Imagem pessoal
Quando mergulhamos no mundo da psicanálise, podemos perceber que o mundo se amplia. Viemos em um século onde a imagem pessoal é totalmente comercializável. Não se é o que é por gostar de ser; na verdade, hoje, não se sabe o que é ter uma imagem pessoal e autoconhecimento. Não é sobre o que veem ou o que gostariam que eu fosse, mas quem eu sou. A compreensão do eu, apesar de por muitas vezes ser turbada por depreciações e pensamentos negativos, não é inerente ao que eu penso de mim: está mais ligado ao nosso inconsciente (quem já fui) do que o consciente (o que sou).
Construir bases sólidas, entendendo que qualquer ser humano tem em sua natureza o código de falhas e recomeços, torna possível comprovar, principalmente para pacientes que já passaram por algum processo traumático ou distorção de imagem que ele é mais do que seus pensamentos possam lhe acusar ser: a sua humanidade infere em quem ele reconhece como seu (autonomia de tensão) e quem ele pode desenvolver ser. Sua personalidade sempre será um conjunto de interações, dinâmicas e instintos (tanto internos como externos) que lhe capacita por sua vez, não apenas a viver um um convívio social restrito, mas sim para o mundo que possui tantos bilhares de indivíduos tão excêntricos e únicos.