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Identificação e imagem: Uma leitura psicanalítica do seriado BLACK MIRROR

Aprendi que:

Identificação é quando eu me reconheço em outra pessoa ou em um personagem. Imagem seria quando como eu me vejo e como os outros me veem.

Espetáculo já é quando tudo vira show, aparência, imagem. Por exemplo: o sofrimento de Victoria é transformado num parque de diversões. O público vai lá para filmar e se divertir com a punição dela.

Mito (tempo cíclico) é a repetição eterna de castigo ou culpa. Victoria repete a mesma punição todos os dias, sem mudar nada. Está presa num ciclo — como se o tempo não passasse.

História (tempo novo) é a chance de mudança, transformação e crescimento.

Sujeito é quem assume sua vida, faz escolhas e se responsabiliza por seus atos. Victoria não consegue ser sujeito, pois está presa num papel de vítima/punida. Tudo acontece com ela, mas ela não escolhe nada, não pode mudar sua história.

Supereu já é a parte da mente que julga, pune, cobra. A sociedade representada no episódio pune Victoria o tempo todo. É um supereu coletivo — cruel e sem piedade.

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Vanessa Carvalho

o caso de Victoria mostra como a identificação, a imagem e o espetáculo se misturam, mas sem permitir que ela seja sujeito da própria história. Presa num mito de punição repetitiva, sem possibilidade de transformação (história), ela vive sob o peso de um supereu coletivo que a julga e castiga sem fim.