sob um regime de servidão ao Império Maometano. Maomé fundador do Islamismo, nasceu em 570, na cidade de Meca, na Árabia, começou sua carreira como profeta e reformador aos 40 anos de idade. Maomé foi profeta e governador de toda a Arábia, morreu em 632. Base da Fé Maometana: 1) Há um só Deus, cujo nome é: “Alá”. 2) Há multidões de anjos bons e maus, são invisíveis e estão em contato com os homens. 3) Deus fez a sua revelação no Alcorão, o livro sagrado do Islamismo. 4) Deus enviou profetas inspirados aos homens, dentre eles se destacam: Adão, Moisés, Jesus e acima de todos eles Maomé. 5) Acreditam que no futuro haverá uma ressurreição final, o julgamento, o céu, o inferno para todos os homens. Os muçulmanos impuseram sua religião pela força das armas, ou aceitava o islã e pagar tributo ou a morte para quem resistisse. O vasto Império Muçulmano foi conquistado durante 100 anos, após a morte de Maomé. Durante este Período surgiu o Sacro Império Romano, ou Império Germânico.
No final do Século VIII, surgiu um dos mais notáveis Imperadores de todos os tempos, Carlos Magno, neto de Carlos Martelo. Carlos Magno foi rei do Francos, uma tribo germânica, constituiu-se a si mesmo rei de quase todos os países da Europa Ocidental. No 800 ao visitar Roma, foi coroado pelo Papa Leão III, como Carlos Augusto, Imperador Romano, e foi considerado como o sucessor de Cesar Augusto, de Constantino e dos antigos imperadores romanos. Entretanto, o Império de Carlos Magno teve vida curta, por causa da fraqueza e incapacidade de seus sucessores. A sucessão de imperadores cessou quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder em 1806.
As igreja Latina e Grega, já caminhavam separadas há muito tempo, mas, no ano 1054, houve a ruptura definitiva, quando o para de Roma enviou um decreto de excomunhão da igreja Grega, este decreto foi deixado no altar da igreja de Santa Sofia, em Constantinopla. Este decreto papal, fez com que o Patriarca da Igreja do Oriente retaliasse a Igreja de Roma, expedindo um decreto excomungando a Igreja de Roma e as igreja submissas ao papa. A partir desta data as Igreja s Latina e Grega se separaram e não mais caminharem juntas, até a data de hoje. As causas da separação das igrejas Latina e Grega hoje em dia são consideradas triviais, vamos ver algumas diferenças entras ambas, que gerou o cisma: 1) Procedência do Espirito Santo, os latino diziam que o Espírito Santo procedia do Pai e do Filho, os Gregos diziam que o Espírito Santo procedia do Pai. 2) Casamento do Sacerdotes, proibido no Ocidente, aprovado no Oriente. 3) Adoração às imagens praticado há mais de 1000 anos na igreja Latina e proibidas na Igreja Grega, onde não há estatuas, apenas quadros que são reverenciados. 4) A ostia na igreja Latina é pão sem fermento, na igreja do Oriente é usado pão comum. 5) A pratica do Jejum no sábado no Ocidente, mas, nunca foi praticado no Oriente. 6) Roma alegava que a sua igreja era dominante e que o papa como talo “bispo universal”. 7) A influência mais profunda que gerou a separação da igreja do Ocidente da igreja do Oriente foi a questão política, quando ocorreu a Separação de Constantinopla da Europa com a instituição do Sacro Império Romano, no ano de 800, com Carlos Magno colocado como Imperador.
Neste Período por volta do século XI, ocorreu o movimento das Cruzadas, que sob o patrocínio da igreja, exerciam grandes peregrinações até a Terra Santa com o propósito de retomar Jerusalém do poder dos muçulmanos.
Igreja Medieval desenvolveu a vida monástica, a arte e literatura medievais. A vida monástica começou no norte do Egito, na Europa o seu desenvolvimento foi mais lento. Houve um grande e rápido crescimento do número de monges e freiras. No oriente eram ascetas, viviam separados e isolados, em cavernas, cabanas ou coluna. No Ocidente viviam em comunidades isoladas. Com o crescimento foi preciso desenvolver alguma forma de organização e governo, assim foram criadas as ordens, vamos mencionar quatro grandes ordens: 1) Ordem do Beneditinos, foi fundada por São Bento, em 529 em Monte Cassino, Itália, torneu-se a maior ordem monástica da Europa. 2) Ordem do Cistercienses, foi fundada por São Roberto em 1098, na cidade de Citeaux, França. 3) Ordem dos Franciscanos – fundada em 1209 por São Francisco de Assis. 4) Ordem do Dominicanos – ordem espanhola fundada por São Domingos, em 1215. Além destas ordens havia ordens semelhantes para mulheres.
Alguns eventos importantes na história da igreja neste período foram: a Reforma Religiosa da igreja, a Queda de Constantinopla. Também ocorreram, paralelamente, alguns movimentos importantes, como segue: 1) Albingenses de cidade de Albi, no sul da França, em 1170, também conhecidos por Cátaros (Cathari = puritanos). 2) Valdenses, em 1170, líder Pedro Valdo, na cidade Lyon, França. 3) Lolardos, líder John Wyclif, nasceu em 1324, estudou em Oxford, alcançou o grau de doutor em Teologia. Traduziu o Novo Testamento e o Velho Testamento para o inglês, o primeiro terminado em 1380 e o segundo publicado em 1384, ano da sua morte, a tradução foi feita com ajuda de alguns amigos de fé. Wyclif foi um dos precursores da Reforma Cristã, seu legado, pregação e tradução da Bíblia prepararam o caminho para a Reforma. 4) Husselitas, de John Huss, nasceu em 1369, na Boêmia, foi um teólogo, pensador e precursor do protestantismo, era tcheco. Iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de Wyclif, pregou as mesmas doutrinas e defendia a separação do papado. Huss, foi reitor da Universidade de Praga, Por causa de suas ideias foi excomungado pelo papa, preso no Concilio de Constança, realizado em Baden, apesar do salvo conduto do rei Sigismundo, uma vez preso foi queimado vivo em 1415, morreu cantando um hino. As atividades e sua condenação e morte foram decisivas para a Reforma em sua terra natal. 5) Jerônimo de Savonarola, nasceu em 1452, em Florença, Itália, foi um monge dominicano chegando a ser prior do Mosteiro de São Marcos, foi um grande pregador que atrai multidões para ouvi-lo e obedecê-lo, foi excomungado pelo papa, preso, condenado e enforcado e depois teve seu corpo queimado na praça pública de Florença em 1498. Outros personagens importantes da Idade Média. 6. Anselmo, nasceu em 1033, em Piemonte, Itália, foi um monge no Mosteiro de Bec, na Normandia, onde se tornou abade em 1078. Foi nomeado bispo de Canterbury e primaz da igreja da Inglaterra em 1093, foi exilado, escreveu várias obras teólogicas e filosóficas, foi chamado de o “segundo Agostinho”, morreu em 1109. 7) Pedro Aberlado, nasceu em 1079 e morreu em 1142, foi um filósofo e teólogo, o mais ousado da Idade Média, foi o fundador da Faculdade de Paris. 8) Bernardo de Clairvaux (1090 a 1153), pertencia a uma família nobre da França, mas abandonou a sua fortuna e a sua nobreza . para entrar para o convento. Em 1115, fundou o Mosteiro de Clairvaux, da ordem dos Cistercienses, foi o primeiro abade do convento, que se espalhou para diversos países eram chamados de “Bernardinos”. 9) Tomas de Aquino, foi um filosofo e teólogo, da Ordem dos Dominicanos, foi a autoridade mais celebre e o maior pensador da Idade Média, foi chamado de “Doutor Universal” e “Principe da Escolástica”.
QUINTO PERÍODO GERAL. A IGREJA REFORMADA. Desde a Queda de Constantinopla, 1453 Até ao Fim da Guerra dos Trinta anos, 1648 – a Reforma Cristã teve seu início oficialmente em 31 de Outubro de 1517, com Martinho Lutero e resultou em cisma e criação de igreja nacionais, que se desvincularam da Igreja Romana. Fatos que motivaram a Reforma: 1) Renascença – foi um notável movimento literatura, nas artes e nas ciências. Os propósitos e métodos medievais foram substituídos por métodos mais modernos. Na Idade Média os pensadores e escritores pertenciam a Igreja, na Idade Moderna houve um afastamento da igreja e os interesses dos pensadores e intelectuais se voltaram para a literatura clássica, para o grego e o latim. Os estudiosos deste período não tinham vida religiosa, não eram monges e nem sacerdotes, eram leigos pensadores, especialmente na Itália, onde teve início a Renascença. 2) Impressa – A invenção da Impressa por Guttemberg, em 1455, trouxe grande avanço e agilidade na comunicação, e impressão de documentos. O primeiro livro impresso por Guttemberg foi a Bíblia. 3) Sentimento Nacionalista – Começou a surgir entre o povo um sentimento nacionalista, patriotismo e revolta contra a autoridade estrangeira sobre as igrejas nacionais, começaram a resistir a nomeação de bispos e abades pelo papa, não aceitavam a contribuição do “Óbolo de São Pedro”, que era uma oferta em dinheiro para o sustento do papa e construção de templos suntuosos em Roma. Houve uma reação para diminuir o poder dos Concílios. Este sentimento nacionalista foi a base para a Reforma que crescia em toda Europa. A Reforma Cristã começou com muita força na Alemanha, na Saxônia, sob a direção de Martinho Lutero.
Princípios Fundamentais da Reforma: 1) A verdadeira religião esta firmada nas Escrituras (Sola Scriptura), única regra de fé e prática, não se aceitava qualquer doutrina que não fosse ensinada na Bíblia. 2) A religião deve ser racional e inteligente, contra os credos irracionais e incompreensíveis da religião romana. 3) A religião é pessoal, é um relacionamento entre o adorador e Deus, contra o sistema romano que o crente precisava passar pelo sacerdote seguindo o modelo judaico. 4) O Adorador confessa seus pecados diretamente a Deus, sem precisar da
Intermediação do sacerdote ou dos “santos”. 5) Cada cristão é capaz de ler e interpretar as Escrituras, no regime romano somente os Concílios e as leis da igreja podia interpreta-la. 5) Os Reformadores removeram todos os dogmas usando somente a Bíblia como regra. 6) O Adorador pode dirigir-se diretamente a Deus pela oração, pois é Deus quem outorga o perdão e a graça, assim, a adoração, a oração, o perdão são individuais. 6) O Culto Protestante era realizado na língua nacional, enquanto o culto católico era em latim, incompreensível ao povo.
Consequências da Reforma: 1) Criação da Igreja Nacional - com a criação das igrejas nacionais, o papado foi perdendo força e não tem mais autoridade sobre todas as nações. 2) Onde o protestantismo prosperava surgia uma igreja nacional independente da igreja de Roma. 3) Acesso às Escrituras Sagradas de todo o povo.
Personagens importantes deste período:
- Matinho Lutero, foi o fundador da Reforma Cristã, nasceu em Eisleben, em 1483. Estudou em Erfut, tornou-se monge da Ordem do Agostinianos, em 1511. Início seu trabalho de reformador discordando e condenando a venda de indulgências, por João Tetzel, enviado do papa Leão X, Lutero escreveu e afixou na porta da Catedral de Wittenberg a declaração das 95 Teses e convidou o povo para discutir o assunto. O documento era chamado de “O Protesto” e contestava a venda de indulgências e atacava a autoridade papal. Lutero rejeitava as doutrinas que não tivessem base nas Escrituras. Após longas controvérsias as 95 teses foram publicadas e rapidamente correu por toda a Alemanha e alguns países da Europa. Lutero foi excomungado pelo papa Leão X, em Junho de 1520, que ordenou a sua prisão, porém, o príncipe Frederico III da Saxônia o protegeu e apoiou as suas ideias reformadoras. Lutero depois de sua exclusão da igreja romana chamou de “Bula Execrável do Anticristo”, e no dia 10 de Dezembro de 1520, Lutero queimou a Bula em uma reunião pública à porte de Wittenberg, diante dos professores, alunos e do povo alemã, junto com a Bula queimou também cópias do cânones ou leis da igreja romana, marcando assim o seu completo rompimento com a Igreja Católica Romana. Lutero foi notificado a comparecer no Concílio Supremo do Reno, realizado em Worms, neste conclave foi instado a renegar seus escritos e suas teses e se retratar diante dos bispos, porém, Lutero recusou a retratar-se, mas, o Imperador Carlos o deixou ir em liberdade e em paz. Em 1529, houve uma desavença entre católicos e luteranos e a partir desta data os seguidores de Lutero passaram a ser chamados de Protestantes. 2. Ulrico Zwínglio - Da Alemanha a Reforma se espalhou por toda a Europa, porém, na Itália e Espanha, por ser países católicos o movimento da Reforma foi sufocado com violência. Na Suíça a reforma se desenvolveu independentemente da Alemanha, sob a liderança de, que em 1522, rompeu definitivamente com a igreja de Roma, a reforma foi formalmente estabelecida em Zurique. Zwínglio veio a faleceu em uma guerra entre católicos e protestantes. 3. João Calvino, nasceu em Noyo, França em 1509, morreu em Genebra, Suíça, em 27 de Maio de 1564. Calvino foi o maior teólogo da igreja, depois de Agostinho de Hipona. Em 1528, aceitou os princípios da Reforma e foi expulso de Paris. Em 1536, na cidade de Basiléia publicou a sua principal obra: “Instituições da Religião Cristã”, esta obra se tornou a base da doutrina cristã reformada, e foi usada por todas as igrejas protestantes. 4. William Tyndale, Foi um dos principais líderes da reforma na Inglaterra foi, que fez a primeira tradução do Novo Testamento, diretamente do grego para o inglês. Tyndale foi martirizado na Antuerpia, Bélgica em 1536. 5. Tomás Cranmer, arcebispo da Cantuária, foi outro importante líder da Reforma Protestante, na Inglaterra, entretanto, no reinado de Maria I, que era uma católica fanática, Cranmer precisou retratar-se para salvar sua vida, mas, mesmo assim foi condena à morte na fogueira, desta forma ele revogou a sua retratação e morreu protestante. 6. Henrique VIII, favoreceu a reforma, mas também prejudicou, separou-se da Igreja de Roma, porque o papa não autorizou o seu divórcio da rainha Catarina de Aragão, para se casar com Ana Bolena. Henrique VIII fundou a igreja católica inglesa e constitui-se a si mesmo como chefe da mesma, quem não concordava com suas ideias era condenado a morte, tanto católicos como protestantes. 7. John Knox, escocês, nasceu em 1559, assumiu a reforma em seu país, com ideias radicais e inflexíveis, era um homem determinado e de grande energia. Knox fez desaparecer os vestígios da antiga religião, estabeleceu a Igreja Presbiteriana que se tornou a igreja oficial da Escócia. 8. Erasmo de Roterdã – 1466, foi um dos grandes eruditos da Renascença e da Reforma, educado em um mosteiro e ordenado em 1492. Viveu na França, Inglaterra, Suiça e Itália. Foi um crítico ferrenho da Igreja Católica Romana, escreveu “Elogio da Loucura”. Nunca se uniu ao Movimento da Reforma, e fazia críticas severas à Reforma, Morreu em 1536. 9. Inácio de Loyola, nasceu em 1491 ou 1495, de família nobre, até os 26 anos Loyola foi um soldado, porém, após grave ferimento que quase o levou a morte dedicou ao serviço religioso, entrando para a igreja. Foi uma personagem notável entre os católicos, fundou a Companhia dos Jesuítas em 1534. Loyola morreu em Roma em 31 de Julho de 1556, foi canonizado em 1622. 10. Francisco Xavier, nasceu em 1506, em Navarra, na Espanha, foi um do primeiro membros da Ordem dos Jesuítas e teve a seu encargo o Departamento de Missões Estrangeiras. Foi missionário na Índia, Ceilão, Japão e outros países do oriente. Foi para a China, mas logo no inicio do seu trabalho entre os chineses veio a falecer em 1552, com apenas 46 anos de idade. Em seu pouco tempo de vida e ministério converteu milhares de pagãos ao cristianismo católico.
Contra Reforma – a Igreja Católica Romana, numa reação à Reforma, numa tentativa de recuperar o espaço perdido e combater a fé protestante e também enviar missões para países estrangeiros, procurou fazer uma Reforma dentro da própria igreja católica, através do Concílio de Trento, no ano de 1545, convocada pelo Papa Paulo III, tinha como objetivo investigar os motivos com resultaram no cisma e acabar com os abusos que resultaram na Reforma. Este concílio durou quase 20 anos, de 1543 a 1563, durante a gestão de quatro papas, a esperança da igreja romana era que a separação dos protestantes terminasse e a igreja voltaria a se unir, fato que ainda não ocorreu até o dia de hoje. Ordem do Jesuítas, durante este período foi fundada a Ordem do Jesuítas em 1534, por Inácio de Loyola. Esta ordem exerceu grande influência na Contra-Reforma. Era uma ordem monástica de severa disciplina e lealdade a igreja e à ordem, grande devoção e esforço de arrebanhar prosélitos, com um forte trabalho evangelístico e missionário. O principal objetivo era combater os protestantes.
Perseguição – Houve grande perseguição contra os reformadores, que por sua vez também perseguiram e mataram católicos por motivos políticos e religiosos.
SEXTO PERÍODO GERAL - A IGREJA MODERNA. O Movimento Puritano. O Avivamento Wesleyano. O movimento Racionalista. O Movimento Anglo-católico.
Depois da Reforma Cristã surgiram três grupos diferentes na Inglaterra. 1) Os Romanistas, que defendiam reatar com a igreja romana. 2) Os Anglicanos. Que estavam conformados com as reformas de Henrique VIII e da rainha Elisabete. 3) Os Protestantes, por volta do ano 1654, que ficaram conhecidos como puritanos, desejavam uma igreja semelhante à de Genebra e da Escócia, opunham-se aos Anglicanos, o que ocasionou a prisão e o exílio de muitos líderes. Os puritanos estavam, subdivididos em: Radicais, que eram favoráveis a reforma presbiteriana, e os Independentes ou Congregacionais que defendiam a independência de cada grupo. Observação: Apesar destas diferenças continuavam ligados à igreja da Inglaterra.
Neste período, por ordem do Parlamento, formou-se um Concilio de Ministros, em 1643, e foi escrito um importante documento chamado de a Confissão de Westminster, o concílio escreveu também dois catecismos que foram usados por muitos anos pelos presbiterianos e congregacionais. Durante o governo de Oliver Cromwell (1653 a 1658), triunfou as doutrinas dos congregacionais. No governo de Carlos II os anglicanos retomaram o poder perseguindo os puritanos, sendo chamados de “não conformistas”. Após a Revolução de 1688, os puritanos foram considerados como dissidentes da igreja da Inglaterra e conquistaram o direito de se organizarem como igreja. Do Movimento dos Puritanos surgiram três igrejas: Presbiterianos, Congregacionais e Batistas.
Nesta mesma época do Avivamento Wesleyano surgiu na Inglaterra e Alemanha um Movimento chamado:
“Os Racionalistas”, que consideravam que tudo tinha que passar pelo crivo da “razão”, inclusive a Bíblia, desacreditavam os relatos bíblicos dos milagres, e que Jesus não passava de um ser humano comum e não divino. O racionalismo cresceu assustadoramente e alcançou seu apogeu com a publicação do livro: “A Vida de Jesus” de Frederico Strauss, que tentou provar que os relatos bíblicos eram mitos e lendas, este livros foi traduzido para o inglês e alcançou grande circulação na Inglaterra e Estados Unidos. Reação aos Racionalistas: Três importantes líderes reagiram contra os racionalistas no Século XIX: 1) Schliermacher (1769 a 1834), o maior teólogo do Século XIX, 2) August Neander (1789 a 1850), teólogo alemão e historiador da igreja, foi professor de teologia na Universidade de Berlim. 3) August Tholuck, (1790 a 1877), foi um teólogo e líder religioso protestante alemão.
O Racionalismo despertou uma forte reação dos teólogos e interpretes da Bíblia que entraram em defesa da fé cristã e da verdade Bíblica. Assim ampliaram os estudos e pesquisas da Bíblia e fortaleceram as doutrinas do Cristianismo.
Movimento Anglo-Católico, foi um movimento que surgiu na Inglaterra em 1875, na Universidade de Oxford, ficou conhecido também como “Movimento de Oxford”, foram publicados 90 tratados de vários escritores defendendo suas ideias, o objetivo era separar a igreja da Inglaterra do protestantismo e restaurar as práticas da igreja dos séculos primitivos e desacreditar a Reforma e promover o Anglo Catolicismo. Este movimento foi marcado como início pelos seus líderes no ano de 1827, com a publicação do livro: “Ano do Cristão”, de John Keble, que inspirador do movimento, mas, o seu líder principal foi João Henrique Newman, o qual escreveu muitos dos “Tratados de Atualidade”. Outro defensor importante foi: Eduardo B. Pusey, dai os inimigos do movimento chama-lo também de Movimento Puseysta. O Movimento de Oxford foi apoiado por milhares de clérigos e leigos da Inglaterra. O Movimento Anglo-Católico foi denunciado como romanista. Em 1845, seu principal dirigente João Henrique Newman, deixou a igreja Anglicana e ingressou na igreja Católica Romana.
O Moderno Movimento Missionário.
Durante um período de mil anos, desde os dias apostólicos, o Cristianismo foi uma instituição ativa na obra missionária. Nos primeiros quatro séculos de sua história, a igreja converteu o império romano ao Cristianismo. Missionários foram enviados para evangelizar os bárbaros, e os conquistaram para o cristianismo antes deles conquistarem o império Ocidental. Depois do século dez, a igreja e o Estado, o papa e o imperador lutavam pelo domínio supremo, de modo que o espírito missionário diminuiu muito, embora não tenha desaparecido inteiramente. A Reforma estava interessada no propósito de purificar e reorganizar a igreja, antes de expandi-la. Já demonstramos que no último período da Reforma, o primeiro movimento para cristianizar o mundo pagão não foi realizado por protestantes, mas sim pelos católicos romanos, sob a orientação de Francisco Xavier.
A partir 1732, os Irmãos Moravianos iniciaram um movimento missionário entre os pagãos, enviaram Hans Egede à Groenlância e logo após evangelizaram os indígenas da América do Norte e os pretos das Índias Ocidentais e países do Oriente. Com um pequeno número de membros a igreja Moraviana enviou e sustentou proporcionalmente mais missionários em toda a história da igreja.
Personagens Importantes deste Período: 1) William Carey, foi um dos fundadores das Missões Modernas na Inglaterra, quando ele e um grupo de jovens pastores fundaram a Sociedade Batista de Londres, em 1792. Carey era um sapateiro, autodidata, em 1789 foi ordenado ministro da Igreja Batista, enfrentou grande oposição mesmo dentro de sua denominação, mas, insistiu que deveriam enviar missionários para o mundo pagão. Carey pregou um sermão em 1792 com dois títulos: 1) “Empreendei Grandes Coisas para Deus” e “Esperai Grandes Coisas de Deus”, este sermão motivou a criação da primeira agência missionária dos tempos modernos. E ele mesmo, Carey, foi o primeiro missionário enviado pela nova Sociedade Missionário. Carey foi enviado para a Índia. Apesar de não ter recebido educação formal me sua juventude, Carey foi um dos homens mais eruditos de todos os tempos, no que diz respeito ao domínio das línguas orientais, como o sânscrito e outras, suas gramáticas e dicionários são usados até hoje. De 1800 a 1830, foi professor de literatura oriental no Colégio de Fort William, em Calcutá. William Caey é considerado o Pai da Missões Modernas.
2) João Wesley, era o dirigente e estadista do Movimente, foi um dos líderes do avivamento inglês, chamado de “Avivamento Wesleyano”. Aos 35 anos, John ainda era um clérigo anglicano, quando encontrou a verdadeira fé em Cristo, através dos Irmãos Moravianos, um grupo dissidente da igreja Luterana. Em 1739, Wesley começou a pregar o “Testemunho do Espírito Santo”, como uma experiência pessoal interior, arrebatando um grande multidão, Os seguidores de Wealey começaram a ser chamados de “Metodistas”, houve uma grande avivamento e quando Wesley faleceu já eram milhares. Hoje na América do Norte somam 11 milhões de membros. 3) Carlos Wesley, era o poeta e compositor de hinos. 4) Jorge Whitefield, homem cheio do Espírito Santo, era um pregador poderoso que alcançava o coração de milhares de pessoas na Inglaterra e no Estados Unidos da América. 5) Ricardo Hooper (1554 a 1600) foi o autor de importante obra: “As Leis do Governo Eclesiástico”, que influenciou na constituição da igreja inglesa. 6) Tomás Cartwright, defendia que as Escrituras contém, não somente a regra de fé e doutrina, mas também a forma de governo da igreja, defendia a tese de a igreja devia ter um governo presbiteriano, em seu sistema, que a igreja devia ser totalmente separada do Estado e ter autoridade acima dele. 7) Jonathan Edwards (1703 a 1758), é considerado o principal americano em domínio da metafísica e em teologia. Foi o maior teólogo do século XVIII, era um homem piedoso e fervoroso, com ardor intenso, lógico em seu pensamento e defensor de uma vida espiritual sincera. Edwards deu início ao Grande Despertamento americano do século XVIII, um avivamento que se espalhou por todas as colônias americanas. Em 1750, Jonathan Edwards foi expulso da igreja por não aceitar como membro da igreja pessoas que não tivessem passado pela experiência de conversão. Foi missionário por 8 anos entres os índios e neste período escreveu sua monumental obra: “A Vontade Livre”, que passou a ser o livro texto do Calvinismo, na Nova Inglaterra. 8) João Henrique Newman (1801 a 1890), foi um escrito com grande habilidade e estilo lúcido, clareza de ideias, fervoroso na pregação. Foi o dirigente principal do Movimento Anglo-Católico do século XIX, que foi iniciado por Keble, mas, quem dirigiu verdadeiramente foi Newman
Missões na América
Na América do Norte o movimento missionário começou no Colégio Willians, na famosa reunião de oração, em Massachusetts, no ano de 1811. Como fruto desta reunião de Oração fundaram a Junta Americana de Comissionados para Missões Estrangeiras, que a princípio era interdenominacional, depois cada denominação foi criando as sua própria Agência Missionária e a Junta Americana ficou com a Igreja Congregacional.
Atualmente o evangelho já alcançou todos os países da terra, agora falta alcançarmos as nações que existem dentro dos países, como Exemplo o Brasil falta alcançarmos muitos povos indígenas.
As Igrejas nos Estados Unidos da América – Hoje há cerca de 265 organizações religiosas e mais de 325 mil igrejas, que reúnem um total de mais ou menos 125 milhões de membros. Abaixo segue algumas denominações de igrejas nos Estados Unidos:
1) Igreja Católica Romana, foi a primeira a chegar no Novo Mundo, por causa da colonização dos espanhóis e portugueses, tanto na América do Norte, Central e Sul, os católicos foram os pioneiros. Na segunda viagem de Colombo, em 1494, ele trouxe 12 sacerdotes católicos para converter os nativos.
2) Igreja da Inglaterra (Episcopal), Foi a primeira denominação protestantes a desembarcar na América do Norte. Em 1579, realizou um culto sob a direção de Sir Francis Drake, na California. Em 1607, organizou-se a primeira igreja inglesa na América, em Jamestown, na Virgínia e em outras colônias do Sul. A igreja inglesa na América, Adotou o nome de Igreja Protestante Episcopal, cresceu rapidamente chegando nos dias de hoje a 3,5 milhões de membros.
3) Igreja Cristã Congregacional - O sistema congregacional progrediu rapidamente nos Estados Unidos, excetuando-se o sul do país. Em 1931 a igreja Congregacional e a igreja Cristã (Convenção Geral) uniram-se para formar a igreja Cristã Congregacional, com cerca de dois milhões de membros.
4) Igreja Reformada - Nova Iorque, foi ocupada pelos holandeses como um centro comercial em 1614. No princípio a colônia foi chamada Novos Países-Baixos e a cidade chamava-se Nova Amsterdã. A primeira igreja ali organizada data de 1628, com o nome de Igreja Protestante Reformada Holandesa, e durante a ocupação holandesa era a igreja oficial da colônia.
- Igreja Batista – Foi organizada em 1644, a Primeira Igreja Batista em Rhode Island, por Roger Williams, e apartir deste início os batistas se espalharam por toda a América, teve um crescimento vertiginoso, se tornado a maior denominação evangélica da América com cerca de 20 milhões de membros. Os batistas tem alguns princípios distintivos: 1) O batismo é para aquele que crê, quem confessa sua fé em Jesus Cristo, por isso o batismo infantil foi abolido. 2) A única forma Bíblica De batismo é por imersão e não por aspersão ou afusão. 3) O governo batista é congregacional. 4) Cada igreja batista local é independente e auto governável.
6) Quacres – Igreja fundada por Jorge Fox, em 1647, na Inglaterra. É uma denominação de disciplina rígida, proibem o casamento misto, são contra a escravidão, recusam o uso de armas e são contrários a guerra. Ele tem cerca de 70 mil membros.
- Luteranos – Há doze grupos Luteranos no Estados Unidos, todos adotam a Confissão de Augsburg, a doutrina de Lutero, da justificação pela fé, creem que o batismo e a Ceia do Senhor não são apenas símbolos, mas, meios de se alcançar a graça divina. Existem cerca de 9,5 milhões de membros nas igrejas Luteranas da América.
8) Presbiterianos – A Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos teve duas origens, a primeira a veio da Escócia, Reformada por John Knox, em 1560, igreja oficial da Escócia de onde migrou para a Irlanda. A Segunda Igreja Presbiteriana na América é do ramo puritano inglês. Nos Estados Unidos os escoceses, irlandeses e inglês começaram em Snow Hill, Maryland, em 1648, com o Reverendo Francis Makemie, da Irlanda e mais seis ministros. Em 1706 formaram um Presbitério. Em 1716, com o crescimento do número de Igrejas, organizou-se o Primeiro Sínodo , com 4 Presbitérios e 17 Igrejas. Quando em 1775 estourou a guerra da Independência o Sínodo tinha 17 Presbitérios e 170 ministros. Depois da guerra, a igreja cresceu de tal forma que foi preciso convocar uma Assembleia Geral, na Filadélfia e já tinham 4 Sínodos. Atualmente há vários grupos presbiterianos e cerca de 4,5 milhões de membros. Todos adotam a doutrina Calvinista, expostos na Confissão de Westminster e nos Catecismo maior e menor. A igreja local é governada pelo Conselho de Presbisteros e pelo Pastor.
- Metodistas – Desde 1766, a Igreja Metodista foi implantada nos Estados Unidos, por dois dos pregadores wesleyanos, irlandeses. Eram: Felipe Embury, que foi para Nova Yorque, e Robert Strawbridge, que foi para Frederick County, Maryland. A igreja cresceu a tal ponto que em 1769, John Wesley enviou dois missionários para inspecionar a obra e cooperarem em sua extensão, eram eles: Richard Broadman e Thomas Pilmoor, Outros sete obreiros foram enviados da Inglaterra, destaque para Francisco Asbury. Em 1939, a Igreja Metodista tinha 11 milhões de membros, houve um decréscimo e hoje contam com 7 milhões de membros.
- Igreja do Irmãos Unidos em Cristo – Foi a primeira igreja da linha Protestante a se estabelecer na América, começou em Maryland, Pensilvânia, com Filipe Guilherme Otterbein, alemão de Dillemburg e Martin Boehn, que era menonita, pregavam em alemão, estabeleceram igreja para os alemães. Em 1946 houve a união da Igreja dos Irmãos Unidos coma Igreja Evangélica. As duas igreja juntas tem cerca de 700 mil membros.
- Igreja Cristã ou Discípulos de Cristo, uma igreja totalmente americana em sua origem. Em 1804, depois de um grande despertamento religioso em Tennessee, Kentucky, o Reverendo Barton W. Store, deixou a Igreja Presbiteriana e organizou uma igreja em Cane Ridge, Kentucky. Não escreveram nenhuma Declaração de Fé e prática, pois, para ele a única regra de fé e prática era a Bíblia, e o único nome: Cristã. O Reverendo Alexander Campbell, ministro presbiteriano da Irlando, adotou e batismo por imersão e formou uma Igreja Batista, porém, logo começou a chamar seus seguidores de “Discípulos de Cristo”. Tanto Stone como Campbell organizaram muitas igrejas e em 1832 uniram suas igrejas e conservou os dois nomes: Discípulos e Cristãos. Aceitam o VT e NT, porém, adotam somente o Novo Testamento como regra de fé e prática, sem nenhuma declaração de fé, adotam o batismo por imersão mediante remissão dos pecados, não batizam crianças. São congregacionais no sistema, cada igreja é autônoma no seu governo. Hoje contam com cerca de 2 milhões de membros.
- Igreja Unitárias da Inglaterra e da América do Norte – Negam a divindade de Cristo e consideram o Espírito Santo com uma influência e não como uma pessoa, não acreditam na Trindade, por isso são chamados de Unitarianos. Opõem-se a doutrina calvinista da predestinação, aceitam a doutrina Metodista do Livre Arbítrio. A Bíblia não é considerada como autoridade de fé e prática, mas, uma coleção literária. Hoje contam com 167 mil membros no Estados Unidos.
- Igreja da Ciência Cristã – fundada pela Sra. Maria Baker Eddy, em 1879, organizou uma sociedade em igreja, em Boston, sendo ela mesma a pastora. A Sra. Maria Eddy, morreu em 1910, não deixando sucessores, mas, deixou como legados para os seus seguidores um livro de ensinos da sua religião chamado: “Ciência e Religião”, são unitários e hereges.
Evangelização de Outros Países:
Após a apresentação do desenvolvimento eclesiástico no Estados Unidos, o autor relata o crescimento da igreja no Canadá, na América Latina, a criação das primeiras Juntas Missionárias: Entre os anos de 1860 e 1864, teve início na Cidade do México, um movimentos formados por pessoas que repudiavam as doutrinas estranhas praticadas pela igreja de Roma, e organizou-se vários núcleos de caráter nacional, pessoas que aceitavam somente as doutrinas bíblicas. Nesses núcleos havia também padres convertidos. Em 1864, Tiago Kickey, organizou uma igreja Batista em Monterrey, México, iniciando assim a evangelização deste país. Em 1870 foi formada a Junta Americana de Missões Domésticas e em 1872 a Junta Congregacional Americana, que enviaram os primeiros missionários para a cidade de Guadalajara, México. A Igreja Metodista enviou missionário para o México em 1873. A Igreja Presbiteriana entrou no México, em 1872. A autor discorre rapidamente a entrada do evangelho em outros países da América Central e do Sul.
Evangelho no Brasil
- Simonton, que chegou ao Rio de Janeiro em 1859, foi o primeiro missionário presbiteriano a iniciar a pregação em português. Algum tempo depois o pastor A.O. Blackford também estava integrado no trabalho presbiteriano no Brasil. A evangelização do Brasil começou com J.S. Newman e John J. Ransom, foram os pioneiros do trabalho Metodista. Depois em 1881, os missionários batistas William B. Bagby e sua esposa Ana Bagby, e Zacarias Taylor e sua esposa Katherine S.C. Taylor, iniciaram a Primeira Igreja Batista do Brasil, em Salvador, Bahia, voltada para evangelização de brasileiros, pois, antes disto havia uma Igreja Batista, em Santa Barbara, São Paulo, que fora criada por uma colônia de imigrantes americanos.
Assembleia de Deus nos Estados Unidos
A seguir o autor passa a elaborar sobre a origem e o desenvolvimento Igreja Assembleia de Deus e do Movimento Pentecostal nos Estados Unidos da América. O Concílio Geral das Assembleias de Deus na América do Norte surgiu como resultado do movimento religioso que teve origem no início do século XX, e se espalhou com rapidez, por todo o mundo. Em virtude da frieza das igrejas estabelecidas e uma intensa sede espiritual, em razão da qual se efetuaram reuniões de oração entre grupos de crentes de várias denominações, foi uma das características que se evidenciaram nas igrejas, no fim do século passado. Como resultado das atividades desses grupos de crentes houve um derramamento do Espírito Santo, produzindo avivamentos em vários lugares nos Estados Unidos e na Europa. Caracterizavam-se esses avivamentos por um intenso fervor de evangelização e um profundo espírito de oração. Da mesma forma dava-se ênfase aos dons espirituais e à sua operação, inclusive cura divina, e falar em outras línguas, como sinal da recepção do batismo do Espírito Santo. (Atos 2:4.). A Assembleia de Deus, surgiu como resultado da busca por um avivamento de um grupo de crente em Topeka, Kansas, em 1901, alguns grupos deste avivamento se espalharam pelo Kansas e Oklahoma chegando ao Texas. Foi assim que se formou a denominação Assembleia de Deus americana, que mais tarde se reuniram em um Concilio Geral
Assembleia de Deus no Brasil e em Portugal
Depois o autor nos apresentou um relato do começo e o desenvolvimento das Assembleias de Deus no Brasil e em Portugal. De 1910 até os dias atuais A maior igreja pentecostal de todos os tempos foi fundada a 18 de junho de 1911 na cidade brasileira de Belém, capital do estado do Pará. Toda a sua história está marcada por fatos sobrenaturais, e acontecimentos que evidenciavam a presença do Espírito Santo, o que a coloca como fiel e digna sucessora da igreja a nascida no Dia do Pentecoste. Os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, este ex-pastor da Swedish Baptis Church, (Igreja Batista Sueca), de Menominee, Michigan, EUA, foram os apóstolos tomados por Deus para o lançamento das primeiras sementes: Em 5 de novembro de 1910, os dois suecos deixavam Nova Iorque, a bordo do navio "Clement e chegaram a Belém do Pará em 19 de novembro. Alojados no porão da Igreja Batista, na rua Balby, 406, permaneciam muitas horas em orações, suas vidas no altar de Deus. E, logo que começaram a falar o português, iniciaram trabalho evangelístico, enquanto doutrinavam a respeito do batismo com o Espírito Santo. Organizavam, a 18 de junho de 1911, na residência de Henrique Albuquerque, no bairro da Cidade Velha, Belém, a primeira igreja no mundo a adotar a denominação de Assembleia de Deus. De Belém a Assembleia de Deus expandiu para todo o território brasileiro e se tornou a maior denominação evangélica do Brasil, com cerca de 22 milhões de membros.
Em 1932, teve início da Assembleia de Deus em Portugal, sob a liderança de Jack Hardstadt, atualmente, em Portugal, a igreja conta com cerca de 30 mil membros, 300 congregações, 60 pastores e evangelistas de tempo integral.
Na parte final do trabalho o autor se concentrou em relatar a origem e desenvolvimento da Assembleia de Deus nos Estados Unidos e no Brasil e Portugal.
Sou um apreciador da história, tanto História Geral, como História da Igreja, assim, fui muito abençoado por este trabalho, sobrevoando panoramicamente a história da igreja desde a igreja primitiva do livro de Atos até os dias atuais, e ainda passando por pontos importantes da História Geral.
Pr. Aylton Batista de Oliveira
CURSO: MESTRADO LIVRE EM TEOLOGIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA IGREJA
ALUNO: AYLTON BATISTA DE OLIVEIRA
FORUM AVALIATIVO
HISTÓRIA DA IGREJA
Primeiramente quero agradecer ao nosso mestre que preparou este material tão precioso. Conseguiu resumir em 110 páginas os principais eventos da história da igreja, quase dois mil anos de história da igreja. Um trabalho impecável.
Neste estudo aprendemos coisas muitos preciosas a respeito da História da Igreja Cristã. O Estudo apresenta seis períodos da História da Igreja:
PRIMEIRO - PERÍODO PENTECOSTAL - desde a Ascensão de Cristo, 30 d.C. até à Pregação de Estêvão, 35 d.C. - A igreja teve seu início na cidade de Jerusalém. A igreja de Cristo, teve seu início oficialmente, com a vinda do Espírito Santo, naquela manhã gloriosa, daquele dia que veio a ser chamado depois de: “Dia de Pentecoste”, enquanto os seguidores de Jesus, cento e vinte ao todo, estavam reunidos, orando, o Espírito Santo veio sobre eles de forma maravilhosa. Tão real foi aquela manifestação, que foram vistas descer do alto, como que línguas de fogo, as quais pousaram sobre a cabeça de cada um deles e ouviu-se um som impetuoso como de um forte vento, e todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas. O efeito desse acontecimento foi tríplice: a) Iluminou as mentes dos discípulos, dando-lhes um novo conceito do reino de Deus. b) Compreenderam que esse reino não era um império político, mas um reino espiritual, na pessoa de Jesus ressuscitado, que governava de modo invisível a todos aqueles que o aceitavam pela fé. c) Aquela manifestação revigorou a todos, repartindo com eles o fervor do Espírito, e o poder de expressão que fazia de cada testemunho um motivo de convicção naqueles que os ouviam. O Espírito Santo, desde então, veio para habitar permanentemente na igreja. A Teologia da igreja era simples - No início, a teologia ou crenças da igreja eram simples. A doutrina sistemática foi desenvolvida mais tarde por meio de Paulo. Entretanto, podemos encontrar nos sermões de Pedro três pontos doutrinários considerados essenciais. O primeiro ponto, era o caráter messiânico de Jesus, isto é, que Jesus de Nazaré era o Messias, o Cristo durante tanto tempo esperado por Israel, e que agora reinava no reino invisível do céu, e ao qual todos os membros da igreja deviam demonstrar lealdade pessoal, reverência e obediência. O segundo ponto – A doutrina essencial era a ressurreição de Jesus. Em outras palavras, que Jesus fora crucificado, ressuscitado dos mortos e agora estava vivo, como cabeça da igreja, para nunca mais morrer. O terceiro ponto – era a segunda vinda de Jesus, o mesmo Jesus que foi elevado ao céu, no tempo determinado voltaria à terra, para reinar com sua igreja. Apesar de Jesus haver declarado aos discípulos que nenhum homem nem anjo algum sabia quando se daria a sua vinda, era geral a expectação de que a vinda de Cristo poderia ocorrer a qualquer momento, naquela geração. A Igreja do Pentecostes era perfeita, mas, não tinha zelo missionário - De modo geral, a Igreja Pentecostal não tinha faltas, poderosa na fé e no testemunho, pura em seu caráter, e abundante no amor. Entretanto, apresentava uma falha muito grave que era falta de zelo missionário. Permaneceu em seu território, quando devia ter saído para outras terras e outros povos. Foi necessário o surgimento da severa perseguição, para que se decidisse a ir a outras nações a desempenhar sua missão mundial.
O primeiro Período Geral chamado pelo autor de Pentecostal, foi sub dividido em: 1) Expansão da Igreja - desde a Pregação de Estêvão, 35 a.D. Até ao Concílio de Jerusalém, 50 a.D. Entramos agora em uma época da história da igreja cristã, que, apesar de curta — apenas quinze anos — é de alta significação. Nessa época decidiu-se a importantíssima questão: se o Cristianismo devia continuar como uma obscura seita judaica, ou se devia transformar-se em igreja cujas portas permanecessem para sempre abertas a todo o mundo. Quando se iniciou este período, a proclamação do evangelho estava limitada a cidade de Jerusalém e circunvizinhança.
2) Período da Igreja entre os Gentios - Desde o Concílio de Jerusalém, 50 a.D. até ao Martírio de Paulo, 68 a.D. Por decisão do concílio realizado em Jerusalém, a igreja ficou com liberdade para iniciar uma obra de maior vulto, destinada a levar todas as pessoas, de todas as raças, e de todas as nações para o reino de Jesus Cristo. Supunha-se que os judeus, membros da igreja, continuassem observando a lei judaica, muito embora as regras fossem interpretadas de forma ampla por alguns dirigentes como Paulo. Contudo, os gentios podiam pertencer à igreja cristã mediante a fé em Cristo e uma vida reta, sem submeterem-se às exigências da lei. 3) A Era Sombria - Desde o Martírio de Paulo, 68 a.D. Até à Morte de João, 100 a.D. À última geração do primeiro século, a que vai do ano 68 a 100, chamamos de "Era Sombria", em razão de as trevas da perseguição estarem sobre a igreja, e também porque de todos os períodos da História é o que menos conhecemos. Para iluminar os acontecimentos desse período, já não temos a luz do livro dos Atos dos Apóstolos. Infelizmente, nenhum historiador da época preencheu o vácuo existente. Gostaríamos de ler a descrição dos fatos posteriores relacionados com os auxiliares de Paulo, principalmente de Tito, Timóteo e Apolo. Entretanto, estes e outros amigos de Paulo, após a morte do apóstolo, permanecem ausentes dos comentários e registros. Após o desaparecimento de Paulo, durante um período de cerca de cinquenta anos uma cortina pende sobre a igreja. Apesar do esforço que fazemos para olhar através da cortina, nada se observa. Um fato importante que ocorreu neste período foi a queda de Jerusalém no ano 70 que impôs grande transformação nas relações existentes entre cristãos e judeus. De todas as províncias dominadas pelo governo de Roma. Personagens importantes deste período foram os Apóstolos e Discípulos de Cristo, com destaque para Paulo, Pedro, João, Mateus, Estevão, o primeiro mártir, Marcos escritor do evangelho.
SEGUNDO - PERÍODO GERAL AS PERSEGUIÇÕES IMPERIAIS
Desde a morte de João, 100 a.D. Até ao Edito de Constantino, 313 a.D. - O fato de maior destaque na História da Igreja no segundo e terceiro séculos foi, sem dúvida, a perseguição ao Cristianismo pelos imperadores romanos. Apesar de a perseguição não haver sido contínua, contudo ela se repetia durante anos seguidos. Mesmo quando havia paz, a perseguição podia recomeçar a qualquer momento, cada vez mais violenta. A perseguição, no quarto século, durou até o ano 313, quando o Edito de Constantino, o primeiro imperador cristão, fez cessar todos os propósitos de destruir a igreja de Cristo. Surpreendente é o fato de se constatar que durante esse período, alguns dos melhores imperadores foram mais ativos na perseguição ao Cristianismo, ao passo que os considerados piores imperadores, eram brandos na oposição, ou então não perseguiam a igreja. A perseguição tinha como objetivo acabar com o cristianismo, uma instituição tão reta, tão obediente à lei e tão necessária. Durante este período de perseguição a igreja formou-se o Cânon do Novo Testamento, desenvolveu a Organização Eclesiástica e desenvolveu a Doutrina Cristã. Apesar de considerarmos as perseguições o fato mais importante da história da igreja, no segundo e terceiro séculos, contudo, a par desse acontecimento efetuaram-se grandes progressos no campo da organização e vida da comunidade cristã. Os escritos do Novo Testamento foram terminados no final do século. Entretanto, a formação do Novo Testamento com os livros que o compõem hoje, como cânon ou regra de fé com autoridade divina, não foi imediata. Nem todos os livros eram aceitos em todas as igrejas, como escritos inspirados. Alguns deles, especialmente Hebreus, Tiago, Segunda de Pedro e Apocalipse, eram aceitos no Oriente, porém durante muitos anos foram recusados no Ocidente. Por outro lado, alguns livros que hoje não são aceitos como canônicos, eram lidos no Oriente. Entre esses livros contam-se os seguintes: Epístola de Barnabé, Pastor de Hermas, Ensinos dos Doze Apóstolos e o Apocalipse de Pedro. Gradual e lentamente os livros do Novo Testamento, tal como hoje os usamos, conquistaram a proeminência de escrituras inspiradas, ao passo que os outros livros foram gradualmente postos de lado e rejeitados pelas igrejas. Os concílios que se realizavam de quando em quando, não escolheram os livros para formar o Cânon. Os concílios apenas ratificaram a escolha já feita pelas igrejas. Não é possível determinar se a data exata do reconhecimento completo do Novo Testamento, tal como o usamos atualmente, porém, sabe-se que não aconteceu antes do ano 300. Este período de perseguição produziu uma igreja purificada, manteve afastados os falsos crentes, ninguém se unia igreja para obter lucro ou fama, os fracos na fé e os de coração dobre abandonavam a igreja.
Neste período surgiram muitas Seitas e Heresias, paralelamente com o desenvolvimento da doutrina teológica, desenvolviam-se também as seitas. Quando a igreja em sua maioria se compunha de gregos, apareceram opiniões e teorias estranhas, de toda sorte, as quais se desenvolveram rapidamente na igreja. Os cristãos do segundo e terceiro séculos lutaram não só contra as perseguições do mundo pagão, mas também contra as heresias e doutrinas corrompidas, dentro do próprio rebanho.
Vamos considerar algumas das mais importantes seitas desse período. 1) Os Gnósticos - (do grego "gnosis", "sabedoria") não são fáceis de definir, por serem demasiado variadas suas doutrinas, que diferiam de lugar para lugar, nos diversos períodos. 2) Os Ebionitas - (palavra hebraica que significa "pobre") eram judeus-cristãos que insistiam na observância da lei e dos costumes judaicos. Rejeitaram as cartas do apóstolo Paulo, porque nessas epístolas Paulo reconhecia os gentios convertidos como cristãos. 3) Os Maniqueus - de origem persa, foram chamados por esse nome, em razão de seu fundador ter o nome de Mani, o qual foi morto no ano 276, por ordem do governo persa. O ensino dos maniqueus dava ênfase a este fato: "O universo compõe-se do reino das trevas e do reino da luz e ambos lutam pelo domínio da natureza e do próprio homem." Recusavam a Jesus, porém criam em um "Cristo celestial". Eram severos quanto à obediência ao ascetismo, e renunciavam ao casamento. 4) Montanistas – fundado por Montano, seus ensinos foram condenados pelos cristãos, porém, algumas doutrinas eram aceitas pelos cristãos também.
De modo geral, nessa época, o ensino da igreja estava unificado. Tratava-se de uma comunidade de muitos milhões de pessoas, espalhadas em muitos países, incluindo muitas raças e falando vários idiomas. Apesar de tudo isso, tinham a mesma fé. As várias seitas surgiram, floresceram e pouco a pouco desapareceram. As controvérsias revelaram a verdade e até mesmo alguns movimentos heréticos deixaram atrás de si algumas verdades que enriqueceram o conhecimento da igreja. Apesar da existência de seitas e cismas, o Cristianismo do império e dos países vizinhos estava unido na doutrina, nos costumes e no espírito. Era uma igreja inteiramente organizada. A igreja estava dividida em dioceses e se multiplicava, tornando-se a instituição mais poderoso do império. Personagens importantes deste período que se tornaram mártires do Cristianismo: Simeão ou Simão, o sucessor de Tiago, bispo da igreja em Jerusalém. Inácio, bispo de Antioquia da Síria. Ele estava disposto a ser martirizado, pois durante a viagem para Roma escreveu cartas às igrejas manifestando o desejo de não perder a honra de morrer por seu Senhor. Foi lançado às feras no anfiteatro romano, no ano 108 ou 110. Policarpo, bispo de Esmina, que foi martirizado na fogueira. Justino Mártir, era filósofo antes de se converter, e continuou ensinando depois de receber o Cristianismo. Era um dos homens mais competentes do seu tempo, e um dos principais defensores da fé. Ainda podemos citar: Leônidas, foi decapitado, em Alexandria, era pai do grande teólogo Orígenes. Perpétua, mulher da nobreza de Cartago e Felicitas, sua fiel escrava, foram despedaçadas pelas feras, no ano 203.
TERCEIRO PERÍODO GERAL A IGREJA IMPERIAL. Desde o Edito de Constantino, 313 d.C. até à Queda de Roma, 476 d.C. Neste período o fato mais notável, e também o mais influente, tanto para o bem como para o mal, foi a vitória do Cristianismo. No ano 305, quando Diocleciano abdicou o trono imperial, a religião cristã era terminantemente proibida, e aqueles que a professassem eram castigados com torturas e morte. Contra o Cristianismo estavam todos os poderes do Estado. Entretanto, menos de oitenta anos depois, em 380, o Cristianismo foi reconhecido como religião oficial do Império Romano, e um imperador cristão exercia autoridade suprema, cercado de uma corte formada de cristãos professos. Constantino assumiu o Império Romano, era favorável aos cristãos, em 313, promulgou o famoso Edito de Tolerância, que oficialmente terminou com as perseguições. Somente no ano 323 foi que Constantino alcançou o posto supremo de imperador, e o Cristianismo foi então favorecido. Logo após haver sido o Cristianismo elevado à condição de religião do Império Romano, uma nova capital foi escolhida, construída e estabelecida como sede da autoridade do Império, fato que deu motivo a grandes acontecimentos tanto para a igreja como para o Estado. O imperador Constantino compreendeu que a cidade de Roma estava intimamente ligada à adoração pagã, cheia templos e estátuas, e o povo inclinado à antiga forma de adoração; enfim, uma cidade dominada pelas tradições do paganismo. Além disso, a posição geográfica de Roma, em meio a imensas planícies, deixava-a exposta aos ataques dos inimigos. A capital do Império foi transferida pelo Imperador Constantino, que planejou a construção da grande cidade mundialmente conhecida durante muitos anos por Constantinopla, atualmente Istambul. Na nova capital, o imperador e o patriarca (esse foi o título que, posteriormente, recebeu o bispo de Constantinopla), viviam em harmonia. A igreja era honrada e considerada, porém eclipsada pela autoridade do trono. Em razão da presença e do poder do imperador e bem assim pela índole submissa e dócil do povo, a igreja, no Império Oriental tornou-se subserviente ao estado.
Logo depois da fundação da nova capital, deu-se a divisão do império. Império do Ocidente chamado de Latino e Império do Oriente, chamado de Grego. As fronteiras eram demasiado extensas e o perigo de invasão dos bárbaros era tão grande, que um imperador sozinho já não podia proteger seus vastos domínios. No ano de 395, Teodósio completou a separação. Desde o governo de Teodósio, o mundo romano foi dividido em Oriental e Ocidental, separados pelo Mar Adriático. O Império Oriental era denominado Grego, ao passo que o Ocidental era chamado Latino, em razão do idioma que prevalecia em cada um deles. A divisão do império foi um presságio da futura divisão da igreja. Um dos fatos mais notáveis da História foi a rápida transformação de um vasto império, de pagão que era, para cristão. Aparentemente, no início do quarto século, os antigos deuses estavam arraigados na reverência do mundo romano, porém, aos poucos os templos foram abandonados à própria ruína, ou então haviam sido transformados em templos cristãos. Os sacrifícios e as libações haviam cessado, e, oficialmente, o Império Romano era cristão. A cidade de Roma foi suplantada por Constantinopla em sua posição de capital política do mundo. Roma reivindicou o direito de ser a capital da igreja, o bispo de Roma, já se chamava papa, reclamava o trono de autoridade sobre todo o mundo cristão, e insistia em ser reconhecido como cabeça da igreja em toda a Europa ao oeste do Mar Adriático. A essa altura a demanda do papa pelo poder, tanto sobre a igreja como sobre o Estado, ainda não tinha as proporções que viria a alcançar mais tarde na Idade Média,
Os bispos que dirigiam igrejas em certas cidades eram chamados "metropolitanos" e mais tarde "patriarcas". O bispo de Roma tomou o título de "pai", que mais tarde foi modificado para papa. Havia frequentes e fortes disputas pelo poder e supremacia. Mais tarde essa disputa ficou somente entre o patriarca de Constantinopla e o papa de Roma, para saber-se qual dos dois seria chefe da igreja. Roma reclamava para si autoridade apostólica, por ter sido organizada por Pedro e por Paulo. Alguns Benefícios deste Período: 1) A igreja foi declarada religião oficial do império. 2) Fim das perseguições, por 200 anos a igreja sofreu duras e c=severa perseguições, depois de 313, com a assinatura do Edito de Constantino, até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, houve relativa paz na igreja. 3) Templos e Igrejas foram restaurados e construídos em toda parte, no período apostólico a igreja se reunia nas casas ou em salões alugados. 4. Templos pagãos foram transformados em templos cristãos. 5) O Império bancava os cultos pagãos, agora, com o crescimento do cristianismo as contribuições do estado passaram para os templos cristãos e para o clero. 6) O clero passou a ter privilégio do Estado. 7) O domingo foi reconhecido como o dia do descanso e do culto, a partir de 321, Constantino proibiu o funcionamento dos órgãos públicos aos domingos, exceto para libertar escravos. 8) O espírito da nova religião foi incutido em muitos decretos imperiais. 9) A condenação e morte por crucificação foi proibida. 10) ) infanticídio foi reprimido e declarado como crime. 11) O tratamento dado aos escravos tornou-se mais humana e aos poucos a escravidão foi abolida no império. 12) As lutas dos gladiadores, até a morte, foram proibidas em Constantinopla, embora continuassem a ser praticadas até 404, em outras cidade. Alguns Malefícios deste Período: 1) O reconhecimento do Cristianismo como religião oficial do império Romano, foi uma maldição para a igreja, pois, da noite para o dia todos foram declarados cristãos, todos queriam se membros da igreja, não era preciso se converter, nascer de novo. 2) Homens mundanos profanos, ambiciosos, sem escrúpulos assumiram postos de importância e exerceram influência social e política dentro da igreja no estado. 3) O nível espiritual e moral do Cristianismo decaiu muito em relação ao período da perseguição. 4) Os cultos de adoração cresceram muito em esplendor, mas, perderam muito em espiritualidade e sinceridade. 5) Os costumes e cerimônias do paganismo foram aos poucos sendo infiltrados nos cultos cristãos. 6) Festas pagãs foram adaptadas e aceitas na igreja com outros nomes. 7) Em 405 mais ou menos, as imagens dos santos e mártires começam a ser introduzidas nos templos como objetos de reverência e adoração. Exemplo: A adoração a Diana e a Vênus foi substituída pela adoração a Maria. 8) A Ceia do Senhor tornou-se sacrificial e não memorial da morte do Senhor Jesus. 9) O ancião passou de pregador a sacerdote. 10) A humildade e a santidade da igreja primitiva foram substituídas pela ambição e pelo orgulho e arrogância de seus líderes, o mundanismo entrou na igreja vencendo os discípulos do Senhor.
Durante este período surgiram Três Grandes Controvérsias, e para resolver as divergências doutrinarias se convocou os concílios: 1) TRINDADE - A primeira controvérsia foi sobre a doutrina da Trindade. 2) NATUREZA DE CRISTO – A segunda controvérsia foi sobre a Natureza de Cristo. 3) PECADO E SALVAÇÃO – A terceira controvérsia diz respeito ao Pecado e a Salvação.
Personagens importantes deste período: Ário, Atanásio, Ambrósio de Milão, João Crisóstomo, Jerônimo, Apolinário, Pelágio, Agostinho de Hipona, Antão. Simeão ou Simão da Coluna.
QUARTO PERÍODO GERAL A IGREJA MEDIEVAL. Desde a Queda de Roma, 476 d.C. Até à Queda de Constantinopla, 1453 d.C. – Este período durou quase 1000 anos. A Igreja Ocidental ou Latina com sede em Roma, continuava a ser a cidade imperial, sem o poder político, mas com o poder religioso. Neste período houve um grande crescimento do poder papal, o qual afirmava ser o “bispo universal” e chefe da igreja, e ainda mais o papa de Roma reivindicava, o governo sobre as nações acima dos poder dos reis e imperadores. Este período passou por três fases: 1) Crescimento Papal – teve inicio com Gregório I, o Grande e teve seu apogeu com Gregório VII, conhecido com Hildebrando. 2. Culminância – Nesta fase o papa exerceu poder absoluto e supremo na igreja e sobre as nações da Europa. Esta posição de elevado poder foi conquistada por Hildebrando, o Gregório VII, durante 20 anos de seu papado dominou com mão de ferro a igreja e as nações. Ainda o papa Inocêncio III foi outro papa de grande poder, provavelmente o mais poderoso em poder autocrático. 3. Decadência – A decadência do poder papal ocorreu com Bonifácio VIII, em 1303, neste período os papas eram eleitos pelos reis da França, e foi assim por 70 ano, conhecido como o período do “Cativeiro Babilônico”.
Por ordem do rei da França a sede do papado foi transferida de Roma para Avinhão, na França, e os papas passaram a ser controlados pelos reis franceses. Em 1377 o Papa Gregório XI retornou a sede do papado para Roma. Houve um período que havia quatro papas, o Concilio de Constança, em 1414, destituiu os quatro papas existentes e elegeu um novo papa. Islamismo - Neste período houve um grande crescimento do poder maometano, religião fundada por Maomé no sétimo século. O Islamismo dominou várias províncias do Império Bizantino, e a Igreja Oriental foi colocada sob um regime de servidão ao Império Maometano. Maomé fundador do Islamismo, nasceu em 570, na cidade de Meca, na Árabia, começou sua carreira como profeta e reformador aos 40 anos de idade. Maomé foi profeta e governador de toda a Arábia, morreu em 632. Base da Fé Maometana: 1) Há um só Deus, cujo nome é: “Alá”. 2) Há multidões de anjos bons e maus, são invisíveis e estão em contato com os homens. 3) Deus fez a sua revelação no Alcorão, o livro sagrado do Islamismo. 4) Deus enviou profetas inspirados aos homens, dentre eles se destacam: Adão, Moisés, Jesus e acima de todos eles Maomé. 5) Acreditam que no futuro haverá uma ressurreição final, o julgamento, o céu, o inferno para todos os homens. Os muçulmanos impuseram sua religião pela força das armas, ou aceitava o islã e pagar tributo ou a morte para quem resistisse. O vasto Império Muçulmano foi conquistado durante 100 anos, após a morte de Maomé. Durante este Período surgiu o Sacro Império Romano, ou Império Germânico.
No final do Século VIII, surgiu um dos mais notáveis Imperadores de todos os tempos, Carlos Magno, neto de Carlos Martelo. Carlos Magno foi rei do Francos, uma tribo germânica, constituiu-se a si mesmo rei de quase todos os países da Europa Ocidental. No 800 ao visitar Roma, foi coroado pelo Papa Leão III, como Carlos Augusto, Imperador Romano, e foi considerado como o sucessor de Cesar Augusto, de Constantino e dos antigos imperadores romanos. Entretanto, o Império de Carlos Magno teve vida curta, por causa da fraqueza e incapacidade de seus sucessores. A sucessão de imperadores cessou quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder em 1806.
As igreja Latina e Grega, já caminhavam separadas há muito tempo, mas, no ano 1054, houve a ruptura definitiva, quando o para de Roma enviou um decreto de excomunhão da igreja Grega, este decreto foi deixado no altar da igreja de Santa Sofia, em Constantinopla. Este decreto papal, fez com que o Patriarca da Igreja do Oriente retaliasse a Igreja de Roma, expedindo um decreto excomungando a Igreja de Roma e as igreja submissas ao papa. A partir desta data as Igreja s Latina e Grega se separaram e não mais caminharem juntas, até a data de hoje. As causas da separação das igrejas Latina e Grega hoje em dia são consideradas triviais, vamos ver algumas diferenças entras ambas, que gerou o cisma: 1) Procedência do Espirito Santo, os latino diziam que o Espírito Santo procedia do Pai e do Filho, os Gregos diziam que o Espírito Santo procedia do Pai. 2) Casamento do Sacerdotes, proibido no Ocidente, aprovado no Oriente. 3) Adoração às imagens praticado há mais de 1000 anos na igreja Latina e proibidas na Igreja Grega, onde não há estatuas, apenas quadros que são reverenciados. 4) A ostia na igreja Latina é pão sem fermento, na igreja do Oriente é usado pão comum. 5) A pratica do Jejum no sábado no Ocidente, mas, nunca foi praticado no Oriente. 6) Roma alegava que a sua igreja era dominante e que o papa como talo “bispo universal”. 7) A influência mais profunda que gerou a separação da igreja do Ocidente da igreja do Oriente foi a questão política, quando ocorreu a Separação de Constantinopla da Europa com a instituição do Sacro Império Romano, no ano de 800, com Carlos Magno colocado como Imperador.
Neste Período por volta do século XI, ocorreu o movimento das Cruzadas, que sob o patrocínio da igreja, exerciam grandes peregrinações até a Terra Santa com o propósito de retomar Jerusalém do poder dos muçulmanos.
Igreja Medieval desenvolveu a vida monástica, a arte e literatura medievais. A vida monástica começou no norte do Egito, na Europa o seu desenvolvimento foi mais lento. Houve um grande e rápido crescimento do número de monges e freiras. No oriente eram ascetas, viviam separados e isolados, em cavernas, cabanas ou coluna. No Ocidente viviam em comunidades isoladas. Com o crescimento foi preciso desenvolver alguma forma de organização e governo, assim foram criadas as ordens, vamos mencionar quatro grandes ordens: 1) Ordem do Beneditinos, foi fundada por São Bento, em 529 em Monte Cassino, Itália, torneu-se a maior ordem monástica da Europa. 2) Ordem do Cistercienses, foi fundada por São Roberto em 1098, na cidade de Citeaux, França. 3) Ordem dos Franciscanos – fundada em 1209 por São Francisco de Assis. 4) Ordem do Dominicanos – ordem espanhola fundada por São Domingos, em 1215. Além destas ordens havia ordens semelhantes para mulheres.
Alguns eventos importantes na história da igreja neste período foram: a Reforma Religiosa da igreja, a Queda de Constantinopla. Também ocorreram, paralelamente, alguns movimentos importantes, como segue: 1) Albingenses de cidade de Albi, no sul da França, em 1170, também conhecidos por Cátaros (Cathari = puritanos). 2) Valdenses, em 1170, líder Pedro Valdo, na cidade Lyon, França. 3) Lolardos, líder John Wyclif, nasceu em 1324, estudou em Oxford, alcançou o grau de doutor em Teologia. Traduziu o Novo Testamento e o Velho Testamento para o inglês, o primeiro terminado em 1380 e o segundo publicado em 1384, ano da sua morte, a tradução foi feita com ajuda de alguns amigos de fé. Wyclif foi um dos precursores da Reforma Cristã, seu legado, pregação e tradução da Bíblia prepararam o caminho para a Reforma. 4) Husselitas, de John Huss, nasceu em 1369, na Boêmia, foi um teólogo, pensador e precursor do protestantismo, era tcheco. Iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de Wyclif, pregou as mesmas doutrinas e defendia a separação do papado. Huss, foi reitor da Universidade de Praga, Por causa de suas ideias foi excomungado pelo papa, preso no Concilio de Constança, realizado em Baden, apesar do salvo conduto do rei Sigismundo, uma vez preso foi queimado vivo em 1415, morreu cantando um hino. As atividades e sua condenação e morte foram decisivas para a Reforma em sua terra natal. 5) Jerônimo de Savonarola, nasceu em 1452, em Florença, Itália, foi um monge dominicano chegando a ser prior do Mosteiro de São Marcos, foi um grande pregador que atrai multidões para ouvi-lo e obedecê-lo, foi excomungado pelo papa, preso, condenado e enforcado e depois teve seu corpo queimado na praça pública de Florença em 1498. Outros personagens importantes da Idade Média. 6. Anselmo, nasceu em 1033, em Piemonte, Itália, foi um monge no Mosteiro de Bec, na Normandia, onde se tornou abade em 1078. Foi nomeado bispo de Canterbury e primaz da igreja da Inglaterra em 1093, foi exilado, escreveu várias obras teólogicas e filosóficas, foi chamado de o “segundo Agostinho”, morreu em 1109. 7) Pedro Aberlado, nasceu em 1079 e morreu em 1142, foi um filósofo e teólogo, o mais ousado da Idade Média, foi o fundador da Faculdade de Paris. 8) Bernardo de Clairvaux (1090 a 1153), pertencia a uma família nobre da França, mas abandonou a sua fortuna e a sua nobreza . para entrar para o convento. Em 1115, fundou o Mosteiro de Clairvaux, da ordem dos Cistercienses, foi o primeiro abade do convento, que se espalhou para diversos países eram chamados de “Bernardinos”. 9) Tomas de Aquino, foi um filosofo e teólogo, da Ordem dos Dominicanos, foi a autoridade mais celebre e o maior pensador da Idade Média, foi chamado de “Doutor Universal” e “Principe da Escolástica”.
QUINTO PERÍODO GERAL. A IGREJA REFORMADA. Desde a Queda de Constantinopla, 1453 Até ao Fim da Guerra dos Trinta anos, 1648 – a Reforma Cristã teve seu início oficialmente em 31 de Outubro de 1517, com Martinho Lutero e resultou em cisma e criação de igreja nacionais, que se desvincularam da Igreja Romana. Fatos que motivaram a Reforma: 1) Renascença – foi um notável movimento literatura, nas artes e nas ciências. Os propósitos e métodos medievais foram substituídos por métodos mais modernos. Na Idade Média os pensadores e escritores pertenciam a Igreja, na Idade Moderna houve um afastamento da igreja e os interesses dos pensadores e intelectuais se voltaram para a literatura clássica, para o grego e o latim. Os estudiosos deste período não tinham vida religiosa, não eram monges e nem sacerdotes, eram leigos pensadores, especialmente na Itália, onde teve início a Renascença. 2) Impressa – A invenção da Impressa por Guttemberg, em 1455, trouxe grande avanço e agilidade na comunicação, e impressão de documentos. O primeiro livro impresso por Guttemberg foi a Bíblia. 3) Sentimento Nacionalista – Começou a surgir entre o povo um sentimento nacionalista, patriotismo e revolta contra a autoridade estrangeira sobre as igrejas nacionais, começaram a resistir a nomeação de bispos e abades pelo papa, não aceitavam a contribuição do “Óbolo de São Pedro”, que era uma oferta em dinheiro para o sustento do papa e construção de templos suntuosos em Roma. Houve uma reação para diminuir o poder dos Concílios. Este sentimento nacionalista foi a base para a Reforma que crescia em toda Europa. A Reforma Cristã começou com muita força na Alemanha, na Saxônia, sob a direção de Martinho Lutero.
Princípios Fundamentais da Reforma: 1) A verdadeira religião esta firmada nas Escrituras (Sola Scriptura), única regra de fé e prática, não se aceitava qualquer doutrina que não fosse ensinada na Bíblia. 2) A religião deve ser racional e inteligente, contra os credos irracionais e incompreensíveis da religião romana. 3) A religião é pessoal, é um relacionamento entre o adorador e Deus, contra o sistema romano que o crente precisava passar pelo sacerdote seguindo o modelo judaico. 4) O Adorador confessa seus pecados diretamente a Deus, sem precisar da
Intermediação do sacerdote ou dos “santos”. 5) Cada cristão é capaz de ler e interpretar as Escrituras, no regime romano somente os Concílios e as leis da igreja podia interpreta-la. 5) Os Reformadores removeram todos os dogmas usando somente a Bíblia como regra. 6) O Adorador pode dirigir-se diretamente a Deus pela oração, pois é Deus quem outorga o perdão e a graça, assim, a adoração, a oração, o perdão são individuais. 6) O Culto Protestante era realizado na língua nacional, enquanto o culto católico era em latim, incompreensível ao povo.
Consequências da Reforma: 1) Criação da Igreja Nacional - com a criação das igrejas nacionais, o papado foi perdendo força e não tem mais autoridade sobre todas as nações. 2) Onde o protestantismo prosperava surgia uma igreja nacional independente da igreja de Roma. 3) Acesso às Escrituras Sagradas de todo o povo.
Personagens importantes deste período:
- Matinho Lutero, foi o fundador da Reforma Cristã, nasceu em Eisleben, em 1483. Estudou em Erfut, tornou-se monge da Ordem do Agostinianos, em 1511. Início seu trabalho de reformador discordando e condenando a venda de indulgências, por João Tetzel, enviado do papa Leão X, Lutero escreveu e afixou na porta da Catedral de Wittenberg a declaração das 95 Teses e convidou o povo para discutir o assunto. O documento era chamado de “O Protesto” e contestava a venda de indulgências e atacava a autoridade papal. Lutero rejeitava as doutrinas que não tivessem base nas Escrituras. Após longas controvérsias as 95 teses foram publicadas e rapidamente correu por toda a Alemanha e alguns países da Europa. Lutero foi excomungado pelo papa Leão X, em Junho de 1520, que ordenou a sua prisão, porém, o príncipe Frederico III da Saxônia o protegeu e apoiou as suas ideias reformadoras. Lutero depois de sua exclusão da igreja romana chamou de “Bula Execrável do Anticristo”, e no dia 10 de Dezembro de 1520, Lutero queimou a Bula em uma reunião pública à porte de Wittenberg, diante dos professores, alunos e do povo alemã, junto com a Bula queimou também cópias do cânones ou leis da igreja romana, marcando assim o seu completo rompimento com a Igreja Católica Romana. Lutero foi notificado a comparecer no Concílio Supremo do Reno, realizado em Worms, neste conclave foi instado a renegar seus escritos e suas teses e se retratar diante dos bispos, porém, Lutero recusou a retratar-se, mas, o Imperador Carlos o deixou ir em liberdade e em paz. Em 1529, houve uma desavença entre católicos e luteranos e a partir desta data os seguidores de Lutero passaram a ser chamados de Protestantes. 2. Ulrico Zwínglio - Da Alemanha a Reforma se espalhou por toda a Europa, porém, na Itália e Espanha, por ser países católicos o movimento da Reforma foi sufocado com violência. Na Suíça a reforma se desenvolveu independentemente da Alemanha, sob a liderança de, que em 1522, rompeu definitivamente com a igreja de Roma, a reforma foi formalmente estabelecida em Zurique. Zwínglio veio a faleceu em uma guerra entre católicos e protestantes. 3. João Calvino, nasceu em Noyo, França em 1509, morreu em Genebra, Suíça, em 27 de Maio de 1564. Calvino foi o maior teólogo da igreja, depois de Agostinho de Hipona. Em 1528, aceitou os princípios da Reforma e foi expulso de Paris. Em 1536, na cidade de Basiléia publicou a sua principal obra: “Instituições da Religião Cristã”, esta obra se tornou a base da doutrina cristã reformada, e foi usada por todas as igrejas protestantes. 4. William Tyndale, Foi um dos principais líderes da reforma na Inglaterra foi, que fez a primeira tradução do Novo Testamento, diretamente do grego para o inglês. Tyndale foi martirizado na Antuerpia, Bélgica em 1536. 5. Tomás Cranmer, arcebispo da Cantuária, foi outro importante líder da Reforma Protestante, na Inglaterra, entretanto, no reinado de Maria I, que era uma católica fanática, Cranmer precisou retratar-se para salvar sua vida, mas, mesmo assim foi condena à morte na fogueira, desta forma ele revogou a sua retratação e morreu protestante. 6. Henrique VIII, favoreceu a reforma, mas também prejudicou, separou-se da Igreja de Roma, porque o papa não autorizou o seu divórcio da rainha Catarina de Aragão, para se casar com Ana Bolena. Henrique VIII fundou a igreja católica inglesa e constitui-se a si mesmo como chefe da mesma, quem não concordava com suas ideias era condenado a morte, tanto católicos como protestantes. 7. John Knox, escocês, nasceu em 1559, assumiu a reforma em seu país, com ideias radicais e inflexíveis, era um homem determinado e de grande energia. Knox fez desaparecer os vestígios da antiga religião, estabeleceu a Igreja Presbiteriana que se tornou a igreja oficial da Escócia. 8. Erasmo de Roterdã – 1466, foi um dos grandes eruditos da Renascença e da Reforma, educado em um mosteiro e ordenado em 1492. Viveu na França, Inglaterra, Suiça e Itália. Foi um crítico ferrenho da Igreja Católica Romana, escreveu “Elogio da Loucura”. Nunca se uniu ao Movimento da Reforma, e fazia críticas severas à Reforma, Morreu em 1536. 9. Inácio de Loyola, nasceu em 1491 ou 1495, de família nobre, até os 26 anos Loyola foi um soldado, porém, após grave ferimento que quase o levou a morte dedicou ao serviço religioso, entrando para a igreja. Foi uma personagem notável entre os católicos, fundou a Companhia dos Jesuítas em 1534. Loyola morreu em Roma em 31 de Julho de 1556, foi canonizado em 1622. 10. Francisco Xavier, nasceu em 1506, em Navarra, na Espanha, foi um do primeiro membros da Ordem dos Jesuítas e teve a seu encargo o Departamento de Missões Estrangeiras. Foi missionário na Índia, Ceilão, Japão e outros países do oriente. Foi para a China, mas logo no inicio do seu trabalho entre os chineses veio a falecer em 1552, com apenas 46 anos de idade. Em seu pouco tempo de vida e ministério converteu milhares de pagãos ao cristianismo católico.
Contra Reforma – a Igreja Católica Romana, numa reação à Reforma, numa tentativa de recuperar o espaço perdido e combater a fé protestante e também enviar missões para países estrangeiros, procurou fazer uma Reforma dentro da própria igreja católica, através do Concílio de Trento, no ano de 1545, convocada pelo Papa Paulo III, tinha como objetivo investigar os motivos com resultaram no cisma e acabar com os abusos que resultaram na Reforma. Este concílio durou quase 20 anos, de 1543 a 1563, durante a gestão de quatro papas, a esperança da igreja romana era que a separação dos protestantes terminasse e a igreja voltaria a se unir, fato que ainda não ocorreu até o dia de hoje. Ordem do Jesuítas, durante este período foi fundada a Ordem do Jesuítas em 1534, por Inácio de Loyola. Esta ordem exerceu grande influência na Contra-Reforma. Era uma ordem monástica de severa disciplina e lealdade a igreja e à ordem, grande devoção e esforço de arrebanhar prosélitos, com um forte trabalho evangelístico e missionário. O principal objetivo era combater os protestantes.
Perseguição – Houve grande perseguição contra os reformadores, que por sua vez também perseguiram e mataram católicos por motivos políticos e religiosos.
SEXTO PERÍODO GERAL - A IGREJA MODERNA. O Movimento Puritano. O Avivamento Wesleyano. O movimento Racionalista. O Movimento Anglo-católico.
Depois da Reforma Cristã surgiram três grupos diferentes na Inglaterra. 1) Os Romanistas, que defendiam reatar com a igreja romana. 2) Os Anglicanos. Que estavam conformados com as reformas de Henrique VIII e da rainha Elisabete. 3) Os Protestantes, por volta do ano 1654, que ficaram conhecidos como puritanos, desejavam uma igreja semelhante à de Genebra e da Escócia, opunham-se aos Anglicanos, o que ocasionou a prisão e o exílio de muitos líderes. Os puritanos estavam, subdivididos em: Radicais, que eram favoráveis a reforma presbiteriana, e os Independentes ou Congregacionais que defendiam a independência de cada grupo. Observação: Apesar destas diferenças continuavam ligados à igreja da Inglaterra.
Neste período, por ordem do Parlamento, formou-se um Concilio de Ministros, em 1643, e foi escrito um importante documento chamado de a Confissão de Westminster, o concílio escreveu também dois catecismos que foram usados por muitos anos pelos presbiterianos e congregacionais. Durante o governo de Oliver Cromwell (1653 a 1658), triunfou as doutrinas dos congregacionais. No governo de Carlos II os anglicanos retomaram o poder perseguindo os puritanos, sendo chamados de “não conformistas”. Após a Revolução de 1688, os puritanos foram considerados como dissidentes da igreja da Inglaterra e conquistaram o direito de se organizarem como igreja. Do Movimento dos Puritanos surgiram três igrejas: Presbiterianos, Congregacionais e Batistas.
Nesta mesma época do Avivamento Wesleyano surgiu na Inglaterra e Alemanha um Movimento chamado:
“Os Racionalistas”, que consideravam que tudo tinha que passar pelo crivo da “razão”, inclusive a Bíblia, desacreditavam os relatos bíblicos dos milagres, e que Jesus não passava de um ser humano comum e não divino. O racionalismo cresceu assustadoramente e alcançou seu apogeu com a publicação do livro: “A Vida de Jesus” de Frederico Strauss, que tentou provar que os relatos bíblicos eram mitos e lendas, este livros foi traduzido para o inglês e alcançou grande circulação na Inglaterra e Estados Unidos. Reação aos Racionalistas: Três importantes líderes reagiram contra os racionalistas no Século XIX: 1) Schliermacher (1769 a 1834), o maior teólogo do Século XIX, 2) August Neander (1789 a 1850), teólogo alemão e historiador da igreja, foi professor de teologia na Universidade de Berlim. 3) August Tholuck, (1790 a 1877), foi um teólogo e líder religioso protestante alemão.
O Racionalismo despertou uma forte reação dos teólogos e interpretes da Bíblia que entraram em defesa da fé cristã e da verdade Bíblica. Assim ampliaram os estudos e pesquisas da Bíblia e fortaleceram as doutrinas do Cristianismo.
Movimento Anglo-Católico, foi um movimento que surgiu na Inglaterra em 1875, na Universidade de Oxford, ficou conhecido também como “Movimento de Oxford”, foram publicados 90 tratados de vários escritores defendendo suas ideias, o objetivo era separar a igreja da Inglaterra do protestantismo e restaurar as práticas da igreja dos séculos primitivos e desacreditar a Reforma e promover o Anglo Catolicismo. Este movimento foi marcado como início pelos seus líderes no ano de 1827, com a publicação do livro: “Ano do Cristão”, de John Keble, que inspirador do movimento, mas, o seu líder principal foi João Henrique Newman, o qual escreveu muitos dos “Tratados de Atualidade”. Outro defensor importante foi: Eduardo B. Pusey, dai os inimigos do movimento chama-lo também de Movimento Puseysta. O Movimento de Oxford foi apoiado por milhares de clérigos e leigos da Inglaterra. O Movimento Anglo-Católico foi denunciado como romanista. Em 1845, seu principal dirigente João Henrique Newman, deixou a igreja Anglicana e ingressou na igreja Católica Romana.
O Moderno Movimento Missionário.
Durante um período de mil anos, desde os dias apostólicos, o Cristianismo foi uma instituição ativa na obra missionária. Nos primeiros quatro séculos de sua história, a igreja converteu o império romano ao Cristianismo. Missionários foram enviados para evangelizar os bárbaros, e os conquistaram para o cristianismo antes deles conquistarem o império Ocidental. Depois do século dez, a igreja e o Estado, o papa e o imperador lutavam pelo domínio supremo, de modo que o espírito missionário diminuiu muito, embora não tenha desaparecido inteiramente. A Reforma estava interessada no propósito de purificar e reorganizar a igreja, antes de expandi-la. Já demonstramos que no último período da Reforma, o primeiro movimento para cristianizar o mundo pagão não foi realizado por protestantes, mas sim pelos católicos romanos, sob a orientação de Francisco Xavier.
A partir 1732, os Irmãos Moravianos iniciaram um movimento missionário entre os pagãos, enviaram Hans Egede à Groenlância e logo após evangelizaram os indígenas da América do Norte e os pretos das Índias Ocidentais e países do Oriente. Com um pequeno número de membros a igreja Moraviana enviou e sustentou proporcionalmente mais missionários em toda a história da igreja.
Personagens Importantes deste Período: 1) William Carey, foi um dos fundadores das Missões Modernas na Inglaterra, quando ele e um grupo de jovens pastores fundaram a Sociedade Batista de Londres, em 1792. Carey era um sapateiro, autodidata, em 1789 foi ordenado ministro da Igreja Batista, enfrentou grande oposição mesmo dentro de sua denominação, mas, insistiu que deveriam enviar missionários para o mundo pagão. Carey pregou um sermão em 1792 com dois títulos: 1) “Empreendei Grandes Coisas para Deus” e “Esperai Grandes Coisas de Deus”, este sermão motivou a criação da primeira agência missionária dos tempos modernos. E ele mesmo, Carey, foi o primeiro missionário enviado pela nova Sociedade Missionário. Carey foi enviado para a Índia. Apesar de não ter recebido educação formal me sua juventude, Carey foi um dos homens mais eruditos de todos os tempos, no que diz respeito ao domínio das línguas orientais, como o sânscrito e outras, suas gramáticas e dicionários são usados até hoje. De 1800 a 1830, foi professor de literatura oriental no Colégio de Fort William, em Calcutá. William Caey é considerado o Pai da Missões Modernas.
2) João Wesley, era o dirigente e estadista do Movimente, foi um dos líderes do avivamento inglês, chamado de “Avivamento Wesleyano”. Aos 35 anos, John ainda era um clérigo anglicano, quando encontrou a verdadeira fé em Cristo, através dos Irmãos Moravianos, um grupo dissidente da igreja Luterana. Em 1739, Wesley começou a pregar o “Testemunho do Espírito Santo”, como uma experiência pessoal interior, arrebatando um grande multidão, Os seguidores de Wealey começaram a ser chamados de “Metodistas”, houve uma grande avivamento e quando Wesley faleceu já eram milhares. Hoje na América do Norte somam 11 milhões de membros. 3) Carlos Wesley, era o poeta e compositor de hinos. 4) Jorge Whitefield, homem cheio do Espírito Santo, era um pregador poderoso que alcançava o coração de milhares de pessoas na Inglaterra e no Estados Unidos da América. 5) Ricardo Hooper (1554 a 1600) foi o autor de importante obra: “As Leis do Governo Eclesiástico”, que influenciou na constituição da igreja inglesa. 6) Tomás Cartwright, defendia que as Escrituras contém, não somente a regra de fé e doutrina, mas também a forma de governo da igreja, defendia a tese de a igreja devia ter um governo presbiteriano, em seu sistema, que a igreja devia ser totalmente separada do Estado e ter autoridade acima dele. 7) Jonathan Edwards (1703 a 1758), é considerado o principal americano em domínio da metafísica e em teologia. Foi o maior teólogo do século XVIII, era um homem piedoso e fervoroso, com ardor intenso, lógico em seu pensamento e defensor de uma vida espiritual sincera. Edwards deu início ao Grande Despertamento americano do século XVIII, um avivamento que se espalhou por todas as colônias americanas. Em 1750, Jonathan Edwards foi expulso da igreja por não aceitar como membro da igreja pessoas que não tivessem passado pela experiência de conversão. Foi missionário por 8 anos entres os índios e neste período escreveu sua monumental obra: “A Vontade Livre”, que passou a ser o livro texto do Calvinismo, na Nova Inglaterra. 8) João Henrique Newman (1801 a 1890), foi um escrito com grande habilidade e estilo lúcido, clareza de ideias, fervoroso na pregação. Foi o dirigente principal do Movimento Anglo-Católico do século XIX, que foi iniciado por Keble, mas, quem dirigiu verdadeiramente foi Newman
Missões na América
Na América do Norte o movimento missionário começou no Colégio Willians, na famosa reunião de oração, em Massachusetts, no ano de 1811. Como fruto desta reunião de Oração fundaram a Junta Americana de Comissionados para Missões Estrangeiras, que a princípio era interdenominacional, depois cada denominação foi criando as sua própria Agência Missionária e a Junta Americana ficou com a Igreja Congregacional.
Atualmente o evangelho já alcançou todos os países da terra, agora falta alcançarmos as nações que existem dentro dos países, como Exemplo o Brasil falta alcançarmos muitos povos indígenas.
As Igrejas nos Estados Unidos da América – Hoje há cerca de 265 organizações religiosas e mais de 325 mil igrejas, que reúnem um total de mais ou menos 125 milhões de membros. Abaixo segue algumas denominações de igrejas nos Estados Unidos:
1) Igreja Católica Romana, foi a primeira a chegar no Novo Mundo, por causa da colonização dos espanhóis e portugueses, tanto na América do Norte, Central e Sul, os católicos foram os pioneiros. Na segunda viagem de Colombo, em 1494, ele trouxe 12 sacerdotes católicos para converter os nativos.
2) Igreja da Inglaterra (Episcopal), Foi a primeira denominação protestantes a desembarcar na América do Norte. Em 1579, realizou um culto sob a direção de Sir Francis Drake, na California. Em 1607, organizou-se a primeira igreja inglesa na América, em Jamestown, na Virgínia e em outras colônias do Sul. A igreja inglesa na América, Adotou o nome de Igreja Protestante Episcopal, cresceu rapidamente chegando nos dias de hoje a 3,5 milhões de membros.
3) Igreja Cristã Congregacional - O sistema congregacional progrediu rapidamente nos Estados Unidos, excetuando-se o sul do país. Em 1931 a igreja Congregacional e a igreja Cristã (Convenção Geral) uniram-se para formar a igreja Cristã Congregacional, com cerca de dois milhões de membros.
4) Igreja Reformada - Nova Iorque, foi ocupada pelos holandeses como um centro comercial em 1614. No princípio a colônia foi chamada Novos Países-Baixos e a cidade chamava-se Nova Amsterdã. A primeira igreja ali organizada data de 1628, com o nome de Igreja Protestante Reformada Holandesa, e durante a ocupação holandesa era a igreja oficial da colônia.
- Igreja Batista – Foi organizada em 1644, a Primeira Igreja Batista em Rhode Island, por Roger Williams, e apartir deste início os batistas se espalharam por toda a América, teve um crescimento vertiginoso, se tornado a maior denominação evangélica da América com cerca de 20 milhões de membros. Os batistas tem alguns princípios distintivos: 1) O batismo é para aquele que crê, quem confessa sua fé em Jesus Cristo, por isso o batismo infantil foi abolido. 2) A única forma Bíblica De batismo é por imersão e não por aspersão ou afusão. 3) O governo batista é congregacional. 4) Cada igreja batista local é independente e auto governável.
6) Quacres – Igreja fundada por Jorge Fox, em 1647, na Inglaterra. É uma denominação de disciplina rígida, proibem o casamento misto, são contra a escravidão, recusam o uso de armas e são contrários a guerra. Ele tem cerca de 70 mil membros.
- Luteranos – Há doze grupos Luteranos no Estados Unidos, todos adotam a Confissão de Augsburg, a doutrina de Lutero, da justificação pela fé, creem que o batismo e a Ceia do Senhor não são apenas símbolos, mas, meios de se alcançar a graça divina. Existem cerca de 9,5 milhões de membros nas igrejas Luteranas da América.
8) Presbiterianos – A Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos teve duas origens, a primeira a veio da Escócia, Reformada por John Knox, em 1560, igreja oficial da Escócia de onde migrou para a Irlanda. A Segunda Igreja Presbiteriana na América é do ramo puritano inglês. Nos Estados Unidos os escoceses, irlandeses e inglês começaram em Snow Hill, Maryland, em 1648, com o Reverendo Francis Makemie, da Irlanda e mais seis ministros. Em 1706 formaram um Presbitério. Em 1716, com o crescimento do número de Igrejas, organizou-se o Primeiro Sínodo , com 4 Presbitérios e 17 Igrejas. Quando em 1775 estourou a guerra da Independência o Sínodo tinha 17 Presbitérios e 170 ministros. Depois da guerra, a igreja cresceu de tal forma que foi preciso convocar uma Assembleia Geral, na Filadélfia e já tinham 4 Sínodos. Atualmente há vários grupos presbiterianos e cerca de 4,5 milhões de membros. Todos adotam a doutrina Calvinista, expostos na Confissão de Westminster e nos Catecismo maior e menor. A igreja local é governada pelo Conselho de Presbisteros e pelo Pastor.
- Metodistas – Desde 1766, a Igreja Metodista foi implantada nos Estados Unidos, por dois dos pregadores wesleyanos, irlandeses. Eram: Felipe Embury, que foi para Nova Yorque, e Robert Strawbridge, que foi para Frederick County, Maryland. A igreja cresceu a tal ponto que em 1769, John Wesley enviou dois missionários para inspecionar a obra e cooperarem em sua extensão, eram eles: Richard Broadman e Thomas Pilmoor, Outros sete obreiros foram enviados da Inglaterra, destaque para Francisco Asbury. Em 1939, a Igreja Metodista tinha 11 milhões de membros, houve um decréscimo e hoje contam com 7 milhões de membros.
- Igreja do Irmãos Unidos em Cristo – Foi a primeira igreja da linha Protestante a se estabelecer na América, começou em Maryland, Pensilvânia, com Filipe Guilherme Otterbein, alemão de Dillemburg e Martin Boehn, que era menonita, pregavam em alemão, estabeleceram igreja para os alemães. Em 1946 houve a união da Igreja dos Irmãos Unidos coma Igreja Evangélica. As duas igreja juntas tem cerca de 700 mil membros.
- Igreja Cristã ou Discípulos de Cristo, uma igreja totalmente americana em sua origem. Em 1804, depois de um grande despertamento religioso em Tennessee, Kentucky, o Reverendo Barton W. Store, deixou a Igreja Presbiteriana e organizou uma igreja em Cane Ridge, Kentucky. Não escreveram nenhuma Declaração de Fé e prática, pois, para ele a única regra de fé e prática era a Bíblia, e o único nome: Cristã. O Reverendo Alexander Campbell, ministro presbiteriano da Irlando, adotou e batismo por imersão e formou uma Igreja Batista, porém, logo começou a chamar seus seguidores de “Discípulos de Cristo”. Tanto Stone como Campbell organizaram muitas igrejas e em 1832 uniram suas igrejas e conservou os dois nomes: Discípulos e Cristãos. Aceitam o VT e NT, porém, adotam somente o Novo Testamento como regra de fé e prática, sem nenhuma declaração de fé, adotam o batismo por imersão mediante remissão dos pecados, não batizam crianças. São congregacionais no sistema, cada igreja é autônoma no seu governo. Hoje contam com cerca de 2 milhões de membros.
- Igreja Unitárias da Inglaterra e da América do Norte – Negam a divindade de Cristo e consideram o Espírito Santo com uma influência e não como uma pessoa, não acreditam na Trindade, por isso são chamados de Unitarianos. Opõem-se a doutrina calvinista da predestinação, aceitam a doutrina Metodista do Livre Arbítrio. A Bíblia não é considerada como autoridade de fé e prática, mas, uma coleção literária. Hoje contam com 167 mil membros no Estados Unidos.
- Igreja da Ciência Cristã – fundada pela Sra. Maria Baker Eddy, em 1879, organizou uma sociedade em igreja, em Boston, sendo ela mesma a pastora. A Sra. Maria Eddy, morreu em 1910, não deixando sucessores, mas, deixou como legados para os seus seguidores um livro de ensinos da sua religião chamado: “Ciência e Religião”, são unitários e hereges.
Evangelização de Outros Países:
Após a apresentação do desenvolvimento eclesiástico no Estados Unidos, o autor relata o crescimento da igreja no Canadá, na América Latina, a criação das primeiras Juntas Missionárias: Entre os anos de 1860 e 1864, teve início na Cidade do México, um movimentos formados por pessoas que repudiavam as doutrinas estranhas praticadas pela igreja de Roma, e organizou-se vários núcleos de caráter nacional, pessoas que aceitavam somente as doutrinas bíblicas. Nesses núcleos havia também padres convertidos. Em 1864, Tiago Kickey, organizou uma igreja Batista em Monterrey, México, iniciando assim a evangelização deste país. Em 1870 foi formada a Junta Americana de Missões Domésticas e em 1872 a Junta Congregacional Americana, que enviaram os primeiros missionários para a cidade de Guadalajara, México. A Igreja Metodista enviou missionário para o México em 1873. A Igreja Presbiteriana entrou no México, em 1872. A autor discorre rapidamente a entrada do evangelho em outros países da América Central e do Sul.
Evangelho no Brasil
- Simonton, que chegou ao Rio de Janeiro em 1859, foi o primeiro missionário presbiteriano a iniciar a pregação em português. Algum tempo depois o pastor A.O. Blackford também estava integrado no trabalho presbiteriano no Brasil. A evangelização do Brasil começou com J.S. Newman e John J. Ransom, foram os pioneiros do trabalho Metodista. Depois em 1881, os missionários batistas William B. Bagby e sua esposa Ana Bagby, e Zacarias Taylor e sua esposa Katherine S.C. Taylor, iniciaram a Primeira Igreja Batista do Brasil, em Salvador, Bahia, voltada para evangelização de brasileiros, pois, antes disto havia uma Igreja Batista, em Santa Barbara, São Paulo, que fora criada por uma colônia de imigrantes americanos.
Assembleia de Deus nos Estados Unidos
A seguir o autor passa a elaborar sobre a origem e o desenvolvimento Igreja Assembleia de Deus e do Movimento Pentecostal nos Estados Unidos da América. O Concílio Geral das Assembleias de Deus na América do Norte surgiu como resultado do movimento religioso que teve origem no início do século XX, e se espalhou com rapidez, por todo o mundo. Em virtude da frieza das igrejas estabelecidas e uma intensa sede espiritual, em razão da qual se efetuaram reuniões de oração entre grupos de crentes de várias denominações, foi uma das características que se evidenciaram nas igrejas, no fim do século passado. Como resultado das atividades desses grupos de crentes houve um derramamento do Espírito Santo, produzindo avivamentos em vários lugares nos Estados Unidos e na Europa. Caracterizavam-se esses avivamentos por um intenso fervor de evangelização e um profundo espírito de oração. Da mesma forma dava-se ênfase aos dons espirituais e à sua operação, inclusive cura divina, e falar em outras línguas, como sinal da recepção do batismo do Espírito Santo. (Atos 2:4.). A Assembleia de Deus, surgiu como resultado da busca por um avivamento de um grupo de crente em Topeka, Kansas, em 1901, alguns grupos deste avivamento se espalharam pelo Kansas e Oklahoma chegando ao Texas. Foi assim que se formou a denominação Assembleia de Deus americana, que mais tarde se reuniram em um Concilio Geral
Assembleia de Deus no Brasil e em Portugal
Depois o autor nos apresentou um relato do começo e o desenvolvimento das Assembleias de Deus no Brasil e em Portugal. De 1910 até os dias atuais A maior igreja pentecostal de todos os tempos foi fundada a 18 de junho de 1911 na cidade brasileira de Belém, capital do estado do Pará. Toda a sua história está marcada por fatos sobrenaturais, e acontecimentos que evidenciavam a presença do Espírito Santo, o que a coloca como fiel e digna sucessora da igreja a nascida no Dia do Pentecoste. Os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, este ex-pastor da Swedish Baptis Church, (Igreja Batista Sueca), de Menominee, Michigan, EUA, foram os apóstolos tomados por Deus para o lançamento das primeiras sementes: Em 5 de novembro de 1910, os dois suecos deixavam Nova Iorque, a bordo do navio "Clement e chegaram a Belém do Pará em 19 de novembro. Alojados no porão da Igreja Batista, na rua Balby, 406, permaneciam muitas horas em orações, suas vidas no altar de Deus. E, logo que começaram a falar o português, iniciaram trabalho evangelístico, enquanto doutrinavam a respeito do batismo com o Espírito Santo. Organizavam, a 18 de junho de 1911, na residência de Henrique Albuquerque, no bairro da Cidade Velha, Belém, a primeira igreja no mundo a adotar a denominação de Assembleia de Deus. De Belém a Assembleia de Deus expandiu para todo o território brasileiro e se tornou a maior denominação evangélica do Brasil, com cerca de 22 milhões de membros.
Em 1932, teve início da Assembleia de Deus em Portugal, sob a liderança de Jack Hardstadt, atualmente, em Portugal, a igreja conta com cerca de 30 mil membros, 300 congregações, 60 pastores e evangelistas de tempo integral.
Na parte final do trabalho o autor se concentrou em relatar a origem e desenvolvimento da Assembleia de Deus nos Estados Unidos e no Brasil e Portugal.
Sou um apreciador da história, tanto História Geral, como História da Igreja, assim, fui muito abençoado por este trabalho, sobrevoando panoramicamente a história da igreja desde a igreja primitiva do livro de Atos até os dias atuais, e ainda passando por pontos importantes da História Geral.
Pr. Aylton Batista de Oliveira