Inconsciente. Um lugar onde não há passado nem presente. Um lugar onde é regido por leis próprias.
Citação de Marcos Moraes e Silva em fevereiro 25, 2024, 4:52 pm"Penso logo existo" - René Descartes (O Discurso do Método - 1637). Cogito, ergo sum é a frase latina de autoria do filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650). Em geral, é traduzida para o português como "penso, logo existo"; embora seja mais correto traduzi-la como "penso, portanto sou". Na quarta parte da versão francesa do livro em destaque, essa frase é formulada como je pense, donc je suis; nesse sentido, cogito ergo sum é a sua versão latina.
Quando Descartes faz a declaração "Penso, portanto sou", ele acaba por inaugurar a noção de sujeito, uma grande descoberta. E isso possibilita Freud descobrir o Insconsciente. Mais do que contradizer Descartes, Freud se utiliza de um ponto de partida para aprofundar a discussão sobre a existência de instâncias ainda desconhecidas pelo ser (humano), utilizando-se de um jogo de palavras muito interessante: Existo onde nao penso. Onde Jacques Lacan (1901-1981), importante psicanalista francês, e um dos principais intérpretes de Freud, complementa essa frase dizendo: Sou onde não penso, penso onde não sou”, trazendo a ideia do inconsciente “sou onde não penso” e o consciente “penso onde não sou”.
Freud formula essa frase “Existo onde não penso”, trazendo o primeiro esboço teórico do que viria a ser o objeto de estudo da psicanálise: a noção do inconsciente, aquele que guardaria a nossa real identidade.
Para Lacan a consciência seria uma mera ilusão, contrapondo firmemente as teorias psicológicas norte-americanas que trazem a ideia do homem EGO, centro do seu próprio universo, controlador e mentalizador de suas ideias mas que na verdade não controla seus próprios pensamentos e desejos.
Sou onde não penso porque é justamente lá onde não há certezas, onde se desfazem as camadas camufladas pelo pensamento que se revela o sujeito, é lá na ausência, no silêncio, que está a realidade psíquica de cada um, indo de encontro com um dos objetivos da meditação, encontrar no vazio e no silêncio uma conexão com o verdadeiro EU.
Penso onde não sou trata-se da nossa parte consciente reflexiva que nos permitem interagir com o mundo externo, nossa linguagem, nossas máscaras.
Um lugar onde não existe o tempo cronológico, o passado e nem presente.
Fontes:
Wikipédia em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jacques_Lacan
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cogito_ergo_sum
https://ebp.org.br/sp/pontuacoes-lacanianas-sobre-%E2%B1%A5-verdade-de-descartes/
"Penso logo existo" - René Descartes (O Discurso do Método - 1637). Cogito, ergo sum é a frase latina de autoria do filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650). Em geral, é traduzida para o português como "penso, logo existo"; embora seja mais correto traduzi-la como "penso, portanto sou". Na quarta parte da versão francesa do livro em destaque, essa frase é formulada como je pense, donc je suis; nesse sentido, cogito ergo sum é a sua versão latina.
Quando Descartes faz a declaração "Penso, portanto sou", ele acaba por inaugurar a noção de sujeito, uma grande descoberta. E isso possibilita Freud descobrir o Insconsciente. Mais do que contradizer Descartes, Freud se utiliza de um ponto de partida para aprofundar a discussão sobre a existência de instâncias ainda desconhecidas pelo ser (humano), utilizando-se de um jogo de palavras muito interessante: Existo onde nao penso. Onde Jacques Lacan (1901-1981), importante psicanalista francês, e um dos principais intérpretes de Freud, complementa essa frase dizendo: Sou onde não penso, penso onde não sou”, trazendo a ideia do inconsciente “sou onde não penso” e o consciente “penso onde não sou”.
Freud formula essa frase “Existo onde não penso”, trazendo o primeiro esboço teórico do que viria a ser o objeto de estudo da psicanálise: a noção do inconsciente, aquele que guardaria a nossa real identidade.
Para Lacan a consciência seria uma mera ilusão, contrapondo firmemente as teorias psicológicas norte-americanas que trazem a ideia do homem EGO, centro do seu próprio universo, controlador e mentalizador de suas ideias mas que na verdade não controla seus próprios pensamentos e desejos.
Sou onde não penso porque é justamente lá onde não há certezas, onde se desfazem as camadas camufladas pelo pensamento que se revela o sujeito, é lá na ausência, no silêncio, que está a realidade psíquica de cada um, indo de encontro com um dos objetivos da meditação, encontrar no vazio e no silêncio uma conexão com o verdadeiro EU.
Penso onde não sou trata-se da nossa parte consciente reflexiva que nos permitem interagir com o mundo externo, nossa linguagem, nossas máscaras.
Um lugar onde não existe o tempo cronológico, o passado e nem presente.
Fontes:
Wikipédia em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jacques_Lacan
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cogito_ergo_sum