Literatura, psicanálise e filosofia.
Nada incompreensível saber que a filosofia e a literatura foram fontes de parâmetros para os prmeiros estudos freudianos. O que em nada desmerece a originalidade e genialidade deste grande mestre da psicanálise, de certo.
A filosofia e a literatura clássica é o descortinar da realidade do comportamento humano. Um apurado e meticuloso olhar para a natureza do ser, em seus aspectos mais diversos, quer seja no contexto da própria existência, como também no concernente à sua relação social e política. E a cultura clássica grega, berço do pensamento contemporâneo, é parâmetro vital para este olhar mais racional e transgressor.
Muitos foram os pensadores. Sendo sucinto, de Platão à Socrates indagando as estruturas da existência e natureza do homem, enquanto ser social à Aristóteles, versando sobre a fundamental importância da poesis estética.
A tragediografia grega, organizada em imensos festivais populares, foi um cenário perfeito para retratar as pertinências destas idéias e demonstrar os seus efeitos catárticos, vividos por seus heróis trágicos em suas mais ardorosas angústias existenciais.
Saltando para tempos modernos, podemos citar tantos outros autores que, também com suas obras, criam e reproduzem o subjetivismo da realidade do comportamento humano provendo a identificação entre o real e o fictício. Uma vez que a arte é esta poderosa ferramenta desde a compreensão aristotélica do "belo estético" até ao provocativo universo de Nelson Rodrigues.
O mestre Freud lança luz nesta profunda e obscura seara e organiza o subjetivismo da mente humana, permitindo uma compreensão sistematizada, valendo-se das indagações filosóficas e da representativida poética, enquanto espelho da realidade.