Imagem e identificação
Citação de VLADIMIR FERNANDES MENDONCA COSTA em junho 25, 2024, 10:05 pmA identificação, segundo Freud, é “a mais antiga manifestação de uma ligação afetiva a uma outra pessoa”. Nosso Eu tem origem sempre num laço identificatório inconsciente com o Outro, a partir do qual serei capaz de me identificar e constituir um Eu, através desse Outro que está em relação comigo. É a partir dessa identificação primária que nossos primeiros investimentos no mundo serão feitos e nossa “noção” de Eu começa a se esboçar
Através das identificações, podemos ”querer-ter” algo característico de alguém ou ”ser-como” alguém. Algumas ocorrem pela adoção inconsciente de traços ou sintomas da pessoa que amamos (pode ser até mesmo uma tosse ou um “tique”). É realmente como se nosso eu “adotasse” certas características do objeto amado, ou mesmo do objeto rival que tem proximidade afetiva com o objeto amado. Toda identificação, portanto, contém um fragmento de verdade sobre nossos afetos e laços com o outro.
Podemos fazer laço com o outro de três formas, segundo Freud: a segunda forma seria a identificação a um Ideal vindo desse Outro, e que agora nos servirá de guia interno (consciente e inconscientemente) para o estabelecimento de novos laços com nossos semelhantes; os outros. Valores, consciência moral e ética são exemplos desses possíveis ideais.
A terceira forma de identificação são as identificações que se dão por “contágio”, quando algo entre meu eu e o eu do outro coincide num determinado ponto. É quando eu posso ou quero me colocar na mesma situação que outrem, porque já vivencio o mesmo ou desejo vivenciá-lo. Por exemplo, quando estamos apaixonados ou carentes e assistimos a um filme romântico, ficamos temporariamente identificados por contágio com um dos personagens apaixonados. São identificações onde podemos dizer “eu também sinto isso” ou “eu também gostaria de sentir isso”.
Freud nos dá um exemplo: se uma garota receber uma carta de alguém que ama secretamente e essa carta, por algum motivo, lhe despertar ciúme, outras garotas a sua volta podem se contagiar com seu sofrimento e ciúme, porque elas também têm ou gostariam de ter um amor secreto.
Embora as identificações sejam constitutivas e muitas possam se tornar parte de um senso de identidade consciente, isso não significa que as identificações tenham o objetivo de se cristalizar em identidades. Pelo contrário; numa análise, vemos que quanto mais nossas identificações conscientes ou inconscientes se confundirem com identidades rígidas e fechadas, mais dificuldade teremos de ocupar lugares e posições psíquicas diversas diante de nossos conflitos e problemas, e sofreremos mais tentando lidar com os mesmos.
A identificação, segundo Freud, é “a mais antiga manifestação de uma ligação afetiva a uma outra pessoa”. Nosso Eu tem origem sempre num laço identificatório inconsciente com o Outro, a partir do qual serei capaz de me identificar e constituir um Eu, através desse Outro que está em relação comigo. É a partir dessa identificação primária que nossos primeiros investimentos no mundo serão feitos e nossa “noção” de Eu começa a se esboçar
Através das identificações, podemos ”querer-ter” algo característico de alguém ou ”ser-como” alguém. Algumas ocorrem pela adoção inconsciente de traços ou sintomas da pessoa que amamos (pode ser até mesmo uma tosse ou um “tique”). É realmente como se nosso eu “adotasse” certas características do objeto amado, ou mesmo do objeto rival que tem proximidade afetiva com o objeto amado. Toda identificação, portanto, contém um fragmento de verdade sobre nossos afetos e laços com o outro.
Podemos fazer laço com o outro de três formas, segundo Freud: a segunda forma seria a identificação a um Ideal vindo desse Outro, e que agora nos servirá de guia interno (consciente e inconscientemente) para o estabelecimento de novos laços com nossos semelhantes; os outros. Valores, consciência moral e ética são exemplos desses possíveis ideais.
A terceira forma de identificação são as identificações que se dão por “contágio”, quando algo entre meu eu e o eu do outro coincide num determinado ponto. É quando eu posso ou quero me colocar na mesma situação que outrem, porque já vivencio o mesmo ou desejo vivenciá-lo. Por exemplo, quando estamos apaixonados ou carentes e assistimos a um filme romântico, ficamos temporariamente identificados por contágio com um dos personagens apaixonados. São identificações onde podemos dizer “eu também sinto isso” ou “eu também gostaria de sentir isso”.
Freud nos dá um exemplo: se uma garota receber uma carta de alguém que ama secretamente e essa carta, por algum motivo, lhe despertar ciúme, outras garotas a sua volta podem se contagiar com seu sofrimento e ciúme, porque elas também têm ou gostariam de ter um amor secreto.
Embora as identificações sejam constitutivas e muitas possam se tornar parte de um senso de identidade consciente, isso não significa que as identificações tenham o objetivo de se cristalizar em identidades. Pelo contrário; numa análise, vemos que quanto mais nossas identificações conscientes ou inconscientes se confundirem com identidades rígidas e fechadas, mais dificuldade teremos de ocupar lugares e posições psíquicas diversas diante de nossos conflitos e problemas, e sofreremos mais tentando lidar com os mesmos.
Citação de Regia em junho 28, 2024, 5:35 pmUm bebê não se reconhece como sendo alguém separado da sua mãe, quando nasce ele demora um pouco para se desvincular da imagem dela e se perceber como indivíduo. A medida que vai crescendo o indivíduo vai tomando consciência da sua imagem e se identificando com o que gosta e o que não gosta em si e vai acumulando vivências que vão moldando a sua autoestima e a sua personalidade.
Um bebê não se reconhece como sendo alguém separado da sua mãe, quando nasce ele demora um pouco para se desvincular da imagem dela e se perceber como indivíduo. A medida que vai crescendo o indivíduo vai tomando consciência da sua imagem e se identificando com o que gosta e o que não gosta em si e vai acumulando vivências que vão moldando a sua autoestima e a sua personalidade.